Rdefinaria de petróleo
A gasolina vai subir 4%
nas refinarias a partir da meia noite deste sábado (30), informou a Petrobras.
O diesel será reajustado em 8%.
Os aumentos são
imediatos nas refinarias e devem demorar três dias até chegar aos postos de
combustíveis, segundo Karina Freitas, analista chefe da corretora Concórdia.
"Esse é, em geral,
o período para o produto refinado atingir as bombas, e leva em consideração a
logística de abastecimento", afirma Karina.
A Petrobras não
informou qual foi o critério para chegar a esses percentuais. "Por razões
comerciais, os parâmetros da metodologia de precificação serão estritamente
internos à Companhia", informou a empresa, em nota enviada à Comissão de
Valores Mobiliários (CVM).
A empresa também não
deixou claro qual será sua política de reajustes daqui para a frente. No mesmo
comunicado, a Petrobras informou que "caberá ao Conselho de Administração
avaliar a eficácia da política de preços da Petrobras por meio da evolução dos
indicadores de endividamento e alavancagem da Companhia."
Nesta semana, o
ministro da Fazenda Guido Mantega anunciou que a nova metodologia de preços não
poderia ser feita "de improviso", sinalizando que poderia ter efeitos
inflacionários indesejáveis.
Abaixo
do previsto
Os aumentos fazem parte
de uma política que visa a tornar os preços dos combustíveis no Brasil mais
parecidos com os praticados no exterior, informa a companhia. Ao mesmo tempo,
entretanto, a política buscará "não repassar a volatilidade dos preços
internacionais ao consumidor doméstico."
Os reajustes eram
esperados, vinham sendo debatidos ao longo da semana e impulsionaram os papéis
da Petrobras nesta sexta-feira (29). As ações ordinárias da companhia subiram
3,78% e as preferenciais, 2,52%, num pregão em que o Ibovespa fechou em 1,23%.
De acordo com o
comunicado, a política de reajuste de preços tem por objetivo "assegurar
que os indicadores indicadores de endividamento e alavancagem retornem aos
limites estabelecidos no Plano de Negócios e Gestão 2013-2017".
O plano da companhia
prevê investimentos de R$ 236,7 bilhões ao longo desses cinco anos, mas as
dívidas crescentes – em parte alimentadas pelo não reajustamento dos
combustíveis – colocou em causa a capacidade de a companhia ter fôlego para
tanto. Do primeiro para o segundo trimestre de 2013, o endividamento
total da companhia cresceu 26,5%.
O cenário vinha causando
prejuízos à Petrobras. Nos 12 meses encerrados em outubro, as ações ordinárias
da companhia haviam recuado 14,7% e as preferenciais, 26,2%. No dia 3
daquele mês, a agência Moody's anunciou o rebaixamento da nota da empresa.
Os 4%, entretanto,
estão abaixo dos 5% previstos pelo o Comitê de Política Monetária (Copom) na
ata da reunião de outubro.
"Esperávamos que a
empresa repassasse ao menos o componente de importação". A falta de
divulgação de métricas deixa incertezas no mercado, aponta Karina. "É importante
saber a periodicidade deste reajuste ou ao menos de sua reavaliação".
Do IG
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