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segunda-feira, 10 de julho de 2017

Eduardo Guimarães: Michel Temer vivencia que não há honra entre golpistas

O presidente golpista, Michel Temer, mal deve estar acreditando na vingança da história contra si. Há pouco mais de um ano ele começou a trair Dilma Rousseff. Chegou ao poder todo pimpão, exibindo sua boneca inflável, seus ternos caríssimos, seu português cafona e sua completa falta de noção.

E agora…

Bem, o noticiário fala por si mesmo. Vejamos as manchetes:


Ora, ora. Que injustiça Temer praticaria contra o presidente da Câmara, o demo Rodrigo Maia, simplesmente aquele nas mãos de quem repousa o destino do presidente da República?

Temer não fez nem nunca faria nada para desagradar seu provável sucessor. Ele está inventando uma desculpa para romper com o ex-comparsa.

E tome banho de realidade para Temer.







Pois é, até a Marcela. Tão “apaixonada”…

Uma pergunta: se Temer for derrubado e, quem sabe, até preso em seguida, quanto tempo a sua neta… digo, a sua esposa vai demorar para picar  a mula, por assim dizer?

O abandono de Temer pelos aliados de ontem, pelos seus comparsas no golpe infame que tirou a verdadeira governante do Brasil (até 1º de janeiro de 2019) do cargo sob uma farsa asquerosa, nada mais é do que a prova de que o crime não compensa.

Muita água ainda vai rolar debaixo dessa ponte. O Brasil precisa punir duramente os golpistas para que esse tipo de ataque ao povo brasileiro pare de ocorrer toda vez que algum governo decide governar para o povo. Chegou a vez de Temer. Chegará a vez dos outros golpistas.

Blog da Cidadania 

sábado, 8 de julho de 2017

Joaquim de Carvalho: Temer e Rodrigo Maia são farinha do mesmo saco ou cimento da mesma empreiteira

César Maia e o filho: propina em nome do pai.

No momento em que os tucanos e a plutocracia olham para Rodrigo Maia como o menino de ouro para conduzir seu projeto, convém a todos prestar atenção na biografia do rapaz. Ou já se poderia chamar de folha corrida?

Em abril, o ministro Édson Fachin autorizou a abertura de inquérito na Polícia Federal para investigá-lo.

Cinco delatores da Odebrecht relataram uma íntima e antiga relação entre o presidente da Câmara dos Deputados e o departamento de propinas da empreiteira, que em sua contabilidade tratava o político pela alcunha de “Botafogo”.

Em 2008, Maia solicitou e recebeu R$ 350 mil a título de contribuição para campanha. Só que, naquele ano, nem Rodrigo Maia nem seu pai, o ex-prefeito César Maia, disputaram eleição.

Em 2010, Maia voltou a carga e pediu mais uma vez dinheiro para campanha eleitoral. A Odebrecht, segundo os delatores, liberou R$ 600 mil. O dinheiro seria para a campanha do pai de Rodrigo, César Maia.

O presidente da Câmara é citado nas delações de Benedicto Barbosa da Silva Júnior, João Borba Filho, Cláudio Melo Filho, Carlos José Fadigas de Souza Filho e Luiz Eduardo da Rocha Soares.

A referência a Maia não ficou só na palavra.

Os delatores entregaram o registro da contabilidade do departamento, que tem até a identidade de quem recebia o dinheiro em nome de Maia: João Marcos Cavalcanti de Albuquerque, lotado no gabinete de Rodrigo Maia no cargo de assessor.

Os pagamentos eram feitos a pretexto de campanha eleitoral, mas, segundo os delatores, estavam vinculados à contrapartida de Rodrigo Maia no Congresso Nacional, como a aprovação de medidas provisórias de interesse da Odebrecht.

Na época em que a denúncia foi feita, em abril, Rodrigo Maia negou que tenha recebido propina da empreiteira e disse que confiava na justiça.

“Há citações de delatores, que o processo vai comprovar que são falsas e os inquéritos serão arquivados”.

Por enquanto, não há processo.

Ele é investigado pela suspeita de ter praticado o crime de corrupção passiva, o mesmo crime de que é acusado Michel Temer, a quem parte dos tucanos quer que ele suceda.

Entre Maia e Temer, há muito mais em comum do que Moreira Franco, amigo de Temer e marido da sogra do presidente da Câmara dos Deputados.

Em bom português, eles são farinha do mesmo saco.

DCM

Eduardo Guimarães: A situação de Rodrigo Maia é igual ou pior que a de Michel Temer

A esta altura, Michel Temer deve estar perplexo com a justiça poética que está sendo feita tão rapidamente após ele praticar uma traição miserável contra Dilma Rousseff. Não que ele não saiba que não há honra entre ladrões; deve estar surpreso com a velocidade com que as coisas estão acontecendo.

Tenho para mim que os golpistas nunca entenderam nada. Michel Temer chegou à Presidência todo pimpão, achando que iria abafar por ter casado com a menina com idade para ser sua neta.

Não tem senso de ridículo, não tem autocensura, não tem noção, enfim…

Mas o pior de tudo é que subestimou a enormidade que é presidir uma ditadura sem ter por trás de si um exército muito fiel e armado até os dentes.

Os golpistas sentiram-se incrivelmente poderosos. Acharam que por derrubarem o quarto governo popular petista consecutivo e por se disporem a tirar dos brasileiros tudo que esses governos deram ao longo de mais de uma década, estariam imunes a qualquer abuso que praticassem ou que já praticaram.

Eles não entenderam nada. Vivemos na era da informação e da comunicação. Ditadura sem censura não funciona, tem vida curta. É por isso que a primeira coisa que faz toda ditadura é acabar com a liberdade de expressão.

Temer bem que tentou. Ensejou processos, intimidações de jornalistas etc. Estabeleceu uma relação de cumplicidade com a República de Curitiba sem se dar conta que ela não pode usar sua moral seletiva para proteger quem tem foro privilegiado.

E não imaginava que Teori Zavaski levaria a sério essa coisa de “a lei é para todos”.

O país que Temer pensou estar governando era um país conformado em impor a lei somente para os quatro pês – preto, pobre, puta e petista. Ocorre que, mesmo que tentem materializar esse país, há muita gente que discorda… Muita gente!

Temer vai cair? Se depender do Temer de Temer, vai. Todo traidor será traído, dizem. Essa é uma lógica inquebrantável. O mundo dos ladrões desonrados é um mundo fétido, gelado, insalubre. O perigo espreita a cada curva da estrada desse tipo de vida.

Segundo o jornal Valor Econômico, “O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), passou a conversar mais com o mercado financeiro desde o agravamento da crise política, num movimento visto por analistas, economistas e agentes com quem se reuniu como uma tentativa de mostrar que, caso o presidente Michel Temer seja afastado, estaria preparado para assumir a função (…)”

A situação é mais feia do que parece. Publicamente, Temer e Maia trocam elogios e juram fidelidade, mas os entendimentos entre o provável novo presidente e o patrocinador do golpe, o “mercado”, têm que ser feitos. Isso não dá para disfarçar ou postergar. Trocar o comando de um transatlântico como o Brasil não é tão simples.

O resultado é o espetáculo patético que estamos assistindo, no qual Temer e Maia fingem que acreditam no que dizem sobre “lealdade”, a qual não param de jurar devotar um ao outro.

Enquanto um acaba de cometer uma das maiores deslealdades que este país já viu – trabalhar para derrubar a companheira de chapa na eleição de 2014 –, o outro participa de uma explosão de reuniões com agentes econômicos noticiadas publicamente e realizadas de chofre (de repente) sem maiores explicações.

O senador tucano da Paraíba Cassio Cunha Lima previu que Temer cairia em 15 dias. As razões? O presidente não conseguirá tocar as reformas (anti) trabalhista e da Previdência porque o Congresso terá medo de se identificar com ele votando consigo matérias que propôs e que são imensamente impopulares.

Tampouco existe a possibilidade de fazer uma votação secreta de reformas que extirpam direitos dos trabalhadores (que somos todos nós). Então, deputados e senadores teriam que votar medidas que empobrecerão um país inteiro sob as ordens de um presidente comprovadamente corrupto e absurdamente impopular.

Cada parlamentar que votar as reformas pelas quais o “mercado” lhe pagou – ou prometeu pagar – para votar, e que fizer isso sob a batuta de Temer, estará eleitoralmente perdido. Se for medida proposta por um “novo” governo seria menos ruim – é o que pensam os bandoleiros da maioria de direita que cometeu crime de lesa-pátria ao derrubar Dilma sem razões legais.

Eles não entenderam nada. 353 golpistas da Câmara, mais 61 do Senado nunca entenderam nada. Acham que vão causar o maior e mais rápido empobrecimento coletivo da história e sairão à francesa disso, e ainda aplaudidos.

Ou acham que vão curtir seus milhões de propina paga pelo “mercado” para empobrecerem uma nação e dane-se o resto.

Agora, o plano B é Rodrigo Maia.

É mesmo? Será que vão conseguir ferrar 200 milhões de brasileiros usando um poodle de  madame em lugar de um vampiro?

Vejamos…

Cinco delatores relataram em abril elos de Rodrigo Maia com setor de propinas da empreiteira Odebrecht e a Polícia Federal acusou o presidente da Câmara em fevereiro de ter recebido 1 milhão de reais de propina da OAS.

Cinco delatores da Odebrecht revelaram à Procuradoria-Geral da República uma longa rotina de repasses de dinheiro da empreiteira ao presidente da Câmara.

Ao requerer abertura de inquérito contra Maia e seu pai, o procurador da República citou as declarações dos cinco colaboradores – Benedicto Barbosa da Silva Júnior, João Borba Filho, Cláudio Melo Filho, Carlos José Fadigas de Souza Filho e Luiz Eduardo da Rocha Soares.

Os delatores apresentaram à Procuradoria um cronograma constante no sistema ‘Drousys’, instalado no ‘Setor de Propinas’, e apontaram o nome de João Marcos Cavalcanti de Albuquerque, ‘assessor do deputado federal Rodrigo Maia, como intermediário das operações’.

Na avaliação de Janot, o presidente da Câmara teria praticado os crimes de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro.

Além disso, a Polícia Federal concluiu investigação sobre Rodrigo Maia no âmbito da Operação Lava Jato, e apontou indícios de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro. A investigação da PF teve origem em mensagens de celular entre Maia e o empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS.

Segundo o inquérito da PF, em troca de propina de R$ 1 milhão, o parlamentar teria defendido interesses da empreiteira no Congresso, entre 2013 e 2014, como apresentar uma emenda à uma Medida Provisória que definia regras para a aviação regional, em benefício da construtora.

Alguns dirão que a situação de Maia é menos feia porque (ainda) não existem áudios e vídeos comprovando seus crimes, como no caso de Temer. Porém, ele chegaria – ou chegará – ao poder em situação extremamente mais desfavorável que o atual presidente da República.

Temer assumiu em meio a uma festa da direita brasileira. Mídia, “mercado”, a maioria esmagadora do Legislativo, a Polícia Federal, o Ministério Público, o Judiciário, todos exultantes com o grande feito de derrubarem – ou deixarem derrubar – Dilma Rousseff por meios fraudulentos.

Na verdade, derrubar Dilma por esses meios parecia agradar especialmente os golpistas unidos, como se dissessem: “Tivemos poder para derrubá-la sem razão nenhuma. Somos superpoderosos”.

Com o tempo, o golpismo foi se dividindo na medida em que o povo começou a acordar e percebeu que era balela aquela história de “vamos tirar Dilma e tudo se resolverá por mágica”.

Maia assumiria em uma situação dificílima porque já chegaria como alvo de suspeitas de corrupção. E ao não resolver a situação rapidamente assumirá o ônus do empobrecimento rápido que os brasileiros estão experimentando conforme a crise política que os golpistas causaram não se desfaz.

Os golpistas e os fascistas que ainda os apoiam acham mesmo que os brasileiros vão se conformar em empobrecer e perder direitos após mais de uma década realizando sonhos de uma vida durante os governos de Lula e Dilma. Não sabem que a maioria deixou derrubarem Dilma achando que a direita devolveria ao povo aquilo que quem lhe dera fora o PT.

Maia provavelmente cairá mais rápido do que Temer. O atual presidente é “macaco velho”. Um sobrevivente. Está sempre no poder desde a redemocratização do país, em 1985. Se não durar no cargo nem um ano, o filhote de Cesar Maia não deverá durar nem metade disso. Assim sendo, não percamos tempo: #ForaMaia.

Blog da Cidadania

Os ratos que a Democracia permite, por Fernando Horta

Os ratos

Comparar frações é uma das coisas mais complicadas de se fazer sem uma metodologia própria. O que é menor 7/8 ou 6/9? 7/12 avos ou 3/5? Fica sempre muito difícil sem um parâmetro, uma metodologia que nos possa servir para tornar as coisas “comparáveis”. Michel Temer é uma fração de presidente, Rodrigo Maia outra fração, como presidente da Câmara. Qual o menor?

Temer, da última vez que concorreu como candidato às proporcionais (em 2006), recebeu 99.046 votos para deputado por São Paulo. Ficou em 54º lugar naquelas eleições. Só conseguiu entrar pelo famoso “quociente eleitoral”. Seu recorde foram 252.229 votos na eleição de 2002, quando ficou em sexto mais votado por São Paulo.

Rodrigo Maia é um dos tantos “herdeiros políticos” que estão no nosso parlamento. O filho do ex-prefeito do Rio de Janeiro César Maia, começou sua carreira na Câmara em 1998 recebendo 96.385 votos. Depois, em 2002 teve 117.229, em 2006 198.770, e em 2010 caiu para 86.162 votos apenas. Nas eleições de 2014, afundou mais ainda com apenas 53.167 votos. Ficando apenas em 29º lugar entre os eleitos do RJ. Elegeu-se, também, pelo famoso quociente eleitoral.

Enquanto o PMDB de Temer é oriundo da “oposição ao regime militar”, Maia é do antigo PFL (Partido da Frente Liberal) que teve sua sigla tão desgastada por escândalos de corrupção e pela defesa do neoliberalismo que precisou mudar de nome. O PFL é uma das ramificações da ARENA (Aliança Renovadora Nacional), o partido apoiador da ditadura civil-militar. A verdade é que enquanto a ARENA, na ditadura, era um bloco monolítico de apoio aos governos ditatoriais, o PMDB juntou gente de todos os matizes políticos em seu bojo (desde os partidos comunistas até o antigo Partido Social Democrático que representava as elites latifundiárias que apoiavam Getúlio Vargas). O PMDB sempre foi, portanto, uma “colcha de retalhos”, oferecia apoio por cargos. A História diz que, durante a ditadura, o PMDB era o partido do “Sim” e a ARENA do “Sim, senhor!”.

Michel Temer tem 76 anos. Nenhuma aspiração política que envolva eleições. Da presidência partirá ao esquecimento, se antes não der uma passada na Papuda. Como acaba sua carreira política, nada teme de fato. Não deve obediência a eleitores (que de fato não tem), nem tem qualquer preocupação com as “próximas eleições”. Rodrigo Maia, tem 47 anos, e teria ainda – em tese – uma carreira política. Sob este aspecto, penso que Maia pode ser mais responsivo às ruas, já que tem efetivamente preocupação com as próximas eleições. O problema é que o espectro político que vota nele tem pouco apreço pela democracia. Especialmente uma democracia com povo. O DEM é sempre muito refratário a qualquer ampliação de participação política. Penso que Maia não é exceção.

Temer está envolvido, até o fundo, na corrupção crônica brasileira. Toda sua curruela mais próxima também. Claramente seu governo é uma quitanda para quem lhe puder oferecer apoio político que lhe salve a pele. Temer não tem vergonha de leiloar cargos, leis, medidas e tudo o mais que ele puder fazer de valor no Brasil, para barrar as investigações sobre corrupção. As reformas nunca foram um “programa de governo” seu. Foram a moeda de troca que ele usou para blindar seu grupo. O “Botafogo” (com o perdão dos alvinegros cariocas), como Maia é chamado nas planilhas da Odebrecht, também é investigado pela PF por corrupção em diversos inquéritos. Os valores são muito menores do que Temer ou Cunha, Maia sempre foi “baixo clero”. Nunca teve qualquer projeto de Brasil, e assumiria a presidência como um boneco de ventríloquo. Não sabemos que lhe manipula as cordas. Uns apostam no financismo, mas eu creio que nem para isto Maia teria capacidade.

De fato, a troca de Temer por Maia significa mais alguns minutos de oxigênio que os perpetradores do golpe tentam para aprovar as reformas e, ao mesmo tempo, saciar o apetite da Globo. Temer se mostra muito ralo e sem condições mínimas de levar o país a qualquer lugar. Suas malfadadas peripécias internacionais, combinadas com seus atos-falhos deixam ainda mais patente a posição de pária político. Nem as manipulações do PIB, nem a senhora “Bela, recatada e do lar” foram capazes de promover qualquer mudança na aceitação de Temer.

Rodrigo Maia tem também sua vaidade. É preciso considerar que em uma democracia verdadeira ele jamais teria condições de se eleger para qualquer cargo executivo, que dirá Presidente da República. Tanto Temer quanto Maia são exemplos gritantes do fracasso de nossa democracia, de nossos sistemas representativos. Mas se Maia seguir seu normal político e golpear Temer, ambos ficarão com suas fotografias como “Presidentes do Brasil”. Como historiador me sinto chocado em escrever isto. Em que mundo Temer e Maia poderiam se ombrear – sob qualquer aspecto – com Lula, FHC, Getúlio Vargas e Kubistchek, por exemplo? É o “déficit de representação”, de que falam os cientistas políticos, dando um tapa com a “mão invisível” na nossa cara. Duas vezes.

Enquanto a aliança que sustenta Temer está em direção à cadeia, a de Maia dirige-se ao “lixo da história”. Quaisquer políticos que venham a compor este arremedo de “frente nacional” ficarão marcados por terem feito parte de um momento tão baixo e mesquinho da história brasileira. O problema é que o nível do “baixo e mesquinho” é, talvez, bastante alto e aceitável para o tipo de gente que apoiar Maia. E Maia terá a foto na galeria onde figuram os governantes do Brasil. Se pudermos travar as reformas, a troca é seis por meia dúzia com o benefício de deixar Temer na condição de ser preso, e Maia evidenciando o atoleiro em que nos metemos. Se não pudermos barrar as reformas, não faz diferença quem será abandonado pelo capital, logo em seguida, se Temer ou Maia. Penso que Maia tem mais a perder e quase nada – além de sua vaidade – a ganhar. Mas ele me parece estúpido o suficiente para fazer a escolha errada.

Maia e Temer, se somados os votos das últimas vezes em que se elegeram, teriam 152.213 pessoas que lhes hipotecaram apoio. Isto representa 0,28% dos 54.501.118 que Dilma recebeu. Quem quiser entender o recado, que entenda. E mande para o STF, por favor.

GGN

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Fernando Brito: Rodrigo Maia, o traidor do traidor, já faz as contas para assumir a presidência da República

Vai ficando claro que, debaixo do manto de fidelidade canina a Michel Temer, Rodrigo Maia liberou os inibidores de apetite mais do que no setor farmacêutico.

Na Folha, diz-se que “a escolha de Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) como relator do pedido de denúncia de Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça é um aceno para o grupo que pode se beneficiar com a queda do peemedebista”. Zveiter é, afirma o jornal,  aliado de Rodrigo Maia.

Lauro Jardim, em O Globo, é mais explícito. Fala que Maia já faz as contas para assumir o cargo de presidente:

“Se a Câmara autorizar o STF a analisar a denúncia e a maioria dos ministros torná-lo réu, Michel Temer será afastado por até 180 dias. Maia assumirá. Após esses seis meses, se o STF condenar Temer, Maia governaria por mais 30 dias, podendo se candidatar na eleição indireta para comandar o país até o fim de 2018. Seria, naturalmente, um dos candidatos mais fortes.”

Como sonhar não custa nada e os tucanos estão num mato sem cachorro, Lauro fala até em “reeleição” – trata-se de um caso inédito de reeleição de quem não foi eleito.

Como na velha peça teatral, trair e coçar, é só começar.

E o povo brasileiro vai aprendendo que as ditas instituições são feitas para usurpar seu direito a escolher seus governantes e a, de tempos em tempos, julga-los. Deputados, senadores, promotores, juízes e ministros – inclusive aqueles que andam a encontrar-se à socapa com seus réus – são quem decide quem sobe e quem cai do poder e quem para lá vai em seu lugar.

A “democracia” sem povo, eis o Brasil que a elite sempre sonhou.

DCM

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Temer é um governante tirano, acuado, vacilante, covarde e, por isso, perigoso. Por Kiko Nogueira


“Eu não vou renunciar. Se quiserem, me derrubem”, disse Temer em um de seus patéticos pronunciamentos depois da gravação com Joesley.

Foi feita sua vontade — e ele reagiu como o covarde que é.

Temer admitiu na quarta que foi ele, e não o presidente da Câmara Rodrigo Maia, quem convocou as Forças Armadas para a “garantia da lei e da ordem” em Brasília até o próximo dia 31.