Consumidores nos shoppings do Brasil
Segundo a Alshop,
vendas cresceram 5% em relação a 2012 apenas quando considerada a abertura de
novas lojas.
Os shoppings do país
tiveram em 2013 o pior Natal dos últimos cinco anos, informou nesta
quinta-feira o presidente da Associação Brasileira de Lojistas de
Shopping (Alshop), Nabil Sahyoun. Desconsiderando a abertura de
16.000 lojas no ano, a média das vendas em shoppings não cresceu na
comparação com 2012. Alguns setores, disse Sahyoun, reportaram queda na
comparação das vendas em mesmas lojas.
Como exemplo ele cita
que o segmento de vestuário, na comparação mesmas lojas, apresentou queda de
2%. "Podemos considerar que este Natal foi o pior dos últimos cinco
anos", completou. Segundo a Alshop, as vendas no Natal foram afetadas pelo
maior endividamento das famílias, pela menor disponibilidade de crédito e pela
alta de inflação. O conjunto de fatores, diz a Associação, fez que os gastos
com presentes de Natal em 2013 fosse inferior aos dos anos anteriores.
Considerando, porém, as
novas lojas, as vendas no Natal de 2013 cresceram 5% em relação a igual
período do ano passado, com destaque para o segmento de Perfumaria e
Cosméticos, com expansão de 10%. Em contrapartida, o setor de Vestuário
registrou aumento de apenas 2% no período neste tipo de avaliação.
Em todo o ano, as
vendas em shoppings subiram 8% na comparação com 2012, motivadas
pela abertura de 38 shoppings ao longo do ano e a expansão dos já
existentes. As vendas nos centros de compras totalizaram 132,8 bilhões de reais
em todo o país em 2013. A quantidade de lojas em shopping ao final de 2013
totalizou 129.900, aumento de 14,6% em relação a 2012.
Mesmo assim,
o aumento de 8% ficou abaixo do esperado pela entidade, que no início do
ano acreditava em um crescimento de 10% a 11%. Considerando a inflação
acumulado no ano, a alta real foi de 2,5%.
Perspectivas para
2014 - A associação estima ainda que as vendas de shoppings em
2014 deverão crescer 3% ante 2013. Assim como neste ano, a projeção de
alta é puxada pela expectativa da abertura de 20 a 25 shoppings ao longo do
próximo ano.
"No próximo ano, o
câmbio é o principal fator que preocupa o setor em relação ao risco
inflacionário", explicou Sahyoun. Neste ano, a elevação do dólar, de
acordo com a Alshop, gerou o aumento de preços em vários segmentos do varejo,
incluindo o de vestuário, que tem grande peso para as vendas em shoppings.
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