quinta-feira, 21 de junho de 2012

Maranhão apresenta programa de combate à desertificação na Rio + 20


O estande do Maranhão na Rio + 20 (instalado no Parque dos Atletas, na Barra da Tijuca) foi palco da apresentação dos estudos que deram origem ao Programa de Ação Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca no Maranhão (PAE/MA).

Trata-se de ação empreendida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), em conjunto com a organização não governamental Instituto Maranhense de Recursos Hídricos (IMARH), com apoio financeiro do Ministério do Meio Ambiente.

O Programa representa um avanço no combate à desertificação no Maranhão, servindo de instrumento para a elaboração de políticas públicas para a semiaridez, considerando as particularidades das regiões do estado que apresentam essa característica.

Conforme o secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais, Victor Mendes, o PAE se insere em um conjunto de medidas empreendidas pela Sema desde o ano passado. "A perspectiva é dotar o estado de instrumentos de controle e prevenção para as principais demandas ambientais, como é o caso da desertificação".

Para a elaboração do Plano, foram realizadas oficinas técnicas, com a participação de vários segmentos da sociedade civil e de técnicos do órgão, propiciando um diagnóstico atualizado da questão e medidas preventivas em curto, médio e longo prazos. Além de medidas efetivas para combater e desertificação e diminuir os efeitos da seca, a implementação do PAE pode abrir caminho para o reconhecimento do Maranhão como área de semiárido.

Alguns pontos do território maranhense, especialmente na porção leste, apresentam elevada propensão para a desertificação, em função da baixa densidade pluviométrica combinada com impactos socioeconômicos e ambientais de várias ordens.

Apesar de ter áreas suscetíveis à desertificação, o Maranhão foi excluído do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (Finor). Em 2005, na delimitação da região semiárida brasileira, o estado acabou ficando de fora do Fundo pela ausência de dados e estudos que comprovassem essa condição.

Segundo o professor e consultor do PAE/MA José Amaro Nogueira, presidente do IMARH, "os estudos que identificam essas áreas no Maranhão e a elaboração do Programa podem contribuir para a reintegração do estado como área de semiárido, facilitando o acesso a recursos para formulação de políticas públicas específicas para o semiárido".

O planejamento que resultou no PAE vem sendo feito desde 2010 com a realização de oficinas em regiões como Baixo Parnaíba e toda a região leste do estado. "O Maranhão tem áreas de semiárido e áreas suscetíveis à desertificação na própria região do cerrado. Todo esse processo vai servir aos gestores públicos, que poderão resultar na inserção do estado no Programa Nacional de Combate à Desertificação", ressaltou José Amaro.

Entre as proposições do programa estão o fortalecimento da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) para que o órgão, por exemplo, produza estudos de desenvolvimento e de revitalização das redes de meteorologia e monitoramento do clima no âmbito regional.

Diversidade
O Maranhão é considerado como área de transição pela cobertura vegetal que apresenta: 33,44% de bioma Amazônico, além de 65,40% de Cerrado na Amazônia Legal e 1,16% na caatinga.

A desertificação é um problema que afeta um quinto da população mundial e um terço da superfície da terra. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), registram-se a perda ou o comprometimento para uso agricultável de seis a sete milhões de hectares por erosão em regiões áridas e semiáridas do planeta. Essas áreas estão sujeitas à desertificação, fenômeno que está relacionado ao uso incorreto dos recursos naturais e às mudanças climáticas globais.

"Conseguimos em um ano e meio atualizar a agenda do estado com as políticas públicas emanadas do Ministério do Meio Ambiente. Esse programa vai ser fundamental para que o Governo Federal reconheça as áreas de desertificação presentes no território maranhense, agora comprovadas cientificamente, para que possamos receber aporte de recursos para combater o problema", afirmou Victor Mendes.

Fonte:  O Imparcial

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Governo faz revisão de limites dos planos de banda larga popular


Paulo Bernardo quer aumentar limite de velocidade e download.

Venda de assinatura de plano de 1 Mbps a R$ 35 teve início em outubro.

Cerca de oito meses após o início da venda de planos da chamada internet popular, com mensalidade a R$ 35, dentro do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), o governo já admite rever as bases do projeto, sua principal bandeira na área de telecomunicações.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirma ao G1 que discute com as operadoras de telefonia, que vendem as assinaturas da banda larga popular, o aumento da velocidade e do limite de download (capacidade de baixar arquivos e de navegação na internet) dos planos.

“Nós vamos ter que renegociar [com as teles] para aumentar esses limites [de download]”, diz o ministro. “Já conversei com o pessoal da Anatel. Nós temos que começar a preparar um conjunto de ações adicionais ao PNBL para aumentar a velocidade mínima da internet”, completa.

Pelo acordo firmado entre o governo e as teles no ano passado, o pacote com mensalidade de R$ 35 – ou R$ 29 em estados onde há desoneração do ICMS – deve oferecer conexão com velocidade de 1 megabit por segundo (Mbps), com limite de download mensal de 300 megabytes (MB) para a internet fixa e de 150 megabytes para a móvel (modem). Com até 300 megabytes, é possível “baixar” 100 músicas ou 300 fotos em alta resolução.

Já a velocidade de 1 Mbps exige duas horas e 40 minutos para fazer o download de um filme de 1,2 GB – isso se não for levado em conta o limite de capacidade e caso a conexão não tenha variação de velocidade.
 Reclamações
Bernardo diz que foram identificadas reclamações de usuários quanto a esses limites, considerados baixos. E que o problema tem levado boa parte dos assinantes da internet popular a migrar para pacotes mais recheados, fora do PNBL.

Com a revisão, Bernardo admite que a assinatura da internet popular pode ficar mais cara. Ele diz, porém, que o governo vai trabalhar para que o preço seja acessível. “Não quer dizer que precisa ser R$ 35 [o valor da assinatura após a revisão], mas tem que ser um preço razoável."

Na assinatura do acordo com as teles, houve críticas aos limites impostos no plano. Na época, Bernardo afirmou que, com o PNBL, o governo estava “elevando o patamar” da velocidade da internet no país, já que metade das conexões em funcionamento até então estava abaixo de 1 Mbps.

Até março, segundo o ministro, 1.300 cidades do país já contavam com oferta dos pacotes populares. O ministério não tem dados sobre número de assinantes.

Histórico
O acordo do PNBL foi fechado com as concessionárias de telefonia fixa [Telefonica, Oi] no final de junho de 2011. Depois, TIM e Claro, empresas de telefonia móvel, anunciaram a adesão ao programa. O PNBL tem o objetivo de massificar o acesso à internet em todo o país até o final de 2014.

O plano prevê que o limite de download dentro dos planos do PNBL aumente gradativamente. Para a banda larga móvel, ele deve chegar a 1 gigabyte na metade de 2013. Já na banda larga móvel, vai variar entre 300 e 500 MB no mesmo período.

Quando o assinante atinge esses limites, tem a opção de pagar um adicional para manter a velocidade da conexão. Caso contrário, a velocidade será reduzida, mas o serviço será mantido. O contrato não prevê, porém, a obrigatoriedade de as concessionárias manterem uma velocidade mínima.

Na época da assinatura do acordo, também havia a previsão de evolução gradual da velocidade nos planos populares, que deviam chegar a 5 Mbps para boa parte dos assinantes até 2014. Paulo Bernardo diz que o ministério também vai negociar a antecipação dessa meta.

Fonte: G1

Mega-Sena acumula e pode pagar hoje prêmio de R$ 37 milhões


A Mega-Sena está acumulada e pode pagar um prêmio estimado em R$ 37 milhões nesta quarta-feira para quem acertar as seis dezenas do concurso 1.399. As apostas podem ser feitas até as 19h e o sorteio ocorre às 20h.

Caso alguém leve a bolada sozinho, poderá investir o valor integral na Poupança da Caixa e garantir uma renda mensal de mais de R$ 191 mil, sem fazer o menor esforço. O sortudo pode também comprar 37 apartamentos em plena Avenida Paulista, no coração de São Paulo, no valor de R$ 1 milhão cada ou, de acordo com a tabela Fipe, o dinheiro é suficiente para comprar mais de 300 automóveis de luxo.

Ninguém acertou as seis dezenas do concurso número 1.398 da Mega-Sena, realizado no sábado. Confira as dezenas, pela ordem em que foram sorteadas:

14 - 32 - 33 - 40 - 42 - 51

Segundo a Caixa Econômica Federal, 75 apostas acertaram a Quina e receberão R$ 43.777,11 cada. Já na Quadra foram 7.149 as apostas vencedoras, que levarão R$ 656,09 cada.

Fonte: Terra

Artistas comemoram os cem anos de Luiz Gonzaga, um ícone do Nordeste

Luiz Gonzaga
Artistas como Gilberto Gil, Elba Ramalho, Zeca Baleiro, Daniela Mercury, Fafá de Belém e Chico César falam ao iG sobre o legado do Rei do Baião

Luiz Gonzaga
Para Gilberto Gil, ele é seu "ícone maior". Na opinião de Elba Ramalho, ele é uma figura "só comparável a Carmen Miranda". Zeca Baleiro acredita que há um "vestígio dele em todo compositor brasileiro".

Fafá de Belém o define de uma maneira bem simples: um "mito". Chico César, por sua vez, diz que ele "reinventou o modo de ver e viver o Nordeste". Consultados pelo iG, todos estão falando de Luiz Gonzaga.

Se estivesse vivo, o criador de "Asa Branca" completaria 100 anos no dia 13 de dezembro. Mas as comemorações já estão acontecendo. Duetos póstumos, relançamentos e tributos homenagearão o compositor, que é o mais tocado em festas juninas, segundo dados do Ecad (Escritório Central de Arrecadação).

No ano passado, Gonzagão colocou três canções entre as dez mais tocadas no período junino: "Olha pro Céu" (3º lugar), "Pagode Russo" (8º lugar) e "Asa Branca" (9º lugar). No top 50, foram mais cinco composições: "São João na Roça", "O Xote das Meninas", "Fogo Sem Fuzil", "Quero Chá" e "Forró No Escuro".

Gilberto Gil: Por ter passado minha infância no sertão, escolhi Luiz Gonzaga como meu ícone maior

Ícone popular
Gonzaga começou a gravar em 1941, quando já morava no Rio de Janeiro. Aos poucos, foi tornando ritmos nordestinos como baião, forró e xote populares em todo o Brasil. Seu maior sucesso, "Asa Branca", foi lançado em 1947.

Foi mais ou menos nessa época que Gilberto Gil ouviu suas canções pelo rádio, na pequena cidade de Ituaçu, no interior da Bahia. "Por eu ter passado minha infância no sertão, numa cidade marcada pela cultura do boiadeiro, do cantador, do repentista, eu escolhi Luiz Gonzaga como meu ícone maior", explica.

"Ele sempre foi a referência maior da gente", diz outro artista nordestino, o cearense RaimundoFagner. "O primeiro show que vi na vida foi dele. Tinha seis ou sete anos. Ele era endeusado aqui no Nordeste."

Elba Ramalho: Luiz Gonzaga é um ícone da cultura popular comparável a Carmen Miranda

Para o paraibano Chico César, Gonzaga é "guia de todos artistas nordestinos". "Mais que isso, ele é guia de quase todos os homens nordestinos. Gonzaga reinventou o jeito de enxergarmos e vivermos o Nordeste", completa. "Era um homem negro, do interior nordestino, cantando seu lugar no mundo."

Ao fazer isso, revelou parte do Brasil aos brasileiros. Por isso, Elba Ramalho o considera um "ícone da cultura popular comparável a Carmen Miranda". Na opinião de Fafá de Belém, Gonzaga era "um mito" mesmo em vida. "Ninguém cantou o chão do Brasil como ele."

O problema é que tamanha identificação com o Nordeste fez com que muita gente visse Luiz Gonzaga como um artista apenas regional. O que, para Zeca Baleiro, é um erro. "De Tom Jobim a Gilberto Gil, de Chico César a Odair José, em todo compositor brasileiro há algum vestígio de Gonzaga", afirma "Ele foi lírico, malicioso, alegre, pungente... A obra dele é muito abrangente."

Zeca Baleiro: Em todo compositor brasileiro há um vestígio de Luiz Gonzaga

"É uma barreira que o Brasil ainda precisa quebrar: ver o samba como algo de todo o Brasil e o baião e o forró como algo só do Nordeste, algo folclórico", afirma Karina Buhr. Nas palavras de Chico César: "O Sudeste se colocou como centro do país durante muito tempo e isso gerou uma visão distorcida de si mesmo e do resto. Como se o que não é Sudeste fosse periferia."

Para Odair José, Gonzaga é um dos grandes inventores da música brasileira e não deve nada a nomes como Tom Jobim ou Pixinguinha. "Ele inventou um estilo de música. Não pegou de lugar nenhum, criou. Ele era único no que fazia", diz o cantor.

Daniela Mercury: Luiz Gonzaga faz parte de minha vida desde que nasci, por ser brasileira, por ser nordestina e por ser artista.

Memória afetiva

Outro ponto em comum citado por diversos artistas ao iG é como a obra de Luiz Gonzaga faz parte da "memória afetiva" do povo brasileiro. O termo é usado, por exemplo, por Daniela Mercury.

"Gonzaga faz parte de minha vida desde que nasci, por ser brasileira, por ser nordestina e por ser artista", afirma. "Parece que tem cheiro de milho, de canjica, de fogueira, que toda criança gosta. E a gente nunca deixa de ser criança."

Já Karina Buhr disse que "se sente em casa" quando ouve Luiz Gonzaga. "Não sei como explicar direito. É como se suas músicas sempre tivessem existido. Não parece que alguém as fez", diz.

Ou, como explica Maria Alcina: "Eu estaria mentindo se falasse que ouço Luiz Gonzaga desde criança. É mais do que isso: já nasci ouvindo. Mais ainda: ouvia na barriga da minha mãe. É assim com a maioria dos brasileiros".

Com informações do IG

terça-feira, 19 de junho de 2012

MA é o estado que tem menos policial por habitantes no país


O relatório "Meta 2: A impunidade como alvo", divulgado pelo Grupo de Persecução Penal da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública mostra que apenas 29,22 agentes são destacados para cada 100 mil habitantes no MA.
O relatório "Meta 2: A impunidade como alvo", divulgado Grupo de Persecução Penal da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp) traz resultados assustadores para a segurança do Maranhão.

De acordo com os dados do relatório, o estado ocupa a última colocação na distribuição de policiais por habitantes. O relatório mostra que apenas 29,22 agentes são destacados para cada 100 mil habitantes.

O Amapá está em primeiro lugar, com 185,5 policiais para cada grupo de 100 mil habitantes, seguido pelo Distrito Federal com 177,9 policiais por 100 mil habitantes. Minas Gerais está na 9º posição (56,41 policiais por 100 mil habitantes), São Paulo em 11º (50,09) e Rio Grande do Sul em 14ºlugar (46,7).

Delegados e peritos - Na distribuição de delegados por habitantes, o Amapá lidera o ranking (19,72 por 100 mil habitantes). São Paulo está em 7º (7,59), Minas em 10º (6,68) e Rio Grande do Sul em 17º (5,18). Alagoas está na última posição (2,44 delegados para cada 100 mil habitantes).

No número de peritos por habitantes, Mato Grosso do Sul está em primeiro lugar (cerca de 18,37 para cada 100 mil). Mais uma vez o Maranhão fica na última colocação, pois possui menos de dois peritos por 100 mil habitantes. Além do estado, estão na mesma colocação: Ceará, Pará, Espírito Santo, Alagoas, Rio Grande do Norte e Piauí.

Homicídios

O relatório "Meta 2: A impunidade como alvo" ainda traz o resultado da mobilização nacional para conclusão de mais de 130 mil inquéritos antigos de homicídios e traça diagnóstico inédito das maiores dificuldades para a elucidação desses crimes no Brasil.

Em um ano, o trabalho coordenado pelo Enasp resultou em mais de oito mil denúncias, cerca de 100 mil inquéritos baixados para diligências e mais de 150 mil movimentações de procedimentos antigos.

Além do resultado da mobilização, o relatório traz pesquisa que identifica problemas principalmente na estrutura de pessoal e de equipamentos das Polícias Civis, nas formas de comunicação entre Ministério Público e Polícia, no fluxo da persecução penal e na capacitação dos agentes. As análises foram feitas com base em questionário respondido pelos gestores do Ministério Público e da Polícia Civil em cada Estado.

De acordo com o levantamento, em 18 estados brasileiros há carência de pessoal nas delegacias de Polícia especializadas em homicídios. Em 12, não houve aumento do quadro da Polícia Civil nos últimos dez anos. Os concursos são feitos apenas para provimento de vagas já existentes e, em oito estados, as seleções foram realizadas, mas não houve convocação dos aprovados.

Concurso Público


De acordo com a assessoria da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA), está previsto para ainda este ano, um concurso público com a abertura de cerca de 2.500 vagas para a área da segurança pública no estado. Apenas para a Polícia Militar, serão 2.000 vagas.

O seletivo, que tem previsão de divulgação do edital já para o mês de julho, deverá amenizar a situação vivida pelo Maranhão e constatada pelo relatório "Meta 2: A impunidade como alvo".

Confira aqui a distribuição das vagas destinadas à Polícia Militar!
Fonte: O Imparcial