Foto:
Marcelo Camargo/Agência Brasil
O jogo de
intrigas palacianas corre solto na disputa da lista tríplice para Procurador
Geral da República.
O Globo
publica matéria -
obviamente encomendada - em que queima, ao mesmo tempo, dois dos principais
favoritos: os subprocuradores Raquel Dodge e Mário Bonsaglia.
Atribui as informações a "fonte que acompanha a disputa de perto". Não dá a informação central: quem é a fonte e quais seus interesses. E a fonte - obviamente isenta, sem interesse algum na disputa - diz que Raquel é a favorita de Gilmar Mendes, do Ministro da Justiça Torquato Jardim, dos caciques peemedebistas Renan Calheiros, José Sarney e Osmar Serraglio.
Entretanto, Poderia
ter incluído Fernando Collor, Roberto Jefferson, Moyses Lupion, Joaquim
Silvério dos Reis, Paulo Maluf para apimentar mais ainda a informação. Ou ainda
Lula, José Dirceu, Antônio Pallocci e outros inimigos da categoria. Afinal,
fonte em off de jornal é melhor que delator da Lava Jato: nem precisa barganhar
para enfiar na declaração a frase que interessa. Já Temer, segundo a
reportagem, preferiria Mário Bonsaglia.
Tempos
atrás, Rodrigo Janot armou para
cima de Raquel Dodge. Ela encaminhara junto ao Conselho Superior do
Ministério Público a proposta para que, nas missões especiais, não pudessem ser
convocados mais que 10% do efetivo de cada núcleo do Ministério Público
Federal. Janot convocou a imprensa para a reunião e, de cara, afirmou que a
medida inviabilizaria a Lava Jato. Uma afirmação falsa, que não batia com os
fatos.
Enfim, em
Brasília a cumplicidade entre poderes é ampla, geral e irrestrita. E a intriga
é o prato principal em todos os jantares.
Do GGN
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