O um dos donos do maior grupo de mídia do Brasil, o vice-presidente do Grupo Globo, João Roberto Marinho, procurou nas últimas semanas líderes das principais forças
políticas do país: "Em
todos os encontros, ele demonstrou preocupação com a situação econômica,
mencionando a queda acentuada do faturamento dos grupos de mídia".
Em todos os encontros, Marinho
demonstrou preocupação com a queda acentuada do faturamento dos grupos de mídia;
desde então, houve uma mudança na forma como a TV e o jornal de propriedade de
Marinho passaram a tratar o governo; neste sábado (15), na edição do Jornal
Nacional, não foi feita qualquer menção aos protestos que ocorrerão neste
domingo (16), atitude bem diferente das edições da véspera das manifestações do
primeiro semestre.
O
vice-presidente do Grupo Globo, João Roberto Marinho, procurou nas últimas
semanas líderes das principais forças políticas do país e integrantes do
governo para expressar preocupação com o agravamento da crise e pedir moderação
para evitar que ela se aprofunde ainda mais. Ele esteve com o presidente
do PSDB, senador Aécio Neves (MG), na reunião com a bancada do PSDB no Senado,
e falou com outros dois líderes de prestígio na sigla, o governador paulista,
Geraldo Alckmin, e o senador José Serra (SP).
Há
dois meses, Marinho já manifestava preocupação com o cenário econômico e o
risco de descontrole no ambiente político, quando recebeu o governador Geraldo
Alckmin na sede da Globo, no Rio. Tal preocupação aumentou a decisão do
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de romper com o
governo e patrocinar projetos que ameaçam o equilíbrio das finanças públicas.
Um
dos proprietários da TV Globo, João Roberto também esteve reunido com três
ministros do governo Dilma Rousseff (Aloizio Mercadante, Edinho Silva e
Henrique Alves) e com o vice-presidente Michel Temer (PMDB) na semana passada,
além de também se reunir com o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB) e
com a bancada do PT na Casa. No encontro com os petistas, ele afirmou que Dilma
vai cumprir o mandato até 2018 (aqui).
Na
conversa com Temer, que ocorreu na última terça (11), Marinho pediu uma
avaliação das chances de o Planalto conseguir recompor sua base no Congresso e
questionou o vice sobre os caminhos que o PMDB vê para o país. Em todos os encontros, ele demonstrou
preocupação com a situação econômica, mencionando a queda acentuada do
faturamento dos grupos de mídia e de outros setores da economia.
Desde
que iniciou essas conversas, houve uma mudança na forma como a TV e o jornal de
propriedade de Marinho passaram a tratar o governo. Em editoriais, o jornal O
Globo passou a condenar a possibilidade de golpe e endureceu o discurso contra
Cunha (aqui).
Na
TV, os espaços para os discursos de Dilma tiveram sensível aumento. E neste
sábado (15), na edição do Jornal Nacional, não foi feita qualquer menção aos
protestos que ocorrerão neste domingo (16), atitude bem diferente das edições
da véspera das manifestações do primeiro semestre.
Brasil
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