O
avião bimotor interceptado pela Força Aérea Brasileira (FAB) nesta quinta-feira
(25), carregado com mais de 500 quilos de cocaína, no interior de Goiás,
decolou da Fazenda Itamarati Norte, no município de Campo Novo do Parecis (MT)
com destino a Santo Antonio Leverger (MT). A fazenda está arrendada ao Grupo
Amaggi, de propriedade do ministro da Agricultura e senador licenciado, Blairo
Maggi (PP).
O
bimotor foi interceptado por um caça A-29 Super Tucano da FAB no âmbito da
Operação Ostium, desenvolvida de forma conjunta com a Polícia Federal, visando
coibir crimes nas fronteiras do país. A fazenda ocupa uma parrea total de 200,4
mil hectares e divididos em 19 unidades própria da Amaggi e outros 51,9 mil
hectares arrendados do grupo Itamarati, pertencente ao empresário Olacyr de
Moraes.
O governador
do Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB-MT), teria recebido R$ 2 milhões de caixa
dois do empresário Alan Malouf, em um esquema envolvendo ainda fraudes em
licitações na Secretaria de Educação Estadual.
"No fim da campanha, existia um valor a ser pago. No final, teve um
rateio e eu participei do pagamento. Como se fosse um empréstimo para saldar a
dívida da campanha", narrou em delação premiada.
O esquema
referia-se a editais para a construção de escolas no Mato Grosso, que desde
maio de 2016 são alvos de investigações da Operação Rêmora, e teria rendido ao
empresário R$ 260 mil. Os desvios teriam atingido R$ 56 milhões em 23
contratos, desde o ano de 2015.
Segundo Alan
Malouf, o governador Pedro Taques teria pedido para quitar as dívidas da
campanha de 2014 por meio de caixa dois. O delator frisa que "o próprio
governador sabe disso", tendo completo conhecimento do esquema.
Segundo Alan Malouf, o governador Pedro Taques
teria pedido para quitar as dívidas da campanha de 2014 por meio de caixa dois.
O delator frisa que "o próprio governador sabe disso", tendo completo
conhecimento do esquema.
Preso por
sete meses desde o último ano, Guizardi fechou acordo com o Grupo de Atuação e
Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ligado ao Ministério Público Estadual
(MPE), e declarou que Malouf havia investido os R$ 10 milhões, ainda durante a
campanha, montando o esquema já quando Taques era governador para arrecadar
fundos ilícitos para saldar as dívidas da campanha com esses investidores.
Os
interesses partiram quando em abril de 2015, Guizardi queria ser apresentado ao
secretário de Educação do governo, Permínio Pinto, para prestar "serviços
de obras na SEDUC [Secretaria de Educação]", que chegou a ser preso
preventivamente no último ano, após a deflagração das investigações.
"Giovani
disse que tinha um esquema na SEDUC para pagar as contas de campanha. Num
primeiro momento, eu não queria, fiquei reticente. Na segunda ou terceira vez,
resolvemos participar desse fato, até para arrecadar o dinheiro para pagar as
contas de campanha", narrou o delator.
As empresas
que prestavam serviços à Secretaria de Educação recebiam propinas. Alan admitiu
que ficou com R$ 260 mil neste esquema, recebidos dentro de envelopes, em
dinheiro vivo, entregues em sua residência e em sua casa.
Total
de 31 trabalhadores mantidos em condições de trabalho análogas à escravidão foi
libertado no município de Nova Maringá (MT); funcionários trabalhavam sobre
'lei do avulso', para uma multinacional chinesa do setor alimentício com
atuação no manejo de soja; nesta linha, governo Michel Temer finalizou um
projeto de lei, pronto para votação no plenário da Câmara dos Deputados, que
libera a compra e o arrendamento de terras por empresas com controle
estrangeiro, apesar do temor de parlamentares da oposição e de movimentos
sociais que isso possa resultar na ampliação de casos de abuso contra os
trabalhadores.
Um
total de 31 trabalhadores mantidos em condições de trabalho análogas à
escravidão foi libertado por uma força-tarefa formada por policiais civis ,
auditores fiscais da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Mato
Grosso e do Ministério Público do Trabalho no município de Nova Maringá (MT).
Os funcionários, que foram contratados por um sindicato local, trabalhavam
sobre 'lei do avulso', para uma multinacional chinesa do setor alimentício.
De
acordo com o chefe da Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho no Mato
Grosso, Eduardo de Souza Maria, os trabalhadores atuavam no manejo de soja nas
atividades de carga e descarga dos caminhões, armazenamento do produto e
limpeza.
Segundo
o Ministério do Trabalho, os funcionários trabalhavam até 16 horas seguidas e
não tinham direito ao descanso semanal previsto pela legislação, além de
receberem os pagamentos abaixo dos valores acertados previamente.
"Eles
tinham um acordo para receber conforme a produtividade, mas o pagamento nunca
correspondia à produção. E quem reclamava recebia ameaças de demissão e até de
violência", afirma o chefe da fiscalização.
Também
foram constatadas outras irregularidades como alojamentos inadequados e
insalubres, má qualidade na alimentação, aliciamento de pessoas, restrição à
locomoção, assédio moral, e a não notificação de acidentes de trabalho.
A
empresa recebeu 26 autos de infração, além de multas que podem somar R$ 122
mil.