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segunda-feira, 13 de abril de 2020

QUEM SÃO OS MÉDICOS CUBANOS QUE COMBATEM O COVID-19 POR TODO O PLANETA

Por má fé ou ignorância (às vezes pelas duas virtudes juntas) tem muita gente condenando a participação das brigadas de médicos cubanos que saem pelo mundo combatendo o Coronavírus. A alegação é de que eles são médicos de família, generalistas, sem experiência em infectologia e virologia. Uma dessas vozes está em uma matéria publicada pelo Washington Post. “Os cubanos nunca foram necessários”, afirma o doutor Santiago Carrasco, atual presidente da Federação Médica do Equador. “Eles nem eram especialistas”. 
O doutor Carrasco – que não se perca pelo sobrenome – não deve saber, ou sabe e esconde, que os médicos que estão enfrentando o Coronavírus não são os mesmos médicos de família que estiveram, entre outros países, no Brasil e no Equador. 
As brigadas cubanas que lutam contra o Covid-19 fazem parte de uma organização sem precedentes no mundo, o “Contingente Internacional de Médicos Especializados em Situações de Desastres, Pandemias e Graves Epidemias”. Conhecidas pelos cubanos como “Brigadas Emergentes Henry Reeve”, elas foram concebidas pessoalmente por Fidel quinze anos atrás, quando o Comandante enviou uma centena de médicos cubanos em missão humanitária a Angola. (Não será demais lembrar que foi graças ao envio de 250 mil soldados cubanos armados à África que Angola conquistou sua independência, levando de arrastão o Apartheid sul-africano e permitindo a libertação de Nelson Mandela.)
A um estrangeiro pode parecer estranho que as brigadas tenham sido batizadas com o nome de Henry Reeve, um gringo. Reeve, para quem não sabe, era um adolescente de dezesseis anos nascido no Brooklyn, em Nova York, em abril de 1850. Lutou na Guerra de Secessão dos EUA e em seguida emigrou para Cuba, onde se alistou como voluntário na Guerra de Independência contra a Espanha. Depois de participar de mais quatrocentos batalhas ao lado do Exército Libertador de Cuba, morreu em combate aos 26 anos lutando contra as tropas coloniais espanholas.
Esses homens e mulheres que o imbecil equatoriano diz que não têm especialização lutaram contra a malária e o ebola em metade da África, e atuaram como infectologistas, que eu me lembre, de memória, em Serra Leoa, na Armênia, no Haiti, no Congo, na Guiné Bissau, na Etiópia, curaram as crianças contaminadas pela tragédia de Chernobyl e combateram epidemias nos confins do Laos.
Quem não tem contribuição a dar à guerra contra o Coronavírus deveria ficar de boca fechada. Já seria uma grande ajuda.
Do Nocaute

quarta-feira, 11 de abril de 2018

MÍDIA GLOBAL é unânime: LULA é preso político

Não demorou para a imprensa internacional entender a prisão do maior líder popular da história do Brasil como uma violência judicial e um arbítrio que viola direitos da democracia; essa percepção está estampada nos principais jornais do mundo, como The New York Times, Washington Post, The Globe and Mail, The Guardian, Sputinik, Página 12, L'Humanité e Le Monde; confira.
A percepção da imprensa internacional sobre a prisão do ex presidente Lula tomou forma. Ela lê o episódio como uma ação "ignominiosa", como uma violência, como a origem e o fim de um drama político interminável, como um arbítrio judicial que não apresentou provas de sua tese condenatória. Confira alguns trechos destacados dos maiores jornais do mundo sobre o assunto: 
The Globe and Mail/Canadá
"Foi o fim de uma dramática jornada de 48 horas que uniu o Brasil e forneceu suporte a uma extraordinária história política"
The New York Times/EUA
“Sua prisão é uma reviravolta ignominiosa na notável carreira política de Lula, filho de trabalhadores rurais analfabetos que enfrentou os ditadores militares do Brasil como líder sindical e ajudou a construir um partido reformista de esquerda que governou o Brasil por mais de 13 anos”
Washington Post/EUA
"A prisão de Lula intensificou o drama político na maior nação da América Latina. A cadeia transformou um homem que o presidente Barack Obama chamou de 'o político mais popular da Terra' no prisioneiro mais famoso da região."
The Guardian/Inglaterra
Segundo o diário, Lula promete provar sua inocência da corrupção depois de encerrar um impasse de dois dias com as autoridades. O jornal comentou o discurso de Lula e destacou a frase:
 ' Faça o que quiser, o poderoso pode matar uma, duas ou 100 rosas. Mas eles nunca conseguirão impedir a chegada da primavera'

Sputnik/Rússia
"Embora Lula tenha sido condenado por subornos, a Justiça não apresentou provas contra o ex-presidente que é o líder inconteste nas pesquisas de opinião para voltar ao poder nas eleições previstas para este ano: 'a direita brasileira joga com fogo', destaca.
Página 12/Argentina
" A detenção de Lula é um segundo golpe que o país vive. Durante todo o dia, o líder do PT recebeu o apoio e solidariedade de milhares de militantes e simpatizantes. Ele falou à multidão, onde disse que o único crime que cometeu “foi tirar milhões da pobreza” e que o golpe que começou com a deposição de Dilma Rousseff terminou com a decisão de impedi-lo de ser candidato à Presidência"
L’Humanité/França
" O que está se vendo no Brasil é um golpe judicial e militar contra Lula. Está bastante evidente a perseguição ao ex-presidente brasileiro. O Supremo Tribunal do Brasil rejeitou na quarta-feira a libertação do ex-presidente Lula, que é o candidato presidencial em outubro. Contra o pano de fundo das ameaças do exército"
Le Monde/França
"É a inteligência de Lula versus a onipresença da superestrutura política devidamente instalada no poder. É um duelo de gigantes. De um lado, todo o poder judiciário, toda a imprensa corporativa, todo o empresariado, todo o volume de recursos das máquinas públicas à mercê do partido antagonista, todo ódio de classe e todo poder de uma emissora de televisão que detém 80% do bolo total de publicidade do país. Do outro lado, Lula."
 Do Brasil247