domingo, 29 de novembro de 2009

REVOGADA A LIMINAR, ASSUME A PREFEITURA DE BURITI O PRESIDENTE DA CÂMARA

 O Prefeito e seu vice foram cassados no último dia 17, acusados de compra de votos, com a cassação da medida liminar, o presidente da Câmara de Vereadores de Buriti, Raimundo Nonato Mendes Cardoso, foi empossado em 26/11 no cargo de prefeito em substituição ao então titular Francico Evandro de Freitas Costa Mourão, o Neném Mourão (PRB). Mourão e o vice, Lourival Batista da Silva (DEM), foram afastados dos cargos, acusados de compra de votos, pela juíza Karine Lopes de Castro (25ª Zona Eleitoral).

No ultimo sábado 21/11 passado o juiz do TRE Sérgio Muniz, de plantão na Corte, concedeu liminar para que o prefeito permanecesse no cargo até o julgamento do caso pelo tribunal. Quarta-feira 25/11 o relator original do processo, José Joaquim Figueiredo dos Anjos, revogou a decisão do colega e mandou que fosse cumprida a sentença da juíza de Buriti.

Neném Mourão é acusado de doar dinheiro, pares de chuteiras, cestas básicas e um milheiro de telhas a moradores de Buriti em troca de votos. O material era transportado em veículos da própria prefeitura. Como ele obteve 55,54% dos votos, deverá ser realizada nova eleição.

O ex-prefeito José Machado Vilar (PTB) ficou em segundo com 24,82% da votação no pleito de 2008, vindo em seguida Antonio Ferreira Viana (PDT) com 15,23%, e José Marques Viana (PPS) com 4,31%.

Caso o TRE confirme a decisão de Karine Lopes será realizada nova eleição na cidade. Isso acontecerá porque o prefeito cassado foi eleito com mais de 50% da totalidade dos votos válidos.

Em razão das últimas alterações no Executivo municipal, assume a presidência da Câmara o vereador Lauriel de Freitas Freire (PSDB) e com a vaga deixada com saída de Raimundo Camilo, assume o suplente Arcelino Ramos de Oliveira Filho (PP).

A sessão extraordinária de quinta-feira 26/11 da Câmara de vereadores de Buriti de Inácia Vaz, teve início ao meio dia, e foi marcada naturalmente pela ausência do prefeito cassado, Neném Mourão. Foi uma sessão nervosa, amadora e com acessos de choros.

Sem dúvidas essa foi uma desisão histórica mesmo, deve servir como exemplo para as próximas eleições, no sentido de afastar a prevalência da vontade de grupos políticos que querem a todo custo se impor pelo poderio econômico, comprando a vontade, a cidadania, a dignidade dos menos favorecidos, que por força da dependencia econômica por falta de renda própria, se rendem a pequenas migalhas, distribuidas não rara vezes com o dinheiro do contribuinte.

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