Em
primeiro lugar, é bom que fique claro que a mega operação investigativa que
flagrou Aécio Neves e Michel Temer praticando atos criminosos passou muito
longe da republiqueta de Curitiba. E não me refiro à distância entre Curitiba e
Brasília; são anos-luz de distância.
Aliás,
quem explica bem esse caso é o juiz federal Sergio Moro.
Questionado
pela agência Deutche Welle Brasil sobre a criticada foto em que aparece rindo
ao lado do senador Aécio Neves durante a premiação “Brasileiros do Ano de
2016″, da revista “IstoÉ”, Moro afirmou que o político não está sob sua
jurisdição.
“Foi
um evento público, e o senador não está sob investigação da Justiça Federal de
Curitiba. Foi uma foto infeliz, mas não há nenhum caso envolvendo ele”, disse o
juiz.
Moro
se referiu ao fato de que, por Aécio ser senador e ele juiz de primeira
instância, não haveria “risco” de ele julgar o tucano. Foi uma falácia, como se
pode ver agora.
Moro,
muito provavelmente, pode acabar recebendo não só o caso de Aécio, mas, também,
o de Michel Temer, caso os dois sejam cassados – o que, convenhamos, parece
provável que venha a ocorrer.
À
época da Foto polêmica em que Moro confraternizava com políticos que
provavelmente viria a investigar (Alckmin, Aécio, Temer), esta página lembrou o
caso do ex-deputado Eduardo Cunha, que perdeu o foro privilegiado e foi parar
na “jurisdição” do vingador de Curitiba.
A
possibilidade de Aécio perder o mandato é maior, já que esse mandato já foi até
suspenso pelo STF. Claro que ainda existe possibilidade de o Senado resistir a
tirar o mandato do tucano, mas a pressão da opinião pública acabará falando
mais alto.
Será
que Moro vai se declarar impedido? Não nos esqueçamos de que o juiz não costuma
fazer isso – ele processa este blogueiro como pessoa física e, ao mesmo tempo,
não abdica de ser seu julgador.
Contudo,
pouco importa. Se Moro não se declarar impedido, instâncias superiores deverão
fazê-lo. Nem que seja o STF – tanto no caso de Aécio quanto no meu.
Como
se vê, a verdade vai aparecendo, as coisas vão ficando mais claras e a Justiça
triunfará no final. Mas só se cada um de nós não desistir, não esmorecer e não
se acovardar. Como tenho dito, temos que estar à altura deste momento ímpar de
nossa história.
Do Blog da Cidadania
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