O
relator especial para Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de
Direitos Humanos (OEA), Edison Lanza, diz ser "grave" a condução
coercitiva ordenada pelo juiz Sergio Moro contra Eduardo Guimarães, do Blog da
Cidadania, e defende a importância da liberdade de imprensa no combate à
corrupção; "Grave: juiz Moro submeteu e obrigou blogueiro a revelar
fontes. Não se combate a corrupção sem liberdade de imprensa", diz Lanza
em sua conta no Twitter; a ONG Repórteres Sem Fronteiras e a FENAJ também repudiaram
a ação de Moro contra Guimarães.
O
jornalista e advogado uruguaio Edison Lanza, relator especial para Liberdade de
Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, órgão independente
ligado à OEA (Organização dos Estados Americanos), criticou o juiz Sergio Moro
pela condução coercitiva contra o blogueiro Eduardo Guimarães.
No
Twitter, Lanza publicou nesta quarta-feira 22: "Grave: juiz Moro submeteu
e obrigou blogueiro a revelar fontes. Não se combate a corrupção sem liberdade
de imprensa". Na terça, a Polícia Federal foi à casa de Guimarães, que
edita o Blog da Cidadania, apreendeu seu computador, celular e o celular de sua
esposa e exigiu saber a autoria da fonte de um vazamento da Lava Jato.
Segundo
Guimarães, a PF já sabia quem era a fonte quando ele chegou à sede da
corporação em São Paulo. O motivo da condução coercitiva foi um vazamento feito
por Guimarães em fevereiro do ano passado sobre uma condução coercitiva que
ocorreria contra o ex-presidente Lula, deflagrada em março daquele ano.
A
Constituição Federal, em seu Artigo 5º", parágrafo XIV, define que "é
assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte,
quando necessário ao exercício profissional". Questionado sobre a
autorização do mandado contra o blogueiro, o juiz Sergio Moro argumentou que
ele não seria jornalista, atividade que não existe formação específica no
Brasil.
A ONG Repórteres Sem Fronteiras, uma das principais
instituições globais em defesa do jornalismo, condenou a ação contra Guimarães. A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) também
repudiou a ação de Moro contra Guimarães, ao afirmar que a PF ataca a liberdade
de imprensa e abre um terrível precedente com a ação.
Do
247
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