Cármen Lúcia, do STF, e Lamachia, da OAB
A covardia da OAB ficou explicitada na resposta de seu
presidente, Cláudio Lamachia, a um pedido do Instituto dos Advogados do Brasil.
A IAB leu um manifesto instando a autarquia a “levantar sua
voz em defesa do Estado Constitucional” e ir ao STF requerer o julgamento de
duas ações que discutem a constitucionalidade do artigo 283 do Código de
Processo Penal, que proíbe a execução da pena de prisão antes do trânsito em
julgado.
O documento foi lido em voz alta no conselho. Veja o vídeo:
“A história da Ordem dos Advogados do Brasil, que na maioria
das vezes foi marcada pela defesa intransigente da democracia, dos direitos
fundamentais e do Estado de direito, não pode se omitir e ficar inerte diante
das afrontas a Constituição da República”, diz o texto.
O nome de Lula não foi citado.
Lamachia respondeu com o mesmo tatibitate de Cármen Lúcia: a
entidade não pode tomar decisão “por causa de pressões ou de casos específicos,
seja qual for (sic)”.
A OAB teve um papel preponderante no impeachment, dando
suporte ao golpe — como fizera em 1964, se arrependendo muito depois.
Como paga, Lamachia dava entrevistas dia sim, dia sim também.
Virou subcelebridade e refém.
Quando mulheres do MST ocuparam a TV Globo no Rio, uma nota
foi divulgada na mesma tarde, vapt vupt.
“Somos intransigentes na defesa da Constituição da
República, que é clara ao delimitar que os direitos não se sobrepõem uns aos
outros. Todos os direitos e garantias são fundamentais para a manutenção e o
aprimoramento do Estado Democrático de Direito, inclusive o direito à
integridade física e à propriedade privada. Defendemos a liberdade de expressão
e de manifestação, sendo elas pacíficas”, escreveu Lamachia.
A “intransigência” com a Constituição depende de quem a está
triturando.
Se for para destruir Lula e a democracia, está valendo, opa.
DCM