Da esquerda para a direita: Antonio Dutra, Erina e Zélia
Antonio de Faria Dutra,
faleceu em São Luís, no primeiro dia de 2014, depois de convalescer por longo
período, era nonagenário (91 anos completos), agora descansa no cemitério dos Vinhais na capital maranhense. A maior parte de sua vida foi vivida na terra
natal Buriti de Inácia Vaz, terra querida e muito amada, foi em Buriti que se
tornou um grande comerciante e proprietário de grandes extensões de terras, que
mais tarde viera a se desfazer.
Dutra se fez conhecido por
ser um homem de palavra e cumpridor de seus compromissos, na sua época foi uma
unanimidade, todos tinham muito apreço por ele, transitava habilmente entre os
graúdos e os de poucas posses, por isso, venerado pelos menos favorecidos,
quando em visita a sua terra todos queriam tocá-lo, abraçá-lo, era uma festa. Isso
soava muito prazeroso para ele.
O Seu Dutra governou Buriti, de 1965 a 1968,
numa época, em que as dificuldades eram astronômicas, sem recursos para
investimentos nas necessidades mais fundamentais da municipalidade, o
transporte fluvial do rio Parnaíba já entrava em decadência, não havia
estradas, nem dinheiro para construi-las. Mesmo assim fez a ligação de Buriti a Palestina, adquiriu a primeira caçamba e revitalizou a praça do Aidil. A economia sempre foi extrativista e
de subsistência, o babaçu preponderava ajudava a protagonizar o comércio
ali existente, como moeda de troca.
O grande Dutra de
outrora também carregava uma aura quase mítica de muita virilidade, fazia muito
sucesso com as mulheres, noticiam-se que tem uma prole em torno de quarenta
filhos, registros aflorados em jornal, dizem que são dados plantados por uma das mulheres
em algum momento de inconformismo, não se sabe se isso é uma verdade ou pura falácia.
A verdade mesmo é que Dutra
viveu plenamente o seu tempo, bebeu, fumou, namorou e amou muito sua família,
jamais desprezou os seus filhos e sua gente. Filhos que povoam a geografia desse imenso país chamado Brasil. Acho que a maioria deles são grandes servidores públicos em Brasília.
Muito bom Reginaldo, seu relato sobre meu pai. Um grande abraço, Helena Dutra.
ResponderExcluirObrigado, estamos a disposição.
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