Marielle
teria sido executada pela milícia, devido a interesses imobiliários em áreas de
atuação da vereadora.
Hipótese 2 – levantada
preferencialmente pelo PSOL.
Marielle
teria sido executada pela milícia a mando de políticos do MDB, que atuavam nos
territórios ocupados pelos milicianos.
Hipótese 3 – a morte de
Marielle foi uma reedição dos atentados do Riocentro.
Como
se recorda, quando os porões da ditadura se sentiram alijados do processo
político, com a derrota de Silvio Frota, seguiu-se uma série de atentados,
visando reverter o processo democrático que se aproximava. No caso de Marielle,
a intenção foi reagir contra a intervenção militar no Rio de Janeiro.
As evidências em favor da
Hipótese 3
Evidência 1
– Um mês antes da morte de Marielle, os matadores Ronnie Lessa e Elcio Vieira
de Queiroz pesquisaram vários nomes no Google, dentre eles todos de
parlamentares que votaram contra a intervenção. Ou seja, a intenção explicita
de Lessa era jogar a morte de Marielle na conta da intervenção. Marielle era
relatora da comissão instalada na Câmara dos Vereadores justamente para
fiscalizar a intervenção militar. Nas primeiras investigações, procuradores
aventaram a possibilidade da morte ter sido um recado para os militares.
Evidência 2
– da direita, a voz mais enfática contra a intervenção era a de Jair Bolsonaro,
que reclamava que os militares não tinham sido ouvidos. Bolsonaro defendia uma
intercvençao militar pura. Aquela intervenção militar, decretada por Michel
Temer, parecia a ele uma jogada de gabinete.
“É
uma intervenção decidida dentro de um gabinete, sem discussão com as Forças
Armadas. Nosso lado não está satisfeito. Estamos aqui para servir à pátria, não
para servir esse bando de vagabundos.”
Evidência 3
– O principal suspeito da morte de Marielle, Ronnie Lessa, é vizinho de Jair
Bolsonaro no condomínio. Apanhado de surpresa pela notícia, Bolsonaro afirmou a
jornalistas não se lembrar do vizinho.
O
DCM mapeou as casas através do Google.
As apurações
As
evidências contra Jair Bolsonaro são muito fortes para serem ignoradas:
1.
Ele participava dos grupos que articularam atentados no período do Riocentro.
Continuou mantendo ligações estreitas com esse grupo.
2.
Tinha interesse claro de que a intervenção militar no Rio não fosse adiante,
seja por prejudicar o trabalho das milícias, seja por colocar os militares sob
decisão dos “vagabundos”. Tinha interesse público de botar fogo no circo.
3.
A família tem uma tradição explícita de relações com as milícias.
4.
O principal suspeito da morte de Marielle é um membro do Sindicato do Crime,
comerciante de armas e vizinho de condomínio.
Mas
é possível que a Polícia Civil fluminense se aferre a outra versão.
As
investigações sobre Ronnie Lessa flagraram conversas com o delegado Allan
Turnowski, chefe das delegacias da capital carioca. Eleito, o governador Wilson
Witzel levou Allan de volta à cúpula da polícia civil.
No
almoço com Flávio Bolsonaro, Élcio Vieira de Queiroz, o suspeito de dirigir o
carro que conduziu os assassinos de Marielle.
GGN