Espionagem? A advogado Valeska Martins, defensora de Lula na
Lava Jato, revelou, segundo reportagem do Conjur nesta sexta (15), que a
força-tarefa de Curitiba, com ajuda de Sergio Moro, não só grampeou ilegalmente
o telefone do escritório de advocacia que trabalha com o ex-presidente mas
também ouviu cerca de 400 ligações entre os advogados e, com isso, desenhou um
"organograma", mapeando as ações que seriam tomadas pela defesa.
"(...) a força-tarefa da operação montou um organograma
apontando as medidas que seriam tomadas pelos procuradores do petista em
diversos cenários. Isso é o que afirmou, nesta sexta-feira (15/6), a sócia da
banca Valeska Teixeira Zanin Martins", apontou o Conjur.
Segundo o relato de Valeska, a defesa foi
"supreendida" por "uma reunião em que Moro convocou os advogados
a ouvir todos os mais de 400 áudios nossos que foram gravados. Chegando lá,
havia um ‘organograma da defesa’, desenhando a estratégia dos advogados do
Lula. Ele foi baseado em conversas dos integrantes do escritório com outros
advogados, como o Nilo Batista."
De acordo com a advogada, "não há nenhum precedente de
uma atitude tão violenta, tão antidemocrática como essa em países
democráticos."
O Supremo Tribunal Federal ordenou que Moro destruísse todos
os áudios, mas o juiz de piso resistiu e só veio a cumprir a ordem mais
recentemente. Moro sustentou que não sabia que tinha autorizado grampos no
escritório dos advogados de Lula, o que é vedado por lei. Mas, segundo o Conjur
- que revelou o caso - o magistrado foi avisado pela companhia telefônica.
Os procuradores de Curitiba haviam apontado o ramal da banda
de advogados como pertencente a uma das institutições vinculadas a Lula.
Leia a reportagem completa do Conjur aqui.
GGN