Embora o
chamado "triplex do Guarujá" pertença à construtora OAS, conforme
demonstra escritura pública, e as testemunhas do processo tenham inocentado o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Ministério Público arguiu, em suas
alegações finais, que ele deve ser preso em regime fechado pelo juiz Sergio
Moro e condenado a devolver R$ 87 milhões, sob a acusação de ter se beneficiado
em reformas no imóvel.
As
informações foram publicada em primeira mão pelo jornalista Samuel Nunes.
"O MPF diz que o apartamento seria entregue a Lula, como contrapartida por
contratos que a OAS fechou com a Petrobras, nos anos em que o político foi
presidente da República. Também faz parte da denúncia o pagamento que a OAS fez
à transportadora Granero, para que a empresa fizesse a guarda de parte do
acervo que o ex-presidente recebeu ao deixar o cargo", diz ele.
O MP também
deixa claro na denúncia que os delatores devem ser favorecidos por terem
acusado Lula. "Embora tenha pedido que todos sejam presos, o MPF diz que
Léo Pinheiro, Agenor Franklin Medeiros e Paulo Gordilho, devem ter as penas
reduzidas pela metade, 'considerando que em seus interrogatórios não apenas
confessaram ter praticado os graves fatos criminosos objeto da acusação, como
também espontaneamente optaram por prestar esclarecimentos relevantes acerca da
responsabilidade de coautores e partícipes nos crimes, tendo em vista, ainda,
que forneceram provas documentais acerca dos crimes que não estavam na posse e
não eram de conhecimento das autoridades públicas'", informa o jornalista.
Lula hoje
lidera todas as pesquisas sobre a sucessão presidencial e seria eleito
novamente se as eleições ocorressem hoje. Para que ele seja impedido de
concorrer pelo Judiciário, é preciso que seja condenado em segunda instância
antes da disputa e é nisso que aposta a direita brasileira.
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