Pode não ter havido um
vencedor do debate eleitoral com os candidatos à prefeitura de São Luís
promovido pela TV Mirante na noite desta quinta-feira, contudo é quase
unanimidade entre os que assistiram ao embate, principalmente nas redes
sociais, que a candidata Eliziane Gama (PPS) se destacou entre os demais
postulantes ao Palácio La Ravardière.
(Foto: Zeca Soares/G1)
Bem segura, a deputada
abordou com firmeza todos os temas que foram levantados. Tranquila, com a
aparência serena e alegre, Eliziane mostrou conhecimento de causa dos problemas
enfrentados em São Luís e apontou propostas viáveis para resolvê-los. Sem
dúvida, Gama foi, entre os partcipantes, o que melhor tirou proveito do debate
– resultado que certamente refletirá positivamente nas urnas em seu favor.
Por outro vértice, o
ponto negativo foi o atrapalho do mediador, o jornalista da Rede Globo, Tonico
Ferreira. Por várias vezes demonstrou inaptidão na condução do debate, ora
confundindo a ordem da participação dos candidatos, ora demonstrando falta de
conhecimento das regras. Fato que ocasionou a irritação dos próprios
prefeituráveis. Falhas que não poderiam ter ocorrido em se tratando de padrão
Globo.
Abaixo, o blog faz um
breve resumo da participação dos outros candidatos:
João Castelo (PSDB): Atual
prefeito e com a experiência larga acumulada em mais de 40 anos de vida
pública, era previsível que tivesse um desempenho proveitoso. Com a
tranquilidade de sempre e a firmeza/convicção nas respostas, o alcaide soube
falar com propriedade de algumas ações do seu governo e do que tem como meta
caso seja reeleito. Sagaz e astuto, o tucano conseguiu, de forma inteligente,
desarmar as pegadinhas que foram preparadas pelos adversários. Em
contrapartida, poderia ter dado mais detalhes de projetos importantes da sua
administração, como o VLT e do Corredor Urbano de Transporte. Nota: 8,5.
Edivaldo Júnior (PTC): Sem
o nervosismo exacerbado de antes, procurou falar de propostas (mesmo que ainda
um pouco de forma metódica e mecanizada) e não reagiu as críticas dos
adversários, entre os quais Haroldo Saboia, que levantou questões polêmicas
como o projeto GPS nos ônibus, a colaboração do deputado federal Weverton Rocha
na sua campanha e a participação que teve na gestão do prefeito João Castelo,
tudo no intuito de desestabilizá-lo. No somatório, saiu-se bem e atingiu o
escopo principal: passar para o público o que pensa para a cidade de São Luís
caso seja conduzido ao cargo de prefeito. Nota: 8,0.
Washington Luiz (PT): O
vice-governador passou pelas mesmas dificuldades de sempre. Falta de expressão,
instabilidade, nervosismo, problemas de dicção e insegurança na fala
prejudicaram sua atuação. Mesmo assim, demonstrou preparo quando discorreu
sobre o seu programa de governo voltado para as áreas de turismo e cultura. Foi
o candidato que delineou os melhores compromissos para a cidade neste dois
setores, apesar da maneira apática que os fez. De mais a mais, implicou
negativamente o fato de o petista ser vice-governador e ser confrontando com
entraves que cabe ao governo do qual faz parte resolver, como a falta de água
nos bairros, a poluição das praias e a insegurança. Nota: 6,0.
Tadeu Palácio (PP):
Também tarimbado, haja vista que foi prefeito por duas vezes de São Luís,
mostrou que conhece os problemas da capital. A tônica de que irá acabar com a
falta de água e a promessa de um grande hospital para a área Itaqui-Bacanga
podem lhe garantir uns votos a mais nesta reta final de campanha. A eloquência
e o carisma, marcas notadamente reconhecidas do seu perfil político, também marcaram
a sua participação no debate. Pelo lado transverso, foi arguido a questão de
ter sido prefeito duas vezes e não ter feito o que promete à época agora não
inspira confiança do eleitor. Nota: 8,0.
Haroldo Saboia: De
inteligência e capacidade incontestável, o postulante do PSOL colocou ideias
diferenciadas e de não menos importância para o progresso e a melhoria da
qualidade de vida da população. Pecou por incorrer no erro de perder tempo
atacando e provocando os adversários. Poderia ter aproveitado para firmar
mais compromissos com a população. O “Boa Tarde” foi de lascar, mostrou
desatenção. Nota: 7,5.
Do JP