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sábado, 2 de junho de 2018

Seguiremos nas ruas contra o preço da gasolina, do gás, e a privatização da Petrobrás, diz Levante da Juventude

Cerca de 2 mil jovens do Levante Popular da Juventude, reunidos simultaneamente em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Bahia, lançaram, na manhã desta sexta-feira (01/06), um manifesto em defesa da Petrobrás e da democracia.
Diz o documento (na íntegra ao final):
Nos últimos dias, vivenciamos uma crise de abastecimento no país, produto da paralisação das atividades dos caminhoneiros que protestam contra o aumento abusivo dos combustíveis.
(…)
A política adotada por Parente vincula o preço dos derivados de petróleo ao mercado internacional, fazendo assim como que os preços dos combustíveis e gás de cozinha sejam determinados pelo rentismo que não tem nenhum compromisso com as necessidades do povo brasileiro, estão interessados apenas nos seus lucros
(…)
O petróleo é do Brasil e precisa ser revertido para satisfazer as necessidades do povo brasileiro, como educação e saúde.
Defender uma Petrobrás estatal é defender o direito de o Brasil decidir sobre as nossas riquezas.
Por isso, nos solidarizamos com os petroleiros que tiveram seu direito de greve violado, assim como nos colocamos nessa luta para defender a Petrobrás e a soberania nacional.
(…)
Caiu o presidente da Petrobras, agora faltam só a gasolina e o gás!
O Viomundo perguntou ao Levante o que achou da demissão de Pedro Parente, já que o manifesto foi redigido antes.
Via Jessy Dayane, da coordenação nacional, e Emilly, da Comunicação Nacional, o Levante se posicionou:
“A renúncia de Pedro Parente, antes de qualquer coisa, é um sinal de que com o povo unido e em luta nas ruas conseguiremos construir o país que queremos e contornar os retrocessos do governo golpista de Michel Temer.
Mas não basta tirar Parente da presidência da Petrobrás, queremos a queda dos preços do gás e da gasolina.
Isso só virá, de fato, com a mudança da política  dos preços do petróleo.
Por isso, seguiremos nas ruas  contra a privatização da Petrobrás. 
E, a partir do dia 12 de junho, estaremos mais uma vez somando forças na greve dos petroleiros”.
SÁBADO, ATO EM FRENTE À SEDE DA PETROBRÁS NA PAULISTA
Desde quinta-feira (31/05) acontece em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Bahia encontros de jovens do Levante Popular da Juventude.
Os acampamentos, como são chamados esses encontros, têm por objetivo reunir a militância do movimento popular de cada estado para debater sobre os desafios da juventude diante do atual cenário de golpe que vive o país.
No Rio, São Paulo e Bahia a programação vai até domingo (03/06).
Em São Paulo, especificamente, o Levante realiza neste sábado, às 14h, uma grande manifestação em frente à sede da Petrobrás, na avenida Paulista.
MANIFESTO DA JUVENTUDE BRASILEIRA EM DEFESA DA PETROBRAS E DA DEMOCRACIA  
Nós, jovens brasileiras e brasileiros, sonhamos com um país de oportunidades e direitos! Um país onde a juventude possa desenvolver seu potencial, sem miséria, sem exploração e sem violência.
Lutar por esse Brasil é necessariamente lutar para que nossa juventude não seja exterminada nas periferias e, ao contrário disso, tenha acesso universal à educação em todos os níveis, bem como a saúde, moradia, trabalho, cultura e lazer.
Infelizmente estamos vivendo tempos de golpe na democracia que guia nosso país na contramão dos nossos sonhos.
Diante disso, nós jovens nos levantamos para resistir aos retrocessos, lutar pelo nosso presente e pelo futuro dos que virão.
Nos últimos dias, vivenciamos uma crise de abastecimento no país, produto da paralisação das atividades dos caminhoneiros que protestam contra o aumento abusivo dos combustíveis.
Esse aumento abusivo, que todas as famílias estão sentindo, não se limita aos combustíveis, a exemplo do gás de cozinha que em dois anos de golpe subiu mais de R$45,00.
Na realidade, o que tem aumentado são os preços dos derivados do petróleo, como conseqüência de uma política de preços adotada por Pedro Parente, que é o atual gestor da Petrobrás colocado pelo ilegítimo Michel Temer.
A política adotada por Parente vincula o preço dos derivados de petróleo ao mercado internacional, fazendo assim como que os preços dos combustíveis e gás de cozinha sejam determinados pelo rentismo que não tem nenhum compromisso com as necessidades do povo brasileiro, estão interessados apenas nos seus lucros.
Diante dessa situação, os petroleiros que há muito tempo vêm denunciando o desmonte da Petrobrás provocado pelo governo ilegítimo e entreguista, decidiram construir uma greve de advertência por 72h, sem riscos de gerar desabastecimento ao país, mas denunciando a privatização da Petrobras que agrava ainda mais esse quadro de preços abusivos dos derivados de petróleo.
Essa greve foi duramente criminalizada pelo Tribunal Superior do Trabalho, que declarou a greve ilegal, atribuindo uma multa diária inicialmente de 500 mil e logo depois de 2 milhões, aos sindicatos que aderissem à greve.
Isso demonstra o avanço do golpe sobre os nossos direitos sociais e políticos.
O petróleo é do Brasil e precisa ser revertido para satisfazer as necessidades do povo brasileiro, como educação e saúde.
Defender uma Petrobrás estatal é defender o direito de o Brasil decidir sobre as nossas riquezas.
Por isso, nos solidarizamos com os petroleiros que tiveram seu direito de greve violado, assim como nos colocamos nessa luta para defender a Petrobrás e a soberania nacional.
Nossa tarefa é nos preparar para fortalecer a greve da categoria que já está aprovada, por tempo indeterminado a partir do dia 12 de junho.
Todo retrocesso que estamos vivendo no país é fruto de um golpe que usurpou a nossa democracia e jogou os votos do povo nas eleições de 2014 no lixo.
Por essa razão, não há saída para combater os retrocessos que não seja devolvendo ao povo brasileiro o direito de decidir sobre os rumos da nação, através de eleições livres e democráticas em 2018.
Defendemos a liberdade de Lula e seu direito de concorrer às eleições, para que o povo decida quem deve ocupar a presidência do país.
Por fim, só com um povo forte seremos capazes de defender nossa nação. E um povo forte é um povo organizado e consciente, construindo na luta as soluções para os nossos problemas.
Nesse sentido, a construção do Congresso do Povo pela Frente Brasil Popular deve ser cada vez mais fortalecida por nós, para que assim possamos construir com grande unidade o país dos nossos sonhos!
Caiu o presidente da Petrobras, agora faltam só a gasolina e o gás!
#OPetróleoÉdoBrasil
SOMOS TODOS PETROLEIROS!
PS do Viomundo: Os destaques em negrito são do próprio texto do manifesto.
Do Viomundo

sábado, 26 de maio de 2018

A PETROBRAS É A RAIZ DO GOLPE E PEDRO PARENTE É PORTA VOZ DO MERCADO, por André Araújo

Não há nenhuma grande petrolífera estatal à venda no mundo e elas são 13 das 20 maiores empresas globais de petróleo. Especialmente não há nenhuma estatal petroleira à venda com grandes reservas de petróleo. É muito menos há estatais à venda com reservas de petróleo no Hemisfério Ocidental.
Nesse sentido a PETROBRAS  é única. Não só tem as reservas como tem os meios de extrai-la já prontos,  ganha-se três anos que levaria para explorar um campo virgem. Nesse quadro a PETROBRAS é o objetivo estratégico numero 1 na área de petróleo, especialmente com a elevação do nível de conflitos no Oriente Médio. Nada melhor que um governo frágil para permitir a execução desse projeto de privatização que já começou com a venda de ativos estratégicos da empresa, como oleodutos e a BR Distribuidora, já se anuncia a venda de refinarias, uma empresa em liquidação, a venda final será do pré-sal.
A assunção do grupo Temer ao poder só foi possível com o aval do “mercado”. O preço foi a entrega da totalidade da área econômica a delegados do mercado, Meirelles e Goldfajn na linha de frente, Paulo Pedrosa no Ministério de Minas e Energia, Maria Silvia no BNDES, Wilson Ferreira na ELETROBRAS.
Mas a base ideológica do golpe foi o compromisso das privatizações dos dois maiores ativos do Estado brasileiro, a ELETROBRAS, prometida à venda por 12 bilhões de Reais para ativos físicos que valem 400 bilhões de Reais e a PETROBRAS , que vale só pelas suas reservas 350 bilhões de dólares, sem considerar o valor do mercado brasileiro do qual ela é a única fornecedora (até Parente abrir a importação para concorrentes), mais as refinarias, oleodutos, navios, enormes bases de distribuição, tancagem, apesar de boa parte desses bons ativos terem sido vendidos com sofreguidão pela desastrosa gestão Parente.
Uma das bases dessa gestão foi a lenda da PETROBRAS QUEBRADA, que já mostramos aqui em  dois artigos, PURA LENDA, a PETROBRAS lançou seis emissões de bônus no periodo de dois anos antes da gestão Parente, o mercado internacional fez ofertas para compra de três a cinco vezes mais que a oferta, houve inclusive uma emissão de CEM ANOS de prazo, também com demanda muito maior que a oferta, o que jamais ocorreria com uma empresa que mesmo remotamente estivesse com problemas financeiros. Essas emissões tiveram como líderes mega bancos internacionais como J.P. MORGAN, DEUTSCHE BANK e MORGAN STANLEY, que jamais patrocinariam emissão de bônus em dólar de uma companhia quebrada.
Esses dois ativos, ELETROBRAS E PETROBRAS valem dez golpes., especialmente com preços de fim de feira, especialidade de gestão tipo Pedro Parente.
A PARALISAÇÃO DOS CAMINHONEIROS
Vejo nesse movimento uma amplitude muito maior do que o preço do diesel. Atraves da Historia os grandes movimentos populares tem como gatilho uma questão menor mas além do fato detonador há um pano de fundo muito maior. Neste caso há de forma subjacente a neutralização da candidatura Lula, a paralisia da economia para atender o interesse dos bancos e rentistas,  as carências antigas de moradia, saneamento, educação e saúde que este governo nem sequer tocou porque seu programa é apenas atender ao mercado que lhe deu respaldo para assumir o poder e no caminho obter algumas vantagens, o resto não interessa.
Nesse pano de fundo também está o mau cheiro do projeto de privatização da PETROBRAS.
Muitas vezes os próprios personagens do movimento não tem consciência de suas preocupações mais amplas, mas elas existem, caminhoneiros são trabalhadores precarizados,
sofridos, arriscam a vida literalmente todos os dias em acidentes e assaltos, depois de paga a prestação do caminhão resta pouco para levar para casa, é uma classe fundamental para o funcionamento do Pais, mal reconhecida, sem nenhuma assistência do Estado e agora desprezada de forma cruel e insensível  pela desastrosa gestão da PETROBRAS.
A demissão de Pedro Parente seria uma obvia mensagem de paz do Governo aos caminhoneiros, não creio que o movimento cesse sem esse gesto, Parente tornou-se o símbolo de tudo que os caminhoneiros consideram  como agressão a sua sobrevivência e sua permanência no cargo, sendo ele o pai da politica de dolarização do preço do diesel, traz enormes e razoáveis desconfianças aos caminhoneiros. Parente mostrou-se um executivo ideológico, insensivel, teimoso na sua ideologia que serve somente e exclusivamente ao mercado, ele não está interessado na sobrevivência dos caminhoneiros e estes PERCEBEM isso.
Executivos ideológicos ao fim do dia são pobres intelectualmente, são tipos menores, inadaptáveis às circunstancias, Parente tem esse e outros vários defeitos de origem, dois dos mais salientes e ser tucano de carteirinha, foi Chefe da Casa Civil de FHC e ser do grupo dos “neoliberais cariocas”, um grupo único cujo DNA remoto vem de Eugenio Gudin, fundador  dos cursos de economia no Brasil e Ministro da Fazenda do desastroso governo Dutra, que achava que o Brasil não deveria ter indústria, já estava muito bom exportar café e algodão.
Os caminhoneiros estão desmontando o grande alvo do “projeto PETROBRAS”, que era a privatização para o qual Pedro Parente está preparando o terreno, dolarizando os preços dos combustíveis, uma insanidade porque o Brasil produz 2,3 milhões de barris/dia para um consumo de 2,6 milhões de barris dia, então o Brasil é auto-sufiente em matéria prima petróleo para 88,5% do consumo, só precisa importar 11,5%,  do ponto de vista comercial não há nenhuma logica em dolarizar os preços e referencia-los no mercado spot de Rotterdam ma  a dolarização tem toda logica se for para atender aos acionistas americanos da PETROBRAS, a dolarização dos preços é uma LOGICA PARA OS ACIONISTAS ESTRANGEIROS, a quem Pedro Parente serve com exclusividade e entusiasmo, ele está no cargo para isso.
O PAPEL DE PEDRO PARENTE
Esse executivo de almanaque, que anda com crachá até para ir ao banheiro, tem cara, perfil e histórico de “organization man”, aquele tipo de executivo que subiu na vida seguindo as regras fanaticamente. Não espere desses tipos nenhuma criatividade, capacidade de enxergar longe, visão eclética, sensibilidade das circunstancias. É o tipo do executivo que não serve para a PETROBRAS se a ideia for de uma companhia  estratégica para o Brasil e seu povo.
Mas Parente não está no cargo para servir ao Pais, sua missão é atender ao “mercado”, ai representado pelos acionistas estrangeiros da PETROBRAS, é a estes que Parente atende.
Para que a companhia possa dar o melhor tratamento a esses acionistas especialmente os fundos americanos tipo Black Rock, hoje os maiores acionistas da PETROBRAS depois da União, Parente DOLARIZOU a Petrobras, porisso o preço do diesel é referenciado pelo dólar, é para atender os fundos americanos acionistas, não é para agradar caminhoneiro.
O GOVERNO TEMER
A delegação de plenos poderes a Pedro Parente tem como substrato ser ele o DELEGADO DO MERCADO FINANCEIRO na Petrobras, ele não trabalha para o Estado brasileiro, que ele odeia, ele trabalha para o mercado financeiro americano  de onde ele veio e para onde ele provavelmente vai voltar. O conglomerado BUNGE para o qual ele trabalhava antes de ir para a Petrobras tem sede em White Plains, New Jersey, perto de Nova York. O sinistro grupo BUNGE esteve por trás do golpe de 1976 que implantou o governo militar em Buenos Aires, levando ao sequestro dos irmãos Jorge e Juan Born pelos Montoneros.
O grupo BUNGE, cuja base era a Argentina mas com raízes no Seculo XIX em Antuérpia na Belgica, então conhecido como grupo Bunge & Born, por causa de sua péssima imagem que restou na Argentina mudou sua sede primeiro para São Paulo nos anos 80 (onde construiu o Centro Empresarial na Marginal Pinheiros, um imenso conjunto de edifícios). Bunge & Born, uma das quatro irmãs do trigo, um grupo tenebroso  há mais de 100 anos, é a alma mater  atual de Pedro Parente.
A submissão do Governo Temer a Pedro Parente na Petrobras  não tem nada de pessoal, é fruto de um grande acordo que avalizou a derrubada do Governo Dilma, porisso Parente parece firme na PETROBRAS (até quando ?), sustentado pelo Grupo GLOBO, as globetes a frente, Miriam Leitão é hoje a Leoa de Chácara de Parente e até a então elogiada Natuza Nery pulou para esse lado do muro, defendendo a PETROBRAx  NEW YORK, inimiga da PETROLEO BRASILEIRO S.A. criada por Getulio para dar independência de petróleo ao Brasil.
È bom não esquecer o laço que liga  Pedro Parente ao Governo FHC, o mesmo governo que colocou a frente da PETROBRAS tipos vindos do mercado financeiro como Francisco Gros, do MORGAN STANLEY, que não tinha nada a ver com petróleo mas tudo a ver com a Bolsa de Nova York, um estrangeiro nato que falava português com sotaque, o francês Henri Phelippe Reichstul e para fechar a caravana o publicitário Alexandre Machado que criou o nome PETROBRAX como preparação para a privatização, desde sempre o projeto neoliberal carioca para a PETROBRAS, era o sonho do “Grupo do Real”, Arida,  Bacha, Franco, sempre quiseram vender a PETROBRAS, ELETROBRAS, BANCO DO BRASIL, até hoje dão entrevistas para isso.
Não houve condições políticas e tempo para o grupo tucano carioca vender o controle da PETROBRAS mas eles prepararam o terreno, abrindo o capital para estrangeiros e listando a companhia na Bolsa de Nova York, era um importante etapa para em seguida vender o controle porque já haveria uma referencia de preço dada pela cotação na Bolsa de Nova York, a PETROBRAS não ganhou nada com essa listagem, só teve prejuízos.
Com a queda do Governo Dilma o “mercado”, via neoliberais cariocas que como abelhas infestam o governo Temer, viu uma oportunidade única para privatizar a ELETROBRAS e a PETROBRAS, não contavam com acidentes de percurso que podem acontecer.
O grande suporte do “projeto PETROBRAS”, como em todos os projetos anti-brasileiros é o Grupo GLOBO, que desesperadamente tenta segurar Pedro Parente exibindo-o como o melhor executivo do planeta, um medíocre que não teve a sensibilidade de PERCEBER E ANTECIPAR esse movimento dos caminhoneiros QUE É DE SUA LAVRA.
Do GGN

sábado, 11 de fevereiro de 2012

MIN. EDISON LOBÃO DIZ QUE GASOLINA NÃO VAI SUBIR

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse ontem ao ‘Estado’ que a redução no lucro da Petrobrás não aponta para o aumento no preço dos combustíveis, como já reivindicou, em várias ocasiões, o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, que deixa o cargo na próxima segunda-feira.
"A presidente Dilma Rousseff prefere que não haja inflação a ter balanços fantásticos", disse o ministro.

Lobão deu razão às queixas e reivindicações de Gabrielli, mas defendeu a posição do governo. "Ele fez corretamente, porque é presidente da Petrobrás, e não do Brasil", argumentou Lobão, comparando a visão da presidente Dilma à do olheiro postado na gávea do navio.

"O presidente da República tem de defender o interesse nacional, e não o localizado, de uma empresa. Cada um, no seu papel", disse.

As reclamações sobre a política de preços dos combustíveis no País não são recentes. Apesar de os preços de toda a cadeia do setor de petróleo terem sido liberados em 2002, o tratamento dado à questão sempre teve um caráter de "decisão de governo".

No ano passado, Gabrielli sugeriu várias vezes que o preço da gasolina poderia ser ajustado, por causa do alto preço do petróleo no mercado internacional. Mas o governo, principal acionista da empresa, nunca deu o seu aval.

Desvalorização. No quarto trimestre do ano passado, a Petrobrás registrou um lucro líquido de R$ 5,05 bilhões, praticamente metade do resultado apurado nos últimos três meses de 2010. O dado acabou provocando uma forte queda no valor das ações da estatal ontem na Bolsa de Valores.

Embora o mercado tenha sido pego de surpresa, o ministro de Minas e Energia afirma que o governo não se surpreendeu com o recuo de 52% no lucro da Petrobrás no último trimestre de 2011. E, segundo ele, o conhecimento dos números também não precipitou a saída de Gabrielli da presidência da estatal.

"Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Sempre tivemos Gabrielli como um bom gestor. Ele geriu bem a companhia esse tempo todo. Pegou a Petrobrás com patrimônio de R$ 20 bilhões, e deixou com algo em torno de R$ 160 bilhões", disse o ministro.

Resultado global. Lobão argumenta que essa redução do lucro "não é bem uma redução". Ele diz que, na verdade, "o que houve neste período foi um investimento maciço muito grande", mas não soube precisar os números.

"O governo prefere olhar o resultado global do ano, a esse parcial", afirmou.

O lucro da empresa no ano passado atingiu R$ 33,3 bilhões, uma queda de 5% em relação ao apurado em 2010.

O ministro voltou a insistir na tese de que Gabrielli está saindo porque tem projeto político.

"A ida dele para a Bahia já estava encaminhada porque não se constrói uma candidatura estadual encastelado na Petrobrás", afirmou.

Para sustentar sua tese de que os números não repercutiram na troca de comando, Lobão afirmou, ainda, que "esse governo não tem o hábito de lançar cargas ao mar. Aqueles que trabalham com competência são considerados", concluiu.

Fonte: Estadão