quinta-feira, 8 de março de 2018

Mulheres ocupam Globo contra o golpe, retirada de direitos e intervenção militar

Foto: Levante Popular da Juventude
A reportagem do Brasil de Fato divulgou nesta quinta (8), Dia Internacional da Mulher, que cerca de 800 mulheres de diversos movimentos sociais ocuparam o parque gráfico da Globo no Rio de Janeiro, em protesto contra o apoio da emissora ao golpe, à retirada de direitos, à intervenção militar e às tentativas de influenciar a eleição presidencial.
Ainda de madrugada, mulheres chegaram no local onde estenderam uma enorme faixa com os dizeres: “A Globo promove intervenção para dar golpe na eleição”, relatou o Brasil de Fato.
No portal do jornal O Globo, a emissora disse que o movimento foi organizado por membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), armados com "facas". O grupo ainda sustentou que a segurança não pôde impedir o protesto por causa do grande número de pessoas. 
Além do MST, participaram do ato o Levante Popular da Juventude, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA).
Para Ana Carolina Silva, integrante do Levante Popular da Juventude, "(...) a mídia, principalmente na figura da Rede Globo, representa um inimigo que sai extremamente ileso, inclusive porque controla a informação, faz a disputa ideológica e que hoje é um partido político na condução do golpe", disse ao Brasil de Fato.
Maria Gomes de Oliveira, da coordenação nacional do MST, afirmou que "as mulheres são contra a intervenção militar que está acontecendo aqui no Rio, são contra todas reformas colocadas pelo governo, assumimos o protagonismo das outras nesse 8 de março para denunciar toda essa sujeira. A ilegalidade do julgamento do Lula, a globo também está construindo esse discurso para impedir que aconteçam as eleições."
O protesto contra a Globo integra a Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Sem Terra. Na quarta-feira (7), o MST ocupou a Fazenda Esmeralda, em São Paulo, que pertence a Michel Temer (MDB) e que foi citada em delações do inquérito que investiga MP dos Portos. 
"No ano passado, as sem-terra ocuparam, em Minas Gerais, terras de Eike Batista — o Acampamento Maria da Conceição completa um ano com produção agroecológica — e paralisaram o complexo industrial da empresa Vale Fertilizantes, em Cubatão (SP), para denunciar a dívida da mineradora com a Previdência", lembrou o Brasil de Fato.
GGN

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