Editorial de
O Globo, hoje, dá ordens ao Tribunal Superior Eleitoral para que casse logo a
chapa Dilma-Temer e, com isso, ajude a destituir o atual ocupante do Planalto.
Descarta
todas as teses de defesa e aponta para um resultado único, de natureza
política, mais que jurídica:
“Não há
nenhuma dúvida de que esse julgamento nada tem a ver com as acusações que agora
pesam contra o presidente Michel Temer. Trata-se de julgar pecados anteriores.
Mas, sabemos todos, na construção de suas convicções, os juízes podem e devem
levar em conta as condutas impróprias continuadas dos implicados.”
Na
jurisprudência global, julga-se fora dos autos ou traz-se a eles, como verdades
absolutas, declarações unilaterais e delações de toda ordem: a espontâneas e a
s negociadas como chave de cadeia depois – para usar a expressão de Gilmar
Mendes – “as alongadas prisões de Curitiba”.
Depois de
exposto o seu diktat, concede aos juízes, pro-forma, o direito de decidirem.
Este jornal
não tem dúvida de que todos os ministros do TSE, julgando a favor ou contra,
agirão segundo as suas convicções, tendo em mente as leis, a nossa democracia.
E cumprindo o dever que a nação lhes outorgou.
Seja com
Dilma, seja com Temer, é a vontade do Império que deve prevalecer.
A Globo não
é uma concessão pública do Brasil.
A república
brasileira, sim, é uma concessão da Globo.
Tijolaço
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