O impacto da delação da Odebrecht sobre
caciques de partidos de todos os naipes fará a classe política se realinhar
naturalmente projetando Lula como o único candidato capaz de bater outsiders na
eleição de 2018. É o que diz a coluna Painel, da Folha deste domingo (16).
Segundo o jornal, irradia "para além
da esquerda a tese de que a candidatura do ex-presidente Lula em 2018 é vital
para evitar o extermínio da política. Com o lodaçal lançado sobre diversas
siglas, há um trabalho para atrair desde já legendas de centro para a órbita do
petista — a começar por caciques do PMDB, que teriam 'senso de sobrevivência'.
Tudo sob a premissa de que só Só Lula teria a couraça grossa o suficiente para
travar uma batalha campal contra a Lava Jato.
"A articulação", ainda diz a
Folha, "está fora da alçada do PT". O Flávio Dino (PC do B-MA), por
exemplo, resumuiu assim o cenário para 2018: “a dinâmica que se desenha é de
embate entre o ‘Partido da Lava Jato’ e o Lulismo”. “Há até uma data de
lançamento desse confronto: 3 de maio, em Curitiba”, disse, em alusão ao dia em
que Lula irá depor a Sérgio Moro.
O diário ainda destacou que "muitos
fatores podem alterar a rota pró-Lula. Espera-se que ele sofra uma condenação
até junho. Depois disso, haverá gritaria para evitar veredito colegiado, que o
tornaria inelegível."
Além disso, uma parcela da política avalia
que 2018 pode ser um espelho de 2016, com candidatos que negam a política
saindo vitoriosos. Nesse sentido, o Estadão publicou hoje reportagem destacando
João Doria (PSDB) como o nome que sai fortalecido após a bomba da delação da
Odebrecht.
A coluna completa está aqui.
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