Apesar do negócio ter sido
proibido pela justiça brasileira há mais de 6 meses, os divulgadores da
TelexFREE parecem ter encontrado um jeito de manter a rede crescendo.
Uma reportagem do iG foi
orientada por um divulgador da empresa e conseguiu se cadastrar usando um
endereço brasileiro no sistema de pagamentos usado pela TelexFREE, o E-Wallet.
Como na página brasileira da
empresa aparece um aviso informando da proibição das atividades, há diversos
vídeos tutoriais no Youtube (postados por divulgadores) ensinando como fazer
para se cadastrar no sistema através do site americano da empresa.
A TelexFREE é acusada pelo
Ministério Público do Acre (MP-AC) de cometer o crime de pirâmide financeira.
Isto é, quando uma empresa ganha dinheiro não pela venda de um serviço ou
produto, mas sim pelas taxas pagas por seus divulgadores.
A TelexFREE nega a formação de
pirâmide e afirma vender serviços de telefonia pela internet.
Segundo a reportagem, driblar o
bloqueio não exige mais que um clique. O divulgador que explicou o esquema
afirmou que basta acessar o site da TelexFREE normalmente e clicar na bandeira
americana, para mudar para a versão do site dos Estados Unidos.
Embora o Brasil não apareça na
lista de países de residência que deve ser completada na hora de fazer o
cadastro como novo divulgador, é possível escolher a cidade de São Paulo e
marcar qualquer estado americano como local de residência.
Após o cadastro inicial, ainda é
preciso se registrar no E-Wallet, que é o sistema de transação de dinheiro pela
internet. Para esse cadastro, não é preciso nem se preocupar, a opção de
escolher o Brasil como país de residência está liberada.
Ao iG, a promotora Alessandra
Marques, que está envolvida na apuração, afirmou que MP-AC pode acusar os
sócios da empresa de descumprir a decisão judicial se ficar provado que são
eles que estão por trás da continuidade dos cadastros de brasileiros na rede da
TelexFREE.
Fonte: Exame
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