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sábado, 29 de abril de 2017

Cláudia Leitte, Bell Marques, Carlinhos Brown e o calote

Leitte e Brown
Claudia Leitte deve aos cofres públicos nada menos que R$ 22,5 milhões. Bell Marques, ex-Chiclete com Banana, está com uma pendura de R$ 11,2 milhões.

Além dos dois, há uma lista de artistas que inclui ainda Carlinhos Brown e É o Tchan que, no total, está dando um calote de R$ 48 milhões. O levantamento é do Buzzfeed.

O grosso desse montante refere-se a pendências com o imposto de renda, a previdência e o FGTS.

O chororô desses artistas é cínico e usa de argumentos batidos como culpar a crise político-econômica ao se explicarem.

“A gente foi pego por essa crise que assombrou o país nos últimos anos e atingiu diretamente nosso segmento. Quando tem recessão, somos os primeiros a ser cortados”, afirmou na cara dura Cristiano Lacerda, empresário do bloco baiano Ara Ketu, que tem uma dívida de R$ 2,8 milhões.

Essa turma não desautoriza o raciocínio de que acumuladores, os ricos, aqueles que mais têm, mais devem.

Claudia Leitte é um exemplo irretocável. Com cachê nas alturas, boa vendagem de discos, participa como jurada nos The Voice da vida, é garota propaganda de cerveja, de TV por assinatura, de shampoo. Enfim, dinheiro não é problema. Deixa de pagar impostos por que?

Há ainda um aspecto surreal no tema. Populares, esses grupos costumam ser agraciados por prefeituras com shows em datas como reveillon ou inauguração de ponte.

Também são campeões na utilização de leis de incentivo fiscal. Em resumo, recebem do governo, são pagos com verbas públicas e depois não pagam a parte que lhes cabe no contrato social: tributos.

Voltemos a Claudia Leitte, a Claudinha íntima da Globo. Ela foi condenada a devolver R$ 1,2 milhão aos cofres públicos por uso indevido da Lei Rouanet.

Em 2013, ela captou recursos para uma turnê, não distribuiu a quantidade combinada de ingressos gratuitos e ainda comercializou o restante com preços acima do anunciado no projeto.

Já naquele ano a empresária Sueli Dias, dona da TeleEventos, denunciava o esquema da cantora para captar R$ 5,8 milhões pela Lei Rouanet. A Claudinha tinha nada menos que oito empresas, oito CNPJs diferentes.

Como o Governo Federal só permite que empresas com nome limpo possam captar recursos para a área cultural, ela sempre tinha uma carta na manga. Pega por uma empresa, fica devendo, o nome suja, apresenta outro CNPJ.

Mas Claudia Leitte é porreta, painho. Em 2016 ela voltou à carga. Queria quase meio milhão de reais via Lei Rouanet para lançar uma biografia. Juca Ferreira era então o Ministro da Cultura e vetou.

“Claudia Leitte, como uma das artistas mais bem-sucedidas economicamente do Brasil, tem muitas possibilidades e condições de arrecadar recursos”, afirmou ele na ocasião.

Em tempo: Claudia Leitte ainda não pagou os R$ 1,2 milhão que foi sentenciada a devolver.

Essa classe ‘artística’ que mesmo sendo sucesso de vendas, com acesso a programas de TV de grande audiência, se já não valia um centavo pelo qualidade do trabalho, vale menos ainda no quesito responsabilidade social.

Enchem o camarim de dinheiro e depois sonegam impostos para o INSS, para o Ministério do Trabalho ou para a Receita Federal. Pelegos da família Marinho, muitos deles aderiram à campanha pró-impeachment (aquela campanha orquestrada pela turma que diz que a previdência está pela hora da morte).

E você, leitor? Ficaria no gargarejo no show desse pessoal? Sabe de nada, inocente.

Do DCM

terça-feira, 10 de abril de 2012

Eletro Onda deu calote em 8 municípios do Baixo Parnaíba maranhense, veja

A modalidade de compra premiada, alvo de constantes denúncias nos últimos meses em São Luís, com a empresa Eletromil, também fez vítimas no interior do estado, mas precisamente na região do Baixo Parnaíba.

As mesmas irregularidades que geraram acusações contra os proprietários da Eletromil na capital maranhense, também são apontadas pelos clientes da empresa Eletro Onda, que atuava nas cidades de Buriti, Chapadinha, Santa Quitéria, São Bernardo, Tutóia, Anapurus, Brejo e Urbanos Santos.

A proprietária da empresa, Gerenilce Cardoso de Amorim, é acusada de estelionato, por não ter cumprido os contratos na modalidade compra premiada, deixando de entregar mercadorias aos consumidores com parcelas quitadas, ou que foram contemplados nos sorteios da rede. Após as reclamações e denúncias dos clientes, chegando até a haver saque de uma das lojas, a prisão preventiva da proprietária foi decretada pelo Juiz de Direito da 2ª Vara da Comarca de Chapadinha, Mário Henrique Mesquita Reis. Ela, porém está foragida desde o início de fevereiro.

As irregularidades começaram a ser percebidas no início de janeiro deste ano, quando segundo alguns clientes, a maioria das lojas na região só abriam nos dias de pagamento das parcelas.

“Quando soube dos boatos de que a empresa estava dando calote em alguns clientes em Santa Quitéria e Chapadinha, fui a loja aqui de São Bernardo e me deparei com ela fechada”, relata o motorista Bernardo Costa, de 38 anos.

Bernardo conta que pagava por dois contratos de compra de motos, uma dele e outra da esposa. Segundo ele, foram pagas ainda 33 parcelas do seu contrato e 43 da esposa, contabilizando um total de mais de R$ 15 mil pagos à Eletro-onda.

Outra vítima das irregularidades da Eletro onda foi a secretária Maiara Santos, de 22 anos. Ela relata que pagou ainda 19 parcelas de um contrato firmado em outubro de 2008, chegando a ter um prejuízo de um total de R$ 3.340.

De acordo com Maiara, no dia 9 de fevereiro, os clientes que tiveram prejuízos com a compra premiada em São Bernardo, tiveram uma reunião com a promotora Herlane Maria Fernandes de Carvalho, no Fórum Desembargador Bernardo Pio Correia Lima, naquele município.

Na reunião, a promotora teria pedido para os clientes assinarem um termo informando o valor do prejuízo de cada um e teria também orientado os mesmo a procurarem um advogado para que pudessem reaver os valores, além de informar que abriria inquérito para investigar a proprietária da Eletro Onda e demais envolvidos nas irregularidades.

Passado o tempo, entretanto, os clientes lesados reclamam da demora na solução do caso e do possível ressarcimento dos valores pagos a empresa.

“Eu nem espero mais receber esse dinheiro. Dei como perdido. A dona da Eletro Onda fugiu e parece que as autoridades não tomam nenhuma providência para ressarcir quem foi prejudicado”, conta Maiara.

Em defesa dos clientes prejudicados
O advogado Antônio Rodrigues, residente no município de Santa Quitéria, está a frente do caso em defesa de cerca de 150 clientes lesados pela empresa Eletro Onda. Ele informou que a grande dificuldade em conseguir o ressarcimento dos valores pagos pelas vítimas do golpe, é que não foram encontrados bens dos proprietários que pudessem ser usados na indenização.

“Além da proprietária da Eletro Onda está foragida, não foi encontrado nenhum numerário nas contas relacionadas a empresa. Assim, não tem como ressarcir as pessoas prejudicadas. Entretanto, há indícios de que há outras pessoas envolvidas, o que precisa ser investigado”, relatou o advogado.

Antônio Rodrigues disse ainda que resolveu assumir a defesa dos clientes por sentir a necessidade de buscar os direitos das pessoas lesadas no caso e encontrar uma forma de amenizar os prejuízos dos clientes.

Lojas saqueadas
Duas das lojas da Eletro Onda na região do Baixo Parnaíba foram saqueadas por clientes e até funcionários. No dia 15 de fevereiro, clientes e funcionários da matriz da empresa, localizada no município de Chapadinha, saquearam o estabelecimento, levando cadeiras, mesas, ventiladores, armários, ar condicionados, portas e até divisórias. Treze dias depois, no dia 28, foi a vez dos clientes da loja de Urbanos Santos arrombarem o ponto comercial e levarem tudo o que puderam como forma de amenizar os prejuízos.

Com informações do Imparcial