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domingo, 18 de novembro de 2018

ELEIÇÕES 2018: CARRASCO E VÍTIMA VOTANDO NO MESMO CANDIDATO NUM ABRAÇO DE AFOGADOS?, POR ALEXANDRE TAMBELLI

Estudaremos no futuro como foi possível a junção no voto de boa parte dos neopentecostais, pastores midiáticos e seus rebanhos de classes populares, e de boa parte da classe média e médio-alta tradicional com seu esoterismo e sua ligação com o Espiritismo e a busca pela liberdade irrestrita, que o fundamentalismo religioso repelirá.
Duas forças, a primeira: do Fundamentalismo Religioso, da Vida regida pela leitura ao pé da letra do Antigo Testamento com a segunda: da busca por uma liberdade absoluta, sem nenhuma vontade de acatar regras, de se sentir pertencente a uma sociedade, que é contra a ingerência do Estado e do individualismo extremo.
Um voto inconciliável dentro da razão. Por isto, acerta, creio eu, quem diz que a irracionalidade permeou a Eleição, claro, que dentro de um processo de construção dela, que vem, com maior força e sem muitos anteparos, desde 2012 com o Julgamento do "Mensalão", e o desespero da Direita liberal de retomada do Poder a qualquer custo, não possível via urna com o sucesso das administrações do PT. 
Associou-se no voto em 2018 o incluído da sociedade de castas dos tempos de FHC para trás e o incluído na Era petista.
O sujeito que ia na Paulista protestar contra o Governo do PT e o sujeito da ascensão social pelos anos petistas no Governo Federal juntos no voto.
O que tinha ódio do pobre, da sua ascensão e concorrência nas universidades e mercado de trabalho e o pobre que ascendeu socialmente, em parte significativa, se juntaram no voto. O que quer que o pobre continue pobre e o pobre que sentiu, pós-Golpe, um novo declínio social, se deram as mãos em um abraço de afogados.
O contra o Bolsa Família se juntou do que recebe ou tem parentes que recebem Bolsa Família. 
E assim caminharemos:
O classe média tradicional adentrando em uma realidade comandada por um fundamentalismo religioso e restrição das liberdades individuais e o neopentecostal caminhando para a degola plena nos seus direitos sociais.
Duas partes inconciliáveis. A da patroa e a da faxineira se deram as mãos e, agora, ficamos todos perdedores.
Como pode ser racional esse voto casado?
Como é que uma Luta de Classes se transformou na irracionalidade do voto? Do voto contra si mesmos. É um voto sem vencedores. Gente de todas as classes sociais irmanadas em uma mesma candidatura? Em um país, onde, a marca registrada do voto foi o voto profundamente marcado pela Luta de Classes nas eleições presidenciais deste Século?
Não é um processo racional o que a nossa sociedade vive, e, por isto, nasce uma união de opostos, que não são duas metades, acreditando que se faça um inteiro, são dois opostos que não se juntaram jamais e que juntos caem no chão num strike único, logo na primeira bola arremessada. 
GGN

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

RESISTIR PARA VENCER. PESQUISA IBOPE/DATAFOLHA AGORA É SÓ PROPAGANDA, POR FERNANDO BRITO


Qualquer um percebe que se formou um “todos por Bolsonaro” no país, com a vergonhosa entrega da mídia, do Judiciário e de parte dos políticos convencionais ao favoritismo do candidato fascista.
O Datafolha de hoje segue nessa toada, mas sem conseguir, entretanto, dar ao candidato da direita o empuxo necessário para evitar que a decisão fique para o segundo turno.

terça-feira, 25 de setembro de 2018

NINGUÉM DESAFIARÁ A DEMOCRACIA NO BRASIL, DIZ TOFFOLI

O presidente da República interino, Dias Toffoli, afirmou nesta terça-feira (25) que o Supremo Tribunal Federal (STF) cumprirá seu papel de “garantir a constituição e a lei” durante e após concluído o processo eleitoral. Ele ainda acrescentou que ninguém desafiará a democracia no Brasil.
"Tenho certeza que todos os candidatos têm clareza que o respeito às regras do jogo faz parte da possibilidade de uma vitória em um eventual segundo turno. Ninguém vai se arriscar a desafiar a democracia no Brasil. Estamos atentos a defender a democracia no Brasil”.
Toffoli deu entrevista coletiva no Palácio do Planalto, à tarde. Ao chegar ao salão leste do segundo andar, cumprimentou os jornalistas um a um antes e, em seguida, respondeu a várias perguntas. Ele disse que o presidente da República a ser eleito este ano deverá dialogar com toda a sociedade. Para Toffoli, o clima de polarização social é normal na disputa eleitoral, mas não poderá ser refletido em sua conduta como chefe do Executivo nacional.
O presidente da República em exercício, Dias Toffoli, durante entrevista coletiva, no Palácio do Planalto. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
“Aquele que for eleito terá que dialogar com todos. Não tem outra situação possível. Seja com o Congresso Nacional, seja com o poder Judiciário, seja com os sistemas de controle, seja com a sociedade organizada, com a imprensa e com a comunidade internacional”, disse. “Temos diferenças sociais, diferenças regionais e ideológicas. Seja quem for o presidente da República eleito, ele saberá ser crismado na pluralidade”, completou.
Frio na barriga
Toffoli volta ao Palácio do Planalto após ter passado por lá como subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil, de 2003 a 2005. Ele afirmou que voltar, desta vez como presidente da República, lhe causa alegria, mas provoca “frio na barriga”. “É uma alegria voltar ao palácio. Fui servidor aqui e nesses dois dias como presidente em exercício só encontrei amigos. Pessoas alegres e contentes com a nossa presença. Dá um frio na barriga, não vou mentir, mas, por outro lado, há uma emoção muito grande”.
Ele ainda agradeceu ao presidente Michel Temer por permitir que ele marcasse esse período de interinidade com medidas “muito positivas”. Dentre seus atos ontem (24) e hoje, Toffoli sancionou leis de acesso à educação e ampliou a licença-paternidade de integrantes das Forças Armadas de cinco para 20 dias.
“[Gostaria de] agradecer ao presidente Michel Temer a oportunidade de marcar essa interinidade com atos muito positivos. Em defesa da mulher, da infância e da juventude; em defesa da paternidade. Tive essa grata oportunidade de ter participado deste momento de dois dias no exercício da presidência. Com toda a responsabilidade e seriedade necessárias, mas com todo o apoio, que é necessário também”.
Toffoli, que é o atual presidente do STF, fica na presidência da República interinamente até a noite de hoje (25), quando Temer retorna de Nova York, onde acompanhou as atividades da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).
JB/Agência Brasil

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

IBOPE DE HOJE HADDAD VAI A 22% E GANHA NO SEGUNDO TURNO, BOLSONARO EMPACA EM 28%

Pesquisa ainda registrou a vitória de Haddad contra Bolsonaro em um segundo turno, por uma diferença de 6 ponto percentuais. O candidato da extrema direita só empata com Marina Silva, perdendo para todos os presidenciáveis em segundo turno.
A mais recente pesquisa eleitoral aproxima Fernando Haddad, candidato do PT à Presidência da República, ao até então líder isolado Jair Bolsonaro (PSL). Haddad aparece com 22% das intenções de voto e o presidenciável da extrema direita mantém 28% no IBOPE, divulgado há pouco. 
A pesquisa também mostra que, agora, Haddad ganha de Bolsonaro em um segundo turno, com 43% contra 37%, respectivamente. O candidato do PSL perde de todos os presidenciáveis questionados em segundo turno, empatando apenas com Marina Silva (Rede). 
O candidato do PT apresentou um crescimento de três pontos percentuais, em comparação à pesquisa anterior, feita a menos de uma semana atrás. Já Bolsonaro mantém a liderança com o mesmo nível de expectativa de votos do dia 18 de setembro. 
Os resultados do candidato escolhido por Lula demonstram, também, um isolamento na possibilidade de ir a segundo turno contra Jair Bolsonaro. Isso porque até então empatado com Haddad no IBOPE, o presidenciável Ciro Gomes (PDT) mantém os 11%, sem crescimento. 
Assim, Fernando Haddad agora registra o dobro das intenções de voto que marca Ciro. Já o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin mantém as baixas intenções de voto, com 8%. E Marina Silva, da Rede, cai um ponto percentual para 5%.
Abaixo, os resultados da pesquisa IBOPE: 
Jair Bolsonaro (PSL): 28%
Fernando Haddad (PT): 22%
Ciro Gomes (PDT): 11%
Geraldo Alckmin (PSDB): 8%
Marina Silva (Rede): 5%
João Amoêdo (Novo): 3%
Alvaro Dias (Podemos): 2%
Henrique Meirelles (MDB): 2%
Guilherme Boulos (PSOL): 1%
Cabo Daciolo (Patriota): 0%
Vera Lúcia (PSTU): 0%
João Goulart Filho (PPL): 0%
Eymael (DC): 0%
Branco/nulos: 12%
Não sabe/não respondeu: 6% 
E os questionamentos para o segundo turno: 
Haddad 43% x 37% Bolsonaro (branco/nulo: 15%; não sabe: 4%)
Ciro 46% x 35% Bolsonaro (branco/nulo: 15%; não sabe: 4%)
Alckmin 41% x 36% Bolsonaro (branco/nulo: 20%; não sabe: 4%)
Bolsonaro 39% x 39% Marina (branco/nulo: 19%; não sabe: 4%) 
A pesquisa divulgada hoje ouviu 2.506 eleitores entre este sábado e domingo (23) e apresenta um nível de confiança de 95% da população, com margem de erro de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
GGN

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

O HOJE E AMANHÃ É O BATIZADO DE HADDAD COMO LULA PARA PRESIDENTE, POR FERNANDO BRITO

Estão começando os movimentos finais da corretíssima estratégia política de Lula, algo milagrosa se considerarmos que está sendo comandada por um homem recolhido a uma cela, com acesso limitado a informações e diálogos e quase que completamente impedido de se manifestar por sua própria voz.
A recusa da Ministra Rosa Weber de que fosse concedido o prazo do dia 17 (que está na lei, esta que parece pouco importar) para a substituição da candidatura da coligação do PT, esta madrugada, dá o mote para que a substituição formal da cabeça de chapa, com a designação de Fernando Haddad como candidato à presidência seja feita com o significado que tem: a saída heroica para enfrentar a conspiração político-econômico-midiática e judicial para calar o povo brasileiro pela exclusão de Lula nas urnas.
Haverá ainda o recurso ao STF, sobre o qual não haverá quase esperanças, mas ainda reforçará o absurdo da cassação do líder, disparado, das preferências do eleitorado, que só terá o condão de reafirmar a perseguição e o martírio a que o submetem.
A fonte da legitimidade da candidatura do ex-prefeito de São Paulo fica assinalada: é representar Lula enquanto o impedem de vir em socorro do povo brasileiro.
Um povo arruinado, triste, embrutecido pela ação de elites que, incapazes de se sustentarem pelo voto ou pelo sucesso de suas fracassadas políticas atirou-se no projeto de manter o poder pela força e pelo arbítrio.
Se ainda fosse preciso argumentar sobre a correção do caminho político apontado por Lula, eu me serviria do que diz Ignácio Godinho Delgado, da Universidade Federal de Juiz de fora e professor visitante da  London School of Economics and Political Science
Se Lula tivesse saído de cena desde o início, com o PT indicando outro candidato ou apoiando Ciro, teria se convertido num banido esquecido em Curitiba, com pouca capacidade de influenciar no processo eleitoral. Ao esticar a corda até o limite, cresceu e, junto, o potencial que tem de transferir votos.
Esticando a corda, Lula tornou ainda mais evidente a injustiça cometida contra ele, o que colaborou para consolidar a intenção de voto em seu nome (e a capacidade de transferir votos para outro candidato), além de evitar um recuo e uma rendição que favoreceriam as forças golpistas e o desmoralizaria junto aos milhões de brasileiros que seguem sua liderança.
A candidatura Haddad, até agora virtual, desce ao mundo real e passa, de verdade, a ser, de fato, a candidatura de Lula, na forma em que o arbítrio, pela via do Judiciário, não pode impedir.
Ou melhor, não parece poder impedir, pois já não há limites para o papel de censores que os juízes assumiram, ao agirem para tutelar o eleitorado.
Tampouco a mídia terá a liberdade de escondê-lo: a Globo, ainda que minimamente, terá de cobrir sua movimentação, ele participará dos debates televisivos e terá a autonomia para falar de Lula – só concedida, até agora, a seus adversários, para criticá-lo – na propaganda eleitoral.
Os que se apavoram com um suposto ritmo lento de transferência dos votos vão se surpreender com a velocidade com que isso se dará, ainda que as pesquisas, provavelmente, não o registrem de imediato.
Hoje e amanhã são os dias do batizado, para lembrar a frase da Inconfidência Mineira. Desta vez, porém, com um Tiradentes que não irá mansamente ao patíbulo.
Do Tijolaço

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

O JUDICIÁRIO QUER ATROPELAR A CANDIDATURA LULA, DIZ EUGÊNIO ARAGÃO

“O que aconteceu é que fomos atropelados pelo TRF4 com a confirmação da condenação a toque de caixa, e evidentemente o tempo político não é o tempo jurídico", diz ex-ministro.
“Fomos atropelados pelo Tribunal Regional Federal com a confirmação da condenação a toque de caixa"
Em entrevista coletiva no final da manhã desta quarta-feira (5), em Brasília, o ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão, coordenador jurídico das questões relacionadas à campanha, reafirmou que o candidato do PT e da coligação Povo Feliz de Novo à presidência da República continua sendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Porém, ele destacou também que a campanha está ciente de que o próximo dia 11, terça-feira, é o prazo que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabeleceu para haver uma mudança do registro com uma nova candidatura (provavelmente Fernando Haddad).
A outra possibilidade, lembrou, é que até essa data a coligação tenha obtido o provimento de uma liminar para estender a campanha de Lula. "O partido está ciente da situação, mas existem recursos pendentes e isso tem que ser aguardado. Existe um cenário A ou B, não tenho expectativa de um ou outro, tenho que contar com os dois."
Por enquanto, Lula é candidato, escolhido pela base e eleitorado, "muito antes do julgamento do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4)”, disse. “O que aconteceu é que fomos atropelados pelo Tribunal com a confirmação da condenação a toque de caixa, e evidentemente o tempo político não é o tempo jurídico, muito menos quando o tempo jurídico é forçado no seu passo.” O TRF-4 confirmou a condenação imposta a Lula pelo juiz Sérgio Moro em janeiro.
Segundo Aragão, não há condições políticas de avançar “do jeito que o tempo jurídico queria em Porto Alegre (sede do TRF-4) porque a candidatura do (ex-) presidente Lula estava posta e quem tentou atropelá-la foi o Tribunal, e não a candidatura que tentou atropelar o Judiciário”.
O PT entrou com recurso, com pedido de liminar, no Supremo Tribunal Federal, para que se cumpra a decisão do Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas pelos direitos políticos de Lula. O partido também protocolou junto ao comitê da ONU uma petição para “assegurar que o Brasil cumpra a liminar do órgão, contra qualquer restrição aos direitos políticos do ex-presidente”, segundo nota dos advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins.
De acordo com Aragão, a campanha “é inusitada em função do limbo em que a gente se encontra desde sábado de madrugada, até que seja definida a situação do registro definitivamente ou definida eventualmente a troca (de candidato). Até lá estamos num limbo jurídico”.
Questionado sobre qual será o candidato, Aragão explicou que está sendo levado em conta o eleitorado cativo do PT e da coligação, cuja expectativa é muito grande em relação à candidatura de Lula. "Existe um tempo de trabalhar junto ao eleitorado."
Afirmou ainda que a campanha está ciente da situação indefinida e tem mantido diálogo com o TSE, procurando ajustar a conduta na propaganda eleitoral para que se chegue a um acordo que esclareça o que é ou não permitido até dia 11.
Segundo ele, a antecipação do julgamento do registro de Lula e a decisão do tribunal, tarde da noite da sexta-feira (31), inviabilizaram a mudança da propaganda eleitoral de acordo com os parâmetros da decisão. Houve problemas com as mídias entregues anteriormente.
Logo após a decisão, a campanha trabalhou em novas mídias, que ficaram prontas entre 4h e 5h, mas só foram recebidas pelo TSE às 10h. A maioria das emissoras transmitiu as mídias antigas. As representações de que a campanha é objeto são decorrentes dessas mídias, disse.
RBA

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

ECLUSIVO: COMITÊ DA ONU DETERMINA QUE BRASIL GARANTA LULA NA ELEIÇÃO

O Comitê de Direitos Humanos da ONU acolheu nesta sexta (17) um pedido formulado pela defesa de Lula e determinou que o Estado Brasileiro tome as "medidas necessárias" para garantir a participação do ex-presidente na Eleição de 2018. "Diante dessa nova decisão, nenhum órgão poderá apresentar qualquer obstáculo para que Lula possa concorrer nas eleições presidenciais de 2018 até a existência de decisão transitada em julgado" em relação ao caso triplex, afirma a defesa.
De acordo com nota enviada à imprensa, a decisão da ONU foi proferida em caráter liminar e impõe, também, a viabilização da participação de Lula em agendas como debates, sabatinas e entrevistas. O pedido havia sido apresentado pela defesa em julho passado.
No comunicado, a ONU informa que ainda não avaliou a ação protolocada por Lula no Comitê de Direitos Humanos no mérito. 
Leia, abaixo, a nota na íntegra.
Na data de hoje (17/08/2018) o Comitê de Direitos Humanos da ONU acolheu pedido liminar que formulamos na condição de advogados do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 25/07/2018, juntamente com Geoffrey Robertson QC, e determinou ao Estado Brasileiro que “tome todas as medidas necessárias para que para permitir que o autor [Lula] desfrute e exercite seus direitos políticos da prisão como candidato nas eleições presidenciais de 2018, incluindo acesso apropriado à imprensa e a membros de seu partido politico” e, também, para “não impedir que o autor [Lula] concorra nas eleições presidenciais de 2018 até que todos os recursos pendentes de revisão contra sua condenação sejam completados em um procedimento justo e que a condenação seja final” (tradução livre). 
A decisão reconhece a existência de violação ao art. 25 do Pacto de Direitos Civis da ONU e a ocorrência de danos irreparáveis a Lula na tentativa de impedi-lo de concorrer nas eleições presidenciais ou de negar-lhe acesso irrestrito à imprensa ou a membros de sua coligação política durante a campanha. 
Por meio do Decreto Legislativo nº 311/2009 o Brasil incorporou ao ordenamento jurídico pátrio o Protocolo Facultativo que reconhece a jurisdição do Comitê de Direitos Humanos da ONU e a obrigatoriedade de suas decisões. 
Diante dessa nova decisão, nenhum órgão do Estado Brasileiro poderá apresentar qualquer obstáculo para que o ex-Presidente Lula possa concorrer nas eleições presidenciais de 2018 até a existência de decisão transitada em julgado em um processo justo, assim como será necessário franquear a ele acesso irrestrito à imprensa e aos membros de sua coligação política durante a campanha. 
Valeska Teixeira Zanin Martins
Cristiano Zanin Martins
 Leia, abaixo, a nota da ONU.

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

JAIR BOLSONARO: QUANTO MAIS O CONHECEM, MENOS VOTOS TEM

Duas pesquisas divulgadas esta semana mostram que os caminhos de intenção de votos para Jair Bolsonaro (PSL) são gradualmente pior a medida que o eleitorado passa a conhecer o candidato à disputa presidencial. Foi o que divulgaram os levantamentos do XP/Ipespe, realizado entre os dias 30 de julho e 1º de agosto, e o DataPoder360, entre 25 a 28 de julho. 
A primeira delas foi realizada logo após a entrevista concedida pelo deputado federal ao programa Roda Viva, nesta segunda-feira (30). E mostrou que o candidato teve queda em todos os cenários de primeiro turno e atingiu o maior patamar de rejeição, 57%. 
Quando são apresentados os nomes dos candidatos, sem Lula, Bolsonaro tem 22% no mês de agosto, uma queda de 1 ponto percentual em comparação ao mês passado. O mesmo ocorre quando os candidatos incluem Lula e Fernando Haddad. Já quando o nome do ex-prefeito de São Paulo, Haddad, aparece com a menção de "apoiado por Lula", a queda de Bolsonaro é de dois pontos percentuais, de 22% a 20% das intenções. 
A pesquisa foi feita com mil entrevistados de diversas regiões do país, por meio de questionários feitos por telefone de rede fixa e celular, com 95,45% da taxa de confiança, sendo a margem de erro de 3,2 pontos percentuais para mais e para menos. 
A outra pesquisa, produzida pelo site Poder360, foi feita com 3 mil entrevistados, usando a mesma metodologia de ligações, entre os dias 25 e 28 de julho. O resultado surpreendente do levantamento foi com a pergunta de rejeição entre aqueles eleitores que conhecem o deputado.  
A resposta foi de 76% entre quem conhece Jair Bolsonaro que declaram não votar nele de nenhuma maneira. Em comparação, aqueles que dizem conhecer apenas "de ouvir falar", a rejeição é inferior, 55%. E apenas 33% rejeitam Bolsonaro não o conhecendo.  
Ao mesmo tempo, entre os que dizem conhecer Bolsonaro, apenas 6% votaria com certeza no candidato: 
A pesquisa do Poder360 foi feita em 182 cidades de todas as regiões do país e indica uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais.
Do GGN

quarta-feira, 18 de julho de 2018

TOFFOLI ESCANCARA O JOGO DE CENA DO SUPREMO, por Luis Nassif

As declarações de Dias Toffoli, futuro presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), à Mônica Bérgamo, expõe com clareza a estratégia conjunta dos Ministros – que já descrevi algumas vezes aqui
Disse Toffoli que, na presidência do STF, terá que ir contra suas próprias convicções pessoais, em nome da defesa do tribunal. E, portanto, não colocará em pauta a prisão após segunda instância – que poderia libertar Lula e ampliar as pressões por sua candidatura.
Para entender:
O STF está quase totalmente unido em torno da missão de inviabilizar a participação de Lula nas eleições, como candidato ou como cabo eleitoral. As únicas prováveis exceções talvez sejam Marco Aurélio de Mello e Ricardo Lewandowski.
Essa postura está desmoralizando o Tribunal junto a um público especial: os juristas do mundo todo, os juristas internos apegados a Lula e os internos apegados à Constituição. É uma lambança.
Essa lambança criou dois tipos de preocupação entre os ministros. Um, dos Ministros preocupados com sua biografia e com a própria imagem do Supremo; dois, dos ministros preocupados em não deixar aliados feridos no campo de batalha.
Monta-se, então, esse jogo de cena. A garantia de haver maioria contra Lula, em cada votação delicada, libera a minoria para tentar salvar a cara do Supremo e a sua própria, defendendo a Constituição. E dá alguma coerência a seus votos que livram os aliados do estado de exceção.
Na votação fatal, que garantiu a prisão de Lula, o jogo já estava nítido.
De um lado, Rosa Weber, que mal sabia pronunciar o nome dos autores alemães por ela citados em seu voto desconexo, mudando de posição em defesa da colegialidade – uma maneira de impor o voto da maioria em um poder que deveria ser fundamentalmente contra-majoritário .
De outro, Luís Roberto Barroso e Luiz Edson Fachin, votaram contra a flexibilização enfatizando que não estavam julgando Lula, mas apenas uma questão de alcance geral.
Toda encenação prévia sobre o voto de Rosa Weber serviu apenas para alimentar fantasias em mentes mais ingênuas. Antes de começar a sessão, todos os Ministros já sabiam como seria. O que deu enorme tranquilidade para os legalistas firmarem sua posição, sem risco de tirar Lula da prisão.
Espera-se, pelo menos, que honrem a biografia dos que tiveram coragem, impedindo a chacina que se arma contra o desembargador Rogério Favretto. Não vai absolver o Supremo, mas pelo menos poderá aplacar um pouco a consciência culpada de alguns Ministros.
Aliás, a busca de fantasias é uma das marcas das consciências culpadas. Barroso já descobriu seu mote. A cada dia que passa, o desastre se amplia. O Brasil volta a figurar no mapa da fome, o grupo de Temer continua planejando negociatas a granel, a economia desaba e Jair Bolsonaro cresce.
E Barroso, provavelmente mais para atender as demandas de palestras do que para se auto-iludir, proclama: “O quadro atual é feio, mas vai melhorar”. Porque grandes intelectuais asseveram que depois da tempestade vem a bonança. Ou vem a enchente.
Do GGN

terça-feira, 15 de maio de 2012

Ex-deputado Flávio Dino afirma que não concorrerá à Prefeitura de São Luís

Flávio Dino

Depois da tragédia que vitimou seu filho e que o abalou profundamente, o ex-deputado federal e presidente da Embratur, Flávio Dino, resolveu quebrar o silêncio sobre o seu futuro político. Ao responder questionamentos de amigos, eleitores e da imprensa, Flávio voltou a falar sobre sua candidatura à prefeito de São Luís e encerrou, de uma vez por todas, as especulações que giram sobre o celeuma.

“Meu filho Marcelo foi assassinado no hospital Santa Lucia. Tenho o direito e o dever de lutar por justiça. No momento, essa é a prioridade”, diz Flávio Dino.

Pela primeira vez, Flávio Dino admite, com convicção, que não disputará a eleição para a prefeitura de São Luís. Das outras, o comunista apenas dava sinais, com declarações dúbias e rasas, de que não concorreria em 2012, preservando-se para a batalha pelo governo do estado em 2014. Nesta terça-feira, Dino afirmou, de forma incisiva, que não concorrerá ao Palácio La Ravardiére.

“Meu filho Marcelo foi assassinado no hospital Santa Lucia. Tenho o direito e o dever de lutar por justiça. No momento, essa é a prioridade”, diz Flávio Dino, sinalizando que não reúne condições de entrar na corrida eleitoral deste ano e que sua prioridade, neste momento, é envidar todos os esforços no intuito de apurar como também fazer justiça no caso sobre a morte do filho Marcelo Dino.

“Apesar da imensa tragédia que vivo, tenho responsabilidade e compromisso. Por isso, participarei das eleições no Maranhão, nas 217 cidades”, assegura Dino. Mesmo declarando não ser candidato a prefeito, Flávio Dino garante que participará ativamente do pleito na capital. “Sobre a eleição em São Luís, há um processo em curso, que resultará no candidato que terá o meu apoio firme e decidido”, assevera.

Os nomes, em questão, que podem ter o apoio de Flávio são os pré-candidatos já postos do campo democrático e popular Edivaldo Holanda Jr. (PTC), Eliziane Gama (PPS), Tadeu Palácio (PP) e Roberto Rocha (PSB). “Apoiaremos um candidato e um programa de mudanças, democrático e popular. Temos coerência e, como sempre, enfrentaremos as oligarquias”, reiterou. Antes, Dino aguarda um consenso entre os pré-candidatos em torno de um único nome para, em seguida, declarar oficialmente seu apoio.

Do Blog John Cutrim