quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Técnica criada por médicos brasileiros devolve ereção a quem tirou a próstata


A cirurgia retira nervos da perna e liga com nervos que foram lesados por conta da retirada da próstata; técnica inovadora foi desenvolvida na Faculdade de Medicina da Unesp.

Imagem da anatomia do abdome humano

Técnica desenvolvida por médicos religa os nervos rompidos na prostatectomia, que levava à disfunção erétil.

Médicos brasileiros da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) em Botucatu desenvolveram uma cirurgia que religa os nervos que foram rompidos durante a retirada da próstata, o que reverte o problema da impotência sexual.

A técnica consiste em retirar um pedaço de cerca de 30 centímetros de um nervo na perna, dividir esse nervo em dois pedaços de 15 centímetros cada e fazer um enxerto no nervo lesado da face lateral do pênis.
“Quando retiramos o nervo da perna do paciente (nervo sural), ele fica com a face lateral do pé como se estivesse permanentemente anestesiada. Mas é algo leve, que a pessoa nem se importa”, explica José Carlos Souza Trindade, urologista e coordenador da pesquisa. 

Depois da cirurgia, que é considerada pouco invasiva, o paciente vai para casa em até 48 horas e o resultado final da cirurgia – o fim da impotência sexual – pode aparecer em até 2 anos. O motivo da demora é porque é necessário que fibras cresçam a partir do nervo enxertado e façam a ligação com o nervo do pênis.

“É possível comparar a cirurgia com um fio elétrico. Abrimos a capa do fio e expomos o cobre. Retiramos esses vários fiozinhos de cobre que estão rompidos e substituímos por outro, mas este outro demora cerca de 8 meses para crescer (fibras) e fazer a ligação com o outro nervo receptor, que seria na vida real o nervo do pênis”, explica Trindade.

A técnica é complexa, mas os resultados são satisfatórios. Dos 10 pacientes que foram submetidos a essa cirurgia, quatro já podem se dizer curados e outros dois ainda não completaram um ano de cirurgia, tempo médio para se obter resultados. Segundo Trindade, o prognóstico deles é bom. Os outro quatro não tiveram bom resultado por conta de outros tratamentos como radioterapia para combater o câncer.

Histórico
O início dos estudos que levaram à essa técnica revolucionária foi um trabalho experimental de estrutura de nervos. “Publicamos em 1994. A técnica chamada término lateral foi desenvolvida por nós para outro uso, como recuperar paralisias musculares da face”, conta o urologista.

O uso da técnica no combate à falta de ereção, apesar de já ter sido apresentada em congressos no Brasil e no exterior e ser amplamente discutida com o nome de “end to side” (tradução para Término Lateral), ainda será publicada em periódicos científicos, quando poderá servir de base para cirurgiões aplicarem a técnica ao redor do mundo.

Participaram do desenvolvimento do estudo também os filhos de Trindade, o urologista José Carlos Souza Trindade Filho e o radiologista André Petean Trindade, além do cirurgião plástico Fausto Viterbo, todos da Unesp de Botucatu, além do anatomista Wagner de Favaro, que atualmente leciona na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Do IG

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O microcrédito Minha Vaca, Minha Vida’ tira família da pobreza, confira

Modalidade de financiamento ao microprodutor dispara 68% em 2013 e favorece a ascensão social no Brasil.
Vaca do microcrédito

Um empréstimo de R$ 100 aqui, outro de R$ 1 mil acolá. De pouco em pouco, o microcrédito destinado aos microempreendedores alcançou em 2013 seu saldo em carteira recorde: R$ 4,8 bilhões. Do fim de 2012 ao do último ano, os financiamentos aos pequenos produtores subiram nada menos que 68%. Enquanto isso, os repasses aos consumidores, em tendência de queda desde 2010, recuaram mais 39% no ano passado - leia o "histórico", mais abaixo. No total, entre microempreendedores e consumidores, o saldo em carteira do microcrédito subiu 42% em 2013.

Perto do saldo total do crédito direcionado no País, de R$ 1,2 trilhão no mesmo mês, o microcrédito é, de fato, "micro". Mas é "macro", no entanto, por sua função social.

"O mercado de trabalho não supre toda a necessidade de vagas", diz o presidente da Associação Brasileira de Entidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças (Abcred), Almir da Costa Pereira. "Por isso, um cliente típico de microcrédito produtivo é aquele que não tem condição de empregabilidade e busca como alternativa abrir um negócio próprio e se tornar um microempreendedor."

Os microempreendedores urbanos mantêm, por exemplo, pequenas lojas, confecções, mercearias e salões de beleza nas periferias. Na zona rural do Brasil, quem recebe os financiamentos são produtores, normalmente, com mínimas condições de sair sozinhos das classes D e E.

A paranaense Beatriz Rocha, de 37 anos, está entre esses brasileiros. Mãe de três crianças entre 2 e 11 anos, mora num barraco de madeira de 20 metros quadrados, na cidade de Santo Antônio do Sudoeste, divisa do Paraná com a Argentina. Com um empréstimo de R$ 3 mil adquirido no banco Fomento Paraná, pôde comprar um freezer e uma vaca - de nome Ariana. Somada às outras duas vacas que já tinha comprado com ajuda do programa Bolsa Família, do governo federal, a dona de casa pôde iniciar pequena produção, vendida a uma cooperativa da região.

Para Antonio Mendonça, diretor executivo do Banco do Povo Paulista (BPP), ligado ao Governo do Estado de São Paulo, o microcrédito faz parte da "revolução social" observada no Brasil nos últimos anos. Embora ainda não seja possível calcular o tamanho do impacto do acesso ao microcrédito na inserção de mais de 40 milhões de brasileiros nas classes consumidoras desde a última década, ele não tem dúvidas da importância da modalidade. "O microcrédito é responsável por mudar a vida de muitas famílias", diz.

O BBP realizou entrevistas com microempreendedores para avaliar seus serviços. De acordo com a pesquisa, 98,9% dos clientes entrevistados dizem que seus negócios melhoraram após tomarem microempréstimos; 79,2% tiveram aumento de faturamento; e outros 95,8% disseram que suas vidas melhoraram após os financiamentos.

O BBP oferece linhas de microcrédito entre R$ 200 e R$ 15 mil e dez minicursos voltados ao microempreendedor. Diz atender hoje 74 mil famílias em 514 municípios. Tem saldo em carteira de R$ 290 milhões, com recursos do Estado e dos municípios. "As parcerias são feitas com prefeituras de diversos partidos, aliados ou não", diz Mendonça.

Histórico. Em 2007, início da série histórica do Banco Central, o microcrédito no Brasil era majoritariamente voltado ao consumo: 75% do total. E, embora o crescimento econômico do País tenha sido estimulado pela demanda desde a última década, a partir de 2011 o cenário do microcrédito mudou radicalmente. Hoje, 89% dos empréstimos é para microempreendedores.

O microcrédito ao microempreendedor é oferecido basicamente por Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips de microcrédito); programas do governo federal (como o Crescer) e de governos regionais (como o Paraná Juro Zero e o Programa de Microcrédito Gaúcho); ou diretamente em bancos públicos ou privados.

Os financiamentos são de baixo valor - a partir de R$ 100. Os juros giram na casa dos 5% ao ano - bem abaixo do juro médio de 29% do ano passado. Na região Nordeste, onde o Banco do Nordeste consolidou o programa Crediamigo nos últimos 15 anos, por exemplo, o tíquete médio dos empréstimos em 2013 foi de R$ 1,2 mil.

Principalmente por meio da atuação das Oscips de microcrédito, os empréstimos incluem parcela da população excluída do sistema financeiro comum. É gente que não tem garantias de patrimônio ou renda. O compromisso de pagamento é baseado na confiança ou na atuação de grupos solidários (conhecidos que garantem o pagamento uns dos outros).

'Microinadimplência'. Ao contrário do senso comum, esses empréstimos para quem quer (e tem) pouco dinheiro têm taxa de inadimplência igual ou menor que a do sistema financeiro em geral. Somados os consumidores e os microempreendedores, a inadimplência do microcrédito foi de 6,94% - em linha com a taxa de toda total de toda a economia brasileira em 2013, de 6,7%, de acordo com o Banco Central.

"No microcrédito produtivo orientado, temos profissionais agentes de crédito que acompanham os empreendimentos para oferecer o crédito acertado", avalia Pereira, da Abcred. Dessa forma, quem recebe o financiamento pode investir em algo que dará retorno". A inadimplência média dos empréstimos feitos via Oscips de microcrédito gira em torno de 3%, calcula a Abcred.

A taxa de inadimplência (mais de 90 dias de atraso) do microcrédito ao microempreendedor em dezembro foi de 5,34%. Para o consumidor, o registro é bem menos favorável: 20,77% de taxa de inadimplência. Ou seja, a orientação produtiva gera maior compromisso com os pagamentos que empréstimos feitos para mero consumo.

Da Folha

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

José Serra é operado de próstata

José Serra

Ex-governador deve permanecer internado até o final desta semana; problema foi identificado em julho passado.

O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) foi submetido a uma intervenção cirúrgica de próstata para tratamento de quadro de crescimento benigno local, de acordo com boletim médico divulgado na noite desta terça-feira, 28, pelo Hospital Sírio-libanês, em São Paulo.

Segundo o boletim, o procedimento foi realizado pelo médico Miguel Srougi e transcorreu dentro da normalidade. A nota médica é assinada pelo diretor técnico médico dr. Antonio Carlos Onofre de Lira, e pelo diretor clínico, dr. Paulo Cesar Ayroza Galvão.

Serra deve permanecer internado até o final desta semana.

O ex-governador já tinha conhecimento da 'hiperplasia prostática benigna' - aumento não maligno da próstata, que pode causar dificuldade no ato de urinar - desde julho do passado. Na ocasião, durante avaliação pré-operatória acabou tendo que ser submetido a cateterismo cardíaco, sendo indicado tratamento percutâneo com colocação de um stent, o que adiou a intervenção cirúrgica.

Estadão

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Eleições 2014 no Piauí Wellington Dias levaria no 1º turno em qualquer cenário


Wellington Dias venceria no 1º turno em qualquer cenário


A primeira pesquisa do Instituto Piauiense de Opinião Pública, o Amostragem, encomendada pelo Sistema Integrado de Comunicação Meio Norte, no ano eleitoral, revela que se as eleições fossem hoje se mantendo o atual quadro de candidaturas, o senador Wellington Dias venceria as eleições em primeiro turno em qualquer cenário. Wellington teria 64,64% dos votos contra 19,88% do pré-candidato do PMDB, deputado federal Marcelo Castro. 

Com esse resultado, a eleição para governador do Piauí seria decidida no primeiro turno a favor de Wellington Dias. Os eleitores indecisos somariam 5,63% e os que responderam que votaria nulo ou branco são 9,85%. Esses números são das intenções de voto estimuladas (quando o entrevistador mostra aos eleitores pesquisados os nomes dos pré-candidatos). 

Os resultados foram levantados pelo Instituto Amostragem dos dias 17 a 21 de janeiro, numa amostra de 1.137 eleitores distribuídos em 43 municípios das microrregiões homogêneas piauienses, conforme a definição do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Essa amostra permite uma margem de erro de 2,85% para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%. 

A pesquisa está registrada no TRE-PI (Tribunal Regional Eleitoral) com o protocolo 00004/2014. 

Wellington Dias vence Marcelo e Sílvio Mendes na microrregião de Teresina 

O pré-candidato do PT ao Governo do Estado, senador Wellington Dias, venceria as eleições no microrregião de Teresina se as eleições fossem hoje com 62,61% dos votos na disputa com o deputado federal Marcelo Castro (PMDB), que ficaria com 15,81% dos votos. Numa projeção diferente das candidaturas que agora estão postas, na qual Sílvio Mendes (PSDB) seria candidato, Wellington Dias também venceria, na microrregião de Teresina. O senador venceria com 46,50% dos votos, contra 39,21% de Sílvio Mendes. 

Wellington Dias venceria as eleições nas microrregiões do Baixo Parnaíba Piauiense (60,33% contra 23,14% de Marcelo Castro); do litoral Piauiense (64,81% contra 22,22% de Marcelo Castro); de Campo Maior (69,32% contra 12,50% de Marcelo Castro). 

Na microrregião do Médio Parnaíba Piauiense, Wellington Dias tem 81,48% das intenções de voto estimuladas contra 12,96% de Marcelo Castro. Dias também tem 80% das intenções de voto estimuladas na microrregião do Alto Parnaíba Piauiense contra 13,33% de Marcelo Castro. 

Wellington Dias está na frente nas microrregiões de Valença do Piauí (57,78% contra 33,33% de Marcelo Castro); de Floriano (74,47% contra 14,89% de Marcelo Castro); do Alto Médio Gurgueia (70,97% contra 16,13% de Marcelo Castro); de São Raimundo Nonato (60,78% contra 29,41% de Marcelo Castro); Chapada do Extremo Sul (76,67% contra 13,33% de Marcelo Castro); Picos (57,33% contra 30,67% de Marcelo Castro); de Pio IX (69,57% contra 21,74% de Marcelo Castro); e do Alto Médio Canindé (66,02% contra 18,74% de Marcelo Castro).

Wellington Dias venceria as eleições nas microrregiões do Baixo Parnaíba Piauiense (49,59% contra 14,88% de Marcelo Castro e 23,14% de Sílvio Mendes); do Litoral Piauiense (50,93% contra 6,48% de Marcelo Castro e 33,33% de Sílvio Mendes); de Campo Maior (55,69% contra 9,09% de Marcelo Castro e 20,45% de Sílvio Mendes).

Na microrregião do Médio Parnaíba Piauiense, Wellington Dias tem 81,48% das intenções de voto estimuladas contra 7,41% de Marcelo Castro e 7,41% de Sílvio Mendes.

Dias também tem 60% das intenções de voto estimuladas na microrregião do Alto Parnaíba Piauiense contra 26,67% de Marcelo Castro e 6,67% de Sílvio Mendes. Marcelo Castro vence na microrregião de Bertolínia com 35,29% contra 29,41% de Wellington Dias e 17,65% de Sílvio Mendes.

Wellington Dias está na frente nas microrregiões de Valença do Piauí (48,89% contra 17,78% de Marcelo Castro e 24,44% de Sílvio Mendes); de Floriano (59,57% contra 6,38% de Marcelo Castro e 23,40% de Sílvio Mendes); do Alto Médio Gurgueia (58,06% contra 16,13% de Marcelo Castro e 16,13% de Sílvio Mendes); de São Raimundo Nonato (56,86% contra 27,45% de Marcelo Castro e 11,76% de Sílvio Mendes); Chapada do Extremo Sul (63,33% contra 3,33% de Marcelo Castro e 20% de Sílvio Mendes); Picos (48 % contra 26,67% de Marcelo Castro e 16% de Sílvio Mendes); de Pio IX (65,22% contra 13,04% de Marcelo Castro e 17,39% de Sílvio Mendes); e do Alto Médio Canindé 56,31% contra 13,59% de Marcelo Castro e 16,50% de Sílvio Mendes). 

A pesquisa do Instituto Piauiense de Opinião Pública (Amostragem), encomendada pelo Sistema Integrado de Comunicação Meio Norte, revela nas microrregiões, apenas em Bertolínia as eleições seriam vencidas por Marcelo Castro com 52,94% contra Wellington Dias, que ficaria com 29,41%. 

Com Zé Filho na disputa, Wellington teria 55,5%

Na possibilidade do candidato do PMDB ser o vice-governador José Filho, Wellington Dias alcançaria 55,5 % das manifestações de voto estimuladas; Sílvio Mendes ficaria com 29,29% e José Filho teria 4,66% das intenções de voto estimuladas.

Os indecisos neste cenário totalizariam 5,1% e os eleitores que pretendem votar nulo ou branco representariam 5,45%. Na hipótese do candidato a governador pela coalizão entre PMDB, PSB e PSDB ser Sílvio Mendes, o ex-prefeito de Teresina teria 32,63%, aqui obtendo a sua melhor performance das manifestações de voto estimuladas, contra 57,08% de Wellington Dias. Os indecisos neste cenário somariam 5,19% e os eleitores que pretendem votar nulo ou branco representariam 5,1%. 

 
O presidente do Instituto Amostragem, estatístico João Batista Teles, disse que esses resultados a nove meses das eleições se mostram favoráveis ao pré-candidato Wellington Dias, haja visto que em todas as simulações estimuladas o senador tem uma aceitação acima de 50% e a menor rejeição. 

Wellington Dias também ganharia no 1º turno com Sílvio e Marcelo 


Em outro cenário posto pela pesquisa Amostragem e Sistema Integrado de Comunicação Meio Norte, a disputa para governador seria entre Wellington Dias, Marcelo Castro e Sílvio Mendes. O resultado foi que o senador Wellington Dias ganharia no primeiro turno com 52,77% dos votos estimulados e o segundo lugar ficaria com Sílvio Mendes, com 25,59% dos votos; seguido do deputado federal Marcelo Castro com 11,87% dos votos. Neste cenário, a soma dos dois oponentes de Wellington Dias é de 37,46%, inferior em 15,31% ao percentual obtido pelo candidato do PT. 

Com seus 52,77% de intenção de votos, Wellington Dias obtém mais que o dobro alcançado pelo segundo colocado, o ex-prefeito de Teresina Sílvio Mendes. Os indecisos neste cenário totalizariam 4,93% e os eleitores que pretendem votar nulo ou branco representariam 4,84%. 

Wellington Dias só não lidera entre os de maior renda 
 O senador Wellington Dias lidera na disputa para o Governo do Estado entre todos os segmentos da população piauiense, exceto os de renda mais alta, onde empata com o deputado federal Marcelo Castro, conforme pesquisa do Instituto Amostragem, encomendada pelo Sistema Integrado de Comunicação Meio Norte. 

Wellington Dias lidera entre os eleitores do sexo masculino (64,77% contra 22,20% de Marcelo Castro); no eleitorado feminino (64,53% contra 17,17% de Marcelo Castro).

Wellington Dias lidera entre os jovens de 16 a 17 anos (79,17% contra 12,50% de Marcelo Castro); de 15 a 24 anos (71,43% contra 19,78%); de 25 a 34 anos (70,07% contra 20,08% de Marcelo Castro; de 35 a 44 anos (61,19% contra 19,18% de Marcelo Castro); de 45 a 59 anos (58,40% contra 22,27% de Marcelo Castro) e de 60 anos ou mais de idade (60% contra 18,42% de Marcelo Castro). 

Wellington Dias também lidera entre os eleitores de qualquer escolaridade. Entre os analfabetos (67,47% contra 10,84% de Marcelo Castro); com ensino fundamental incompleto ou completo (66,78% contra 15,93% de Marcelo Castro); com ensino médio incompleto ou completo (67,04% contra 19,86% de Marcelo Castro); com curso superior incompleto (56,58% contra 30,26% de Marcelo Castro); e com curso superior completo (51,22% contra 32,52% de Marcelo Castro). 

Dias lidera entre os eleitores com renda familiar de até R$ 724,00 (69,05% contra 14,32% de Marcelo Castro); de 724,01 a R$ 1.448,00 (66,30% contra 17,83% de Marcelo Castro); de R$ 1.448,01 a R$ 3.620,00 (61,86% contra 27,97% de Marcelo Castro); de R$ 3.620,01 a R$ 7.240,00 (de 54,49% contra 31,65% de Marcelo Castro). 

Wellington Dias empatam entre os eleitores com renda domiciliar de mais de R$ 7.240,00 mensais, com 30% das intenções de voto estimuladas. 

Do Meio Norte 

domingo, 26 de janeiro de 2014

Em meio à crise carcerária do MA dois detentos fogem do presídio de Pedreiras

Pedrinhas, o principal presídio do Maranhão, palco de uma série de crimes orripilantes

O sistema carcerário do Maranhão vive uma crise que se acentuou desde o segundo semestre do ano passado e para agravar mais ainda a situação, na tarde desta sexta-feira mais dois detentos fugiram do presídio de Pedreiras.

Dois presos fugiram da Unidade Prisional de Ressocialização (UPR) do município de Pedreiras, localizada a cerca de 270 quilômetros da capital, São Luís. De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), a fuga ocorreu na tarde de sexta-feira (24).

Um dos presos, identificado como Miciel Roque dos Santos, foi recapturado logo em seguida. O outro, Manoel Gomes da Silva, o Ligeirinho, continua foragido. Os presos escalaram o muro da unidade para fugir, aproveitando uma falha na segurança.

A Sejap informou também que, durante vistoria, agentes penitenciários e monitores descobriram um túnel na cela 12 do Centro de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ) de Imperatriz, a cerca de 750 quilômetros da capital, impedindo a fuga de detentos. Os presos que estavam na cela foram levados para outro espaço na mesma unidade.

No início da noite de quinta-feira (23), um princípio de motim foi registrado no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pedrinhas, em São Luís. O tumulto aconteu após revista feita pela Polícia Militar em algumas celas da unidade prisional. Na ocasião, os policiais encontraram cerca de 40 armas artesanais, além de aparelhos de televisão e reprodutores de CD. Em represália, os presos jogaram pedras nos policiais e queimaram dois colchões. A polícia interveio jogando bombas de efeito moral.

O sistema carcerário do Maranhão vive uma crise que se acentuou desde o segundo semestre do ano passado. Em outubro, a situação se agravou, com uma rebelião no Complexo de Pedrinhas, deixando nove mortos e 20 feridos. A crise fez com que o governo do estado decretasse situação de emergência. Em um ano, 64 detentos foram mortos nos presídios do estado. Quatro somente este ano.

Detentos de Pedrinhas também ordenaram ataques a ônibus e delegacias de São Luís no dia 3 de janeiro. Duas vítimas dos atentados continuam internadas em hospitais de referência para queimaduras.

A paciente internada no Hospital Regional da Asa Norte, em Brasília, Juliane Carvalho Santos, com saúde estável apresenta melhora clínica, segundo boletim médico divulgado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Ela teve 40% do corpo queimado e deve passar hoje por mais um desbridamento – procedimento cirúrgico para retirada de pele morta. O estado de saúde outro paciente, Márcio Ronny da Cruz, internado no Hospital de Queimaduras de Goiânia, é estável. Ele teve 72% do corpo queimado.

As pacientes Abyancy Silva Santos e Lorrane Beatriz, que foram tratadas em hospitais de São Luís, já receberam alta médica.

Amanhã (27), a Defensoria Pública começará a fase presencial do mutirão carcerário no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. O objetivo é atender todos os 2.704 presos de Pedrinhas. Desses, 1.525 são presos provisórios, que ainda não passaram por julgamento. Os defensores querem identificar os que têm direito à liberdade por estarem presos provisoriamente há mais tempo que o permitido por lei, por já terem cumprido a pena ou que tenham direito à progressão de regime e à liberdade condicional. O atendimento presencial deve durar duas semanas.

Para a terça-feira (28) o Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Maranhão (Sindspem) convocou ato público em São Luís, no qual vai pedir que o governo reveja a portaria da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), que limita a atuação dos agentes concursados à escolta prisional. A mobilização será de manhã e começará em frente à Sejap, de onde seguirá para a sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MA).

Do Imparcial

sábado, 25 de janeiro de 2014

Cariocas e paulistas protestam contra a Copa do Mundo em junho no Brasil

Imagens do protesto no Rio

Convocados através das redes sociais, milhares de manifestantes fizeram, no Rio e em São Paulo, protestos contra a realização da Copa do Mundo no Brasil. Intitulado "Não vai ter Copa", o protesto também foi convocado no Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, entre outros estados.

No Rio, o protesto acontece na orla de Copacabana. Centenas de manifestantes se reuniram em frente ao Hotel Copacabana Palace, na Avenida Atlântica, Zona Sul do Rio. A manifestação mobilizou cerca de 5 mil pessoas no Facebook.

Os manifestantes carregam cartazes com frases como "Copa pra quem?" e "Roubaram minha educação! Acabou o amor", e também gritam palavras de ordem contra o governador Sérgio Cabral. A polícia está no local mas, até o momento, não há registro de conflitos. Um grupo angariava assinaturas contra um projeto de lei que pretende proibir protestos durante o Mundial. 

Segundo o Centro de Operações da Prefeitura, a Avenida Atlântica está interditada na altura do Copacabana Palace, no sentido Ipanema. O desvio está sendo feito pela Rua Barata Ribeiro. A Avenida Princesa Isabel, na altura da Rua Barata Ribeiro, sentido Avenida Atlântica também está interditada.

Na página do Facebook, o evento descreve os principais objetivos do protesto, “o intuito dos protestos contra a Copa 2014 é lutar pelos interesses do povo e de qualquer pessoa que deseje um país mais justo e menos desigual. Instruir o povo, cada vez mais, a uma democracia de verdade, participativa, cujo mesmo também governa, e não onde é governado por supostos representantes.”

A passeata em São Paulo, que iniciou pacífica, acabou em conflito com a Polícia Militar por volta das 20h deste sábado. Convocados pelas redes sociais, centenas de manifestantes se reunir à tarde no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) para protestar contra o evento esportivo no Brasil. Quando a marcha chegou próximo ao Theatro Municipal, uma parte desse grupo atacou a sede da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e uma lanchonete do McDonald´s, na rua Barão de Itapetiniga.

As poucas lojas que estavam abertas na região acabaram fechando. A PM se postou em linha na frente do teatro e os manifestantes começaram a jogar pedras e outros objetos contra os policiais, que não revidaram. Alguns manifestantes colocaram fogo em um Fusca e também atacaram um carro da Guarda Civil Metropolitana, tentando virar o veículo. 

Na Rua Augusta, uma agência do Santander, uma concessionária da Fiat e um ônibus foram depredados. No local, há pouco policiamento.

Desde as 15h30, cerca de 600 pessoas se reuniam sob a bandeira de que "Não vai ter Copa". O policiamento está sendo reforçado na Avenida Paulista em preparação para o protesto. A marcha começou pouco antes das 18h. Por volta das 19h30, o grupo, que já tinha mais de 1,5 mil pessoas, chegou à prefeitura de São Paulo. 

A pista da Avenida Paulista no sentido da Rua da Consolação está interditada desde por volta das 17h. O trânsito em todas as quatro faixas foi interrompido para permitir a caminhada dos manifestantes. No sentido Paraíso, o tráfego segue liberado para os veículos. A entrada de estações de metrô na região continua aberta, porém com segurança reforçada.?

Por volta das 16h30, foi lido um manifesto para a Polícia Militar, que acompanha o protesto. No manifesto, os representantes afirmam que "o Brasil vai sediar a Copa do Mundo de 2014, mas essa não foi uma vitória para o desenvolvimento brasileiro, e sim uma derrota para os direitos da população". Eles relembraram os protestos da população no ano passado para destacar o que consideram uma insatisfação da população com os gastos do evento esportivo no País.

"O levante de junho de 2013 mostrou claramente o que os brasileiros já perceberam: os gastos milionários na construção de estádios não melhoram a vida da população, apenas retiram investimentos dos direitos sociais. Junho de 2013 foi só o começo, e os movimentos coletivos indignados que querem transformar a realidade afirmam, através dessas diversas lutas, que sem a consolidação dos direitos sociais (saúde, educação, moradia e transporte), não há possibilidade de o povo brasileiro admitir megaeventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas", garantiram os manifestantes.

Do JB

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

A Revista Forbes sobre Sarney diz, “Ele é a síntese do Brasil dos coronéis rurais”


 
 Zé Sarney

FORBES (Revista americana sobre economia)
Para a maioria dos jovens profissionais brasileiros recém saídos da faculdade, o emprego dos sonhos é trabalhar para o governo. Só no ano passado, cerca de 12 milhões de brasileiros foram contratados em 180.000 postos do setor público por meio de exames seletivos.

Na maioria dos casos, não é necessária nenhuma experiência anterior nas áreas específicas para as quais é solicitada a certificação, e o salário inicial pode ser de até US $ 5.000 por mês, não incluindo os benefícios, que são normalmente mais elevados do que o salário.

Um relatório de 2012 publicado no jornal O Globo, com base nos dados do Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que os funcionários públicos em 88% dos cargos preenchidos pelo governo podem ganhar muito mais do que os trabalhadores do setor privado, para não mencionar que, por lei, trabalhadores do setor público não podem ser demitidos nem sofrem cortes no pagamento.

Essa concorrência feroz, resultou em um fenômeno que, em parte, explica o crescimento da educação privada no Brasil ao longo da década de 2000 -, há pelo menos 500 empresas no país que oferecem cursos de preparação para funcionário público, uma indústria, que cresce a uma taxa de 40% anualmente.

Trabalhar para o governo também é muito gratificante para aqueles que sabem como fazer conexões com as pessoas certas. Tomemos o caso de José Sarney, ex-presidente do Brasil, que começou sua carreira política na década de 1950, em seu estado natal, o Maranhão, que era, na época, e continua sendo até hoje, o estado mais pobre do país.

A ascensão de Sarney na política desde seus dias como um jovem congressista só foi ofuscada pelo incrível crescimento de sua riqueza. Sarney começou na política brasileira ao longo de cinco décadas atrás, como um membro do partido Arena, que se alinhou com a ditadura militar da época. Uma vez que o Brasil se tornou uma democracia, ele deixou a Arena para se juntar ao Partido da Frente Liberal, que ele ajudou a criar.

Seu grande momento veio quando ele concordou em concorrer à vice-presidente na chapa de Tancredo Neves, membro do PMDB, um dos partidos que se opunham ao governo militar. Neves foi eleito, mas não assumiu o cargo devido a uma doença que lhe tirou a vida alguns dias antes de sua posse, assim, Sarney tomou seu lugar, servindo como presidente de 1985 a 1990.

No início, ele era muito popular entre as massas, mas, em seguida, sua imagem ficou associada a hiperinflação do Brasil no final dos anos 1980 e início de 1990. Mais recentemente, Sarney também era o presidente do Senado do Brasil entre 2009 e 2013.

Ao longo dos anos, Sarney e sua família tornaram-se o clã político mais poderoso e onipresente do Maranhão, e ele é, sem dúvida, considerado como a síntese do Brasil dos coronéis rurais.

Em 1973, ele adquiriu um jornal chamado Jornal do Dia, que, mais tarde, foi rebatizado como O Estado do Maranhão. O jornal foi a semente de um império de mídia hoje conhecido como Sistema Mirante de Comunicação, que cresceu consideravelmente, enquanto Sarney estava como presidente do Brasil.

O sistema agora compreende as estações de rádio e uma rede de emissoras de televisão afiliadas à emissora do Brasil líder, Globo, cujo fundador, Roberto Marinho, foi um dos bilionários originais Forbes e amigo pessoal de Sarney.

Sistema Mirante de Comunicação é de propriedade dos filhos de Sarney: Roseana Sarney Murad, a atual governadora do Maranhão, o deputado José Sarney Filho e Fernando Sarney, que é engenheiro.

Além disso, os Sarneys também possuem declaradamente uma vasta carteira de imóveis e até mesmo terras no estado do Maranhão, com potencial de exploração de petróleo. A mídia brasileira estima seu patrimônio líquido em mais de $ 100 milhões.

E eles ainda faturam nos grandes dias de pagamento de serviço público. O próprio Sarney ganha R$ 26.000 por mês entre o seu salário como senador e duas pensões a partir de passagens anteriores como governador e um deputado em seu estado natal, o Maranhão, além de benefícios. A maioria de seus custos pessoais são cobertos pelo Estado.

Sua filha Roseana recentemente divulgou o lançamento de uma licitação para escolher um fornecedor de refeições para abastecer as casas oficiais durante o ano de 2014. A lista de alimentos a serem prestados inclui 80 quilos de lagosta fresca e 1,5 toneladas de camarão, que valem, pelo menos, US$ 400.000.

O pregão foi lançado na mesma época que acontecia a carnificina nas prisões do Maranhão que chamou a atenção do Escritório da ONU do Alto Comissariado para os Direitos Humanos, que para a governadora Roseana é resultado de um Maranhão “enriquecido ao longo dos últimos anos”.

O mesmo tipo de bonança ainda está para ser visto pela população do Maranhão. Segundo o Banco Mundial, o Maranhão é o estado mais pobre do Brasil, e a taxa de pobreza é de 52% da população. Ele tem uma renda média per capita de menos de US$ 2 por dia. Os Sarney têm governado o estado desde a década de 1960, apesar de ter sido ligado a vários escândalos políticos ao longo dos anos.

A fim de continuar no poder, eles não são tímidos de usar seu império de mídia, o que é particularmente útil no Maranhão, onde a maioria do eleitorado é analfabeto. O poder da família também se espalha para outros territórios. Em 2009, um tribunal brasileiro proibiu um dos principais jornais de São Paulo de relatar as acusações de nepotismo e corrupção contra Sarney.

Eles contam o ex-presidente Lula da Silva e sua sucessora, a atual presidente Dilma Rousseff, como aliados. Eles são, em essência, a imagem final do semi-feudalismo, e também o passado que os brasileiros estão tão ansiosos para deixar para trás. De alguma forma eles conseguiram sair ilesos, e seu poder e riqueza ainda não mostram quaisquer sinais de desaparecimento.

Não admira que muitos jovens queiram ser como eles.

Do blog do Garrone