Foto:
Reprodução
O
ex-presidente Lula foi convocado para depôr em Brasília como testemunha de
defesa de Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo, ex-ministro do Planejamento, que
são acusados de corrupção pela Lava Jato. O vídeo da audiência, realizada na
segunda (10), mostra um procurador da República tentando, sem sucesso, impedir
que Lula apontasse os erros e abusos do Ministério Público Federal na operação.
Ao
responder aos advogados de defesa, Lula apontou que nem Gleisi, nem Paulo
Bernardo tinham poder ou influência para interferir nas nomeações da Petrobras.
Um dos defensores perguntou ao ex-presidente se ele concordava, portanto, com
as denúncias feitas pelos procuradores. Lula disparou: "Eu não concordo
com as acusações que são feitas. Elas são feitas baseadas em delações que não
merecem nenhuma credibilidade."
Nesse
momento, um membro do MP interrompeu e pediu que Lula não fosse autorizado a
fazer "juízo de valor" emitindo opinião sobre os atos dos
procuradores.
Na
sequência, ao responder questionamentos do Ministério Público, Lula tentou
explicar como funcionou a distribuição dos cargos na Petrobras entre os
partidos aliados, e aproveitou para dar uma alfinetada na Lava Jato.
"Vou
tentar explicitar como é feito isso porque o Ministério Público, em todas as
acusações, acha que é criminoso os partidos indicarem pessoas."
Contrariando,
um assistente de acusação entrou numa dividida com Lula: "Eu
discordo."
O
petista, em tom sereno, rebateu: "Numa outra encarnação a gente vai
indicar só gente do Ministério Público."
Exaltado,
o procurador saiu em defesa da Lava Jato. "Não, não, a gente não quer
isso." E, mais uma vez, tentou interromper a resposta de Lula. "Eu
peço que o senhor não faça juízo de valor."
GGN
0 comments:
Postar um comentário