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segunda-feira, 8 de outubro de 2018

O ÓDIO NÃO ESPERA, CAPOEIRISTA É MORTO NA BAHIA POR ADEPTO DE BOLSONARO

Como já se advertia, não ia demorar. Transcrito a reportagem do jornal A Tarde, o maior de Salvador, publicada minutos atrás:
O mestre de capoeira e compositor Romualdo Rosário da Costa, de 63 anos, conhecido como Moa do Katendê, foi morto a facadas na madrugada desta segunda-feira, 8, após uma discussão política no Bar do João, na comunidade do Dique Pequeno, no Dique do Tororó, em Salvador. 
Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), o autor do crime, que não teve o nome revelado, não concordou com a posição política de Moa, contrária ao candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL), e desferiu 12 facadas na vítima.
O suspeito foi preso e confessou o crime à polícia. Segundo a SSP-BA, ele teria se aproximado do grupo em que Moa estava e afirmado que era eleitor de Bolsonaro. O homem reagiu com violência após o mestre de capoeira afirmar que o grupo votava no PT. 
Não é uma “amostra grátis” porque custou a vida de um ser humano, mas um alerta para a loucura do ódio que se despertou e que até ao próprio Bolsonaro atingiu, em Juiz de Fora.
Oxalá possa servir, ao menos, para salvar a vida de muitos.

Tijolaço

domingo, 5 de fevereiro de 2012

CHOQUE DA PF CHEGA NA BAHIA PARA RETIRAR GREVISTAS, VEJA

O grupo de Operações Táticas da Polícia Federal iniciou no início da noite deste domingo (5) a ocupação da Assembleia Legislativa da Bahia, onde os policiais grevistas estão concentrados desde o último dia 31, quando o movimento foi deflagrado. Cerca de 40 policiais da tropa especial iniciam as negociações para a desocupação pacífica do prédio.
A energia elétrica foi suspensa no local, e, além da saída dos grevistas, os policiais federais buscam cumprir os 11 mandados de prisão expedidos pela Justiça. O comando da operação solicitou aos PMs que não recebam os agentes com violência. Os PMs em greve estão na companhia de mulheres, crianças, amigos e familiares e somam cerca de 350 pessoas, segundo os organizadores do movimento.

Nesta tarde, o presidente da Casa Legislativa, deputado Marcelo Nilo (PDT), pediu ao general Gonçalves Dias, comandante das forças de segurança na Bahia, que o local seja desocupado ainda neste domingo. A Justiça já decretou a ilegalidade do movimento há três dias e expediu 12 mandados de prisão, um deles foi cumprido nesta madrugada.

O deputado disse que "os trabalhos legislativos precisam voltar à normalidade e que a Assembleia não pode ser usada como abrigo para foragidos da Justiça." Nilo falou ainda que o pedido partiu dele mesmo, e não do governador. Após ser comunicado, o general G. Dias convocou uma reunião com outros integrantes que reforçam a segurança na Bahia para avaliar o pedid.

Também neste domingo, mais 135 militares do Batalhão de Infantaria Paraquedista que saíram do Rio de Janeiro e 15 militares de Brasília chegaram em Salvador para reforçar a segurança na Bahia. Circulam ainda na cidade, segundo a Secretaria de Comunicação do governo do Estado, quatro veículos blindados Urutu, de Recife. Está previsto para hoje ainda o transporte de mais 150 homens do Exército Brasileiro da capital pernambucana para Salvador.

100% de adesão em 32 cidades
No sábado (5), a Associação dos Policiais e Bombeiros da Bahia (Aspra) informou que a adesão ao movimento é de 100% do efetivo em 32 dos 417 municípios baianos, incluindo algumas das principais cidades do Estado, entre elas Ilhéus, Itabuna, Jequié, Vitória da Conquista e Senhor do Bonfim.

Policiais Integrantes do 20º Batalhão da Polícia Militar, do município de Paulo Afonso (a 484 km de Salvador), decidiram cruzar os braços sob a alegação de que o governo não vem cumprindo com algumas pendências. Na noite da sexta-feira, policiais da cidade de Barreiras (a 848 km da capital baiana) também aderiram ao movimento.

Crimes federais
Ainda ontem (sábado), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que, por solicitação do governo do Estado, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) já reservou vagas em presídios federais para encaminhar, se necessário, policiais que tenham cometido algum tipo de crime durante o movimento grevista.

Cardozo se reuniu com o governador da Bahia, Jaques Wagner, e disse que todas as ocorrências criminosas serão tratadas como crimes federais. "Todos os crimes cometidos nesse período são qualificados como crimes federais e serão tratados como tais. Seremos muito firmes no cumprimento do nosso dever", disse Cardozo em entrevista na Base Aérea de Salvador.

O ministro viajou à Bahia acompanhado do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general José Carlos de Nardi, e da secretária nacional da Segurança Pública (Senasp), Regina Miki. Cardozo considerou “inaceitável” a forma como os policiais estão conduzindo a greve. "O Estado de Direito não permite o abuso do próprio direito. Isso [a greve], da forma como está sendo tratado, é inaceitável."

Heliana Frazão
Do UOL Notícias, em Salvador