sábado, 11 de dezembro de 2010

O MELHOR GOVERNO DE SUA VIDA: MA VIVE OS PIORES DIAS EM MATÉRIA DE SAÚDE E DE EDUCAÇÃO

O Maranhão tem pouco mais de meio médico por cada 100 mil habitantes.

A notícia de que o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) coloca o Maranhão como o segundo pior Estado do Brasil em termos de educação (355 pontos) perdendo apenas para Alagoas (354 pontos) não é nenhuma novidade. Desde que Roseana Sarney começou a governar, o Maranhão se tornou pior em tudo, ganha apenas em viagens internacionais do Boizinho Barrica e do Bicho Terra porque Fernando Sarney é sócio de um e o secretário de Cultura é dono de outro.

O Pisa é um Programa da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico e divulga dados da regiões do país a cada três anos. Na última avaliação, em 2006, o Nordeste também apresentou os índices mais baixos com o Maranhão mais uma vez no rabo da fila. Há no Maranhão uma defasagem de pelo menos 10 mil professores e o Estado perde recursos do MEC por falta de bibliotecas na maioria das cidades. Vários deputados ocuparam a tribuna ontem para denunciar o verdadeiro estado de depredação das instalações de escolas públicas do Estado. Estudantes protestam e professores ameaçam não retornar às aulas no início do próximo ano letivo. E o governo não conseguiu sequer nomear um secretário de Educação até agora. Haja competência!

Por outro lado, no setor de saúde nem é preciso que instituições e programas nacionais e internacionais avaliem o desempenho do Estado. O caos é geral. Faltam UTIs, faltam médicos, enfermeiras, lençóis e já recebemos denúncias até da falta de gaze e esparadrapo. E faltam principalmente hospitais, apesar do governo ter prometido construir 75 no período eleitoral. No Hospital dos Servidores Públicos e outras unidades de saúde, demissões em massa preconizam um futuro ainda mais desastroso.

Ainda em março deste ano, o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Marcelo Tavares, denunciava a falta de hospitais em São Luís, Imperatriz e Timon e crianças morrendo por falta de UTIs quando o governo de Roseana Sarney acabava de gastar R$ 47 milhões com o carnaval e a secretaria de saúde alugava por preço exorbitante um helicóptero que transportava tudo, menos doentes.

Em 2008, estudo da Faculdade de Economia e Finanças – IBMEC, registrava que a média salarial de um médico no Maranhão era de R$ 850,00. O Brasil tem 2.6 médicos por cada 100 mil habitantes. No Maranhão, esse índice cai para quase meio médico (0,54), situação que se agrava quando se trata de especialidades como cardiologistas, oncologistas e neurologistas. Quase todos os dias, o deputado Chico Leitoa denuncia na Assembléia o verdadeiro desastre em matéria de saúde, a situação de calamidade pública que atinge o município de Timon e toda a região circunvizinha. O caos na saúde se confirmava ontem em matéria na qual o Jornal Pequeno, com base em dados do Censo do IBGE, registrava que o Maranhão tem a segunda maior taxa de mortalidade infantil do país.

É o melhor governo de sua vida a todo vapor. Aguente, se puder.

JP/JM Cunha Santos

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