terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Pesquisa do IBGE mostra que 44% do lixo domicilar no Maranhão não tem destino adequado


IBGE revela também que, os municípios da Região Metropolitana da Grande São Luís enfrentam grandes problemas na coleta do lixo
Problemas de recolhimento de lixo. No estado do Maranhão, apenas pouco mais da metade (55,82%) do lixo produzido nos domicílios é coletado, de acordo com o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar de ainda se situar em um patamar baixo, esse percentual aumentou no intervalo de dez anos. Dados do Censo 2000 apontavam que apenas 34,31% dos domicílios maranhenses contavam com coleta de lixo.

No conjunto dos municípios que integram a Região Metropolitana da Grande São Luís (RMGSL), a mesma elevação de percentual foi registrada desde a virada do milênio. Na realização do Censo 2010, apenas Alcântara mantinha a faixa de domicílios (22,22%) com coleta abaixo da metade. No outro extremo, a coleta de lixo na capital maranhense atingia 91,15% dos domicílios àquela época. Apesar da evolução positiva, ainda hoje os municípios da RMGSL enfrentam problemas de coleta de lixo. O Imparcial percorreu ruas de diferentes áreas da Ilha, a fim de verificar os transtornos relacionados a esse tipo de serviço.

Recentemente, os moradores de Paço do Lumiar e São José de Ribamar sofreram com a o serviço de coleta deficitária, e em alguns locais a situação ainda perdura. Na Vila Kiola, bairro ribamarense, uma comerciante que pediu para não ter o nome identificado pela reportagem, informou que os moradores passaram muito tempo sem ter o lixo recolhido pelo serviço de limpeza pública, tendo de recorrer ao pagamento de carroceiros, os quais levavam os resíduos para áreas a céu aberto. No entanto, ela observou que esse tipo de saída era desfavorável para os próprios moradores, pelo risco de contraírem doenças relacionadas à presença de lixo nas proximidades.

Raimundo Mendes, proprietário de uma oficina no bairro Santa Terezinha, no mesmo município, foi uma das pessoas que sofreram com uma rampa de lixo que se formou na Rua da Granja, ao lado da empresa dele. De acordo com o empresário, os carroceiros já chegaram a depositar animais mortos no lixo acumulado, e reagiram agressivamente nas ocasiões que Raimundo Mendes procurou convence-los a jogar os resíduos em outro local. Segundo o empresário, algumas pessoas levam lixo para a rampa em plena madrugada, e às vezes ele é obrigado a fechar a oficina, por não ter condições de trabalhar, em virtude do mau cheiro proveniente do lixão.

Fonte: O Imparcial

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