domingo, 10 de novembro de 2013

O "Acorda Buriti" denuncia desvio de recursos com a construção de poços

Comunidade Poço Verde debatendo a questão d' água

O "Acorda Buriti" é um movimento legitimamente buritiense que nasceu das manifestações de rua, que cobram a melhoria dos serviços públicos, com esse objetivo e sensível ao sofrimento dos municípes em razão da seca, colocou seus integrantes em campo e realizou um levantamento simplório dos poços artesianos perfurados no município de Buriti nos últimos 9 (nove) anos, constatou-se que dos quase 40 (quarenta) poços visitados, 100% por cento deles apresentam algum tipo de irregularidade.

As irregularidades identificadas vão do total abandono do poço cavado à troca da bomba de sucção com as especificações corretas por um modelo muito inferior. A título de exemplo cita-se os poços dos povoados, Campo Comprido, Cancela/Poço Verde, São Francisco, Tavares e Lagoa dos Binga, todos ao invés de estarem funcionado com uma bomba adequada, foi colocada uma fraca bomba sapo.

Povoado Lagoa dos Binga (bomba sapo)

Povoado São Francisco (bomba sapo)

Povoado Poço Verde (bomba sapo)

A irresponsabilidade maior são os poços totalmente abandonados, inativos, sem equipamento nenhum, mas estão prontos para funcionar, porém, a ganância por dinheiro foi maior, que deixou as comunidades a "ver navios". A situação é muito grave há poços com orçamento de até R$ 150,000,00 (cento e cinquenta mil reais), que certamente foram desviados para atividades indevidas, nessa situação de abandono tem-se como exemplo os poços dos povoados Valença (Carranca), Fazenda do Edgar, Alazão, Riacho Grande, Cabeça do Boi; Ruas: Santa Helena, Pequizeiro (com 2 poços), Piscina e João Roberto.

Povoado Riacho Grande (poço inativo)

Rua do Pequizeiro (2 poços inativos)

Rua João Roberto (poço inativo)

Assim, essas comunidades continuam sofrendo com a falta d’água, os mais vulneráveis são os idosos e as crianças que precisam de todo forma de ajuda para sobreviverem. Na verdade, esse tipo de crime cometido pelos administradores do erário deve ser comparado a homicídio qualificado, por abandono de obra fundamental à sobrevivência humana, pois mata as pessoas aos poucos de sede e fome.

Informações do movimento "Acorda Buriti"

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

CGE/MA aponta desvio de mais de $ 100 milhões na Secretaria de R Murad

Os recursos que teriam sido desviados dariam para construir outros 30 hospitais.
Ricardo Murad

Um relatório inédito da Controladoria Geral do Estado, órgão do governo do Maranhão, obtido com exclusividade pelo jornalista Jorge Vieira, demonstra de forma cristalina as fraudes e esquemas em licitações realizados pela Secretaria de Saúde do Estado, comandada por Ricardo Murad, cunhado da governadora Roseana Sarney.

O extenso relatório da CGE (Relatório AE nº 006/2011-AGAJ/CGE, Processo CGE nº 437/2010), assinado pela auditora geral do Estado, Maria Helena de Oliveira Costa e os auditores Antonio Carlos Tanus Ferreira, Cleomar Almeida e Margarida Brandão, esmiúça todo o esquema nas licitações para contratar as empresas para construção dos 72 hospitais do programa Saúde é Vida, idealizado por Roseana Sarney e seu cunhado Secretário de Saúde Ricardo Murad, e outras obras tocadas pela SES.

Quanto às dispensas indevidas de licitação promovidas por Ricardo Murad na Secretaria de Saúde, os auditores trazem revelações estarrecedoras, que deram à causa prejuízos de mais de cem milhões de reais. Veja-se a seguir trecho do relatório inédito, quanto a contratação de empresas para a construção dos 72 hospitais do programa Saúde é Vida, jamais entregues:

“Irregularidades em contratação por dispensa de licitação:
Contratos identificados a seguir, oriundos de dispensa de licitação, sem constar dos autos, justificativa fundamentada para a contratação:

Indícios de restrição à competitividade, direcionamento do certame, e inobservância aos princípios que regem a Administração Pública, especialmente os princípios da isonomia e da competitividade.

Constatamos a contratação irregular com as empresas Dimensão Engenharia e Construções Ltda, ( Contrato 187/09), Lastro Engenharia e Incorporações Ltda, ( 185/09), e J.N.S. Canaã Construções e Paisagismo (Contrato 186/2009), conforme discriminado a seguir, mediante dispensa de licitação, fundamentada no art. 24, V, da Lei 8.666/93, no valor de R$ 57.914.585,23 (cinquenta e sete milhões, novecentos e quatorze mil, quinhentos e oitenta e cinco reais e vinte e três centavos), com indícios de restrição à competitividade e direcionamento do certame, e inobservância aos princípios da isonomia e da competitividade”.

Em suma, o relatório da Controladoria Geral do Estado aponta claramente que houve direcionamento da licitação, impedindo que outras empresas pudessem participar da construção das obras dos hospitais, beneficiando apenas as empresas do esquema montado, causando um rombo de quase 60 milhões de reais em licitações forjadas.

A CGE apontou ainda fraude ocorrida no contrato nº 243/2009/ SES, no valor de R$ 5.744.429,00 ( cinco milhões, setecentos e quarenta e quatro mil, quatrocentos e vinte e nove reais), com a Proenge Engenharia e Projetos Ltda, para elaboração dos projetos e fiscalização das obras de construção dos hospitais. Diz a CGE que a contratação, por dispensa de licitação por suposta emergência, não apresentou qualquer justificativa fundamentada que caracterizasse a urgência, violando o art. 24, V da Lei de Licitações.

As dezenas de irregularidades ocorridas em licitações da Secretaria de Saúde do Estado, segundo o relatório da CGE, não pararam apenas por aí.

Para a construção dos tais 72 hospitais alardeados por Roseana Sarney, a Controladoria Geral do Estado constatou irregularidades gravíssimas quanto à elaboração do projeto básico de cada obra, pois um mesmo projeto serviu para todas as unidades, causando um sobrepreço de mais de R$ 40 milhões de reais.

Disse a CGE que na concorrência 01/2009, cujo objeto é a construção de 64 Unidades de Saúde, distribuídos em 6 lotes, com 20 leitos cada unidade hospitalar: a realização da concorrência 01/09 se constituiu no mesmo objeto para os seis lotes, com utilização de um Projeto Báscio para os 64 hospitais, em 64 municípios, sem considerar o estudo topográfico de cada local.

Em consequência da má elaboração do projeto básico, evidenciamos necessidade de adequação do projeto inicial com inclusão de serviços adicionais, que gerou acréscimos no valor de R$ 28.019.348,08 (vinte e oito milhões, dezenove mil, trezentos e quarenta e oito reais e oito centavos), que corresponde a 24,67% do valor total contratado”.

A CGE também constatou o mesmo esquema no contrato nº 01/2009, cujo objeto era a contratação de empresa de engenharia para construção de 8 Unidades de Saúde, Hospitais com 50 leitos em cada Unidade, em diversos municípios. Foi elaborado um único projeto básico para todas as 8 Unidades, sem que fossem consideradas as situações de cada local. Era como se o mesmo tipo de terreno fosse igual em todo local onde seriam construídos os 8 hospitais.

Segundo a CGE, em decorrência da má elaboração do projeto básico, houve um acréscimo ao valor inicialmente contratado, caracterizando de R$ 14.150.966,60 (quatorze milhões, cento e cinquenta mil, novecentos e sessenta e seis reais e sessenta centavos).

A CGE cita ainda o contrato nº 298/2009, firmado com a empresa Lastro Engenharia Incorporações Ltda, no valor de R$ 4.699.818,30 (quatro milhões, seiscentos e noventa e nove mil, oitocentos e dezoito reais e trinta centavos), para reforma e adequação do Posto de Assistência Médica/PAM Diamante para implantação do ambulatório Médico Especializado – AME (12.691/2009). No entanto, segundo o relatório da CGE, a dispensa de licitação por suposta emergência, apresenta alegações totalmente improcedentes, dando causa a uma emergência forjada, sem amparo legal.

Apenas nestes casos, devidamente comprovados e documentados pelo órgão de controle interno do próprio governo do Estado, a CGE, houve um prejuízo aos cofres públicos de mais de 106 milhões de reais cometidos pelo cunhado da governadora, Ricardo Murad.

O que chama atenção é que o próprio governo do Estado, através de seu órgão de controle interno, a Controladoria Geral do Estado, reconhece e relata as diversas irregularidades do secretário Ricardo Murad na condução de processos licitatórios, e o Ministério Público, mesmo provocado diversas vezes, não toma qualquer providencia.

Nem Ricardo Murad, nem as empresas irregularmente contratadas, tem contra si uma única ação sequer, seja de improbidade administrativa, um inquérito policial, uma ação criminal. E as mesmas fraudes continuam a acontecer impunemente.

Ouvido pela reportagem, o deputado Rubens Junior ( PC do B), líder da Oposição na Assembléia Legislativa, informou que de posse do relatório da CGE encaminhará na próxima segunda-feira representação para a Promotoria da Probidade Administrativa da Capital, e que espera que o Ministério Público apura os fatos e responsabilize quem de direito.

“Agora não se trata de denúncia da oposição, mas um órgão do próprio governo que reconhece que houve fraude nas licitações”, acrescentou Rubens Junior.

 Do Blog Jorge Vieira

Instituto MDA aponta Dilma com 43,5% das intenções de voto em 2014, confira


Levantamento foi encomendado pela CNT e realizada pelo instituto MDA.
Presidente Dilma

Em cenário com Aécio e Campos, petista venceria no primeiro turno.
Pesquisa do instituto MDA encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e divulgada nesta quinta-feira (7) mostra que a presidente Dilma Rousseff (PT) poderia vencer as eleições de 2014 no primeiro turno sem a presença da ex-senadora Marina Silva. Na simulação em que a petista tem apenas Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) como adversários, ela obtém 43,5% das intenções de voto, diz o estudo.

Neste cenário, Aécio obteve 19,3%. Já Eduardo Campos (PSB), que se aliou a Marina Silva, aparece com 9,5%. Segundo o instituto MDA, não haveria segundo turno se Dilma disputasse a reeleição contra esses dois adversários.

Em cenário sem a presença da ex-senadora Marina Silva, Dilma venceria a eleição já no primeiro turno, aponta pesquisa CNT/MDA.

Conforme o levantamento, 20% votariam branco, nulo ou em nenhum dos candidatos, enquanto 7,8% não sabem ou não responderam.

É a primeira pesquisa realizada pelo instituto desde que Campos anunciou aliança com Marina Silva, que se filiou ao PSB após ter o registro de seu partido, o Rede Sustentabilidade, negado pela Justiça Eleitoral.

O levantamento ouviu 2.005 pessoas entre os dias 31 de outubro e 4 de novembro em 135 municípios de 21 unidades da federação. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Efeito Marina
Em um segundo cenário proposto pelo instituto, em que Eduardo Campos é substituído por Marina Silva, a presidente Dilma registra 40,6% das intenções de voto contra 22,6% da ex-ministra do Meio Ambiente. Nesta simulação, Aécio Neves passaria para a terceira colocação, com 16,5% das intenções de voto.

O estudo aponta que, neste cenário, 14,9% dos entrevistados votariam em nenhum, branco ou nulo. Outros 5,4% não souberam ou não responderam. O instituto registra possibilidade de segundo turno se Marina for a candidata do PSB.

Migração de votos
No levantamento anterior encomendado pela CNT, divulgada em setembro, Marina Silva havia obtido 22% das intenções de votos em uma eventual disputa contra Dilma, Aécio, Eduardo Campos.

Neste levantamento eleitoral, o instituto MDA apurou o destino das intenções de votos que haviam sido declaradas para a ex-senadora. Conforme a pesquisa, sete pontos percentuais migraram para Dilma, quatro pontos para Campos, quatro pontos para Aécio e outros cinco pontos para brancos e nulos.

Eventual segundo turno
A presidente Dilma Rousseff venceria no segundo turno considerando cenários em que os candidatos são Marina Silva, Aécio Neves ou Eduardo Campos. Entre os três adversários, Dilma teria maior vantagem contra Eduardo Campos - ela venceria com 49,2% e ele ficaria com 17,5%.

Contra Aécio Neves, Dilma venceria com 46,6% contra 24,2% do tucano. Na disputa com Marina, Dilma venceria com 45,3% e Marina teria 29,1%.

Pesquisa espontânea
Na pesquisa espontânea (quando não são apresentados os nomes), passou de 16% na pesquisa divulgada em setembro para 18,9% no atual levantamento. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece em segundo, mas oscilou de 9,7% para 7,5%. Aécio Neves que tinha 4,7% passou para 6,7%.

Marina Silva passou de 5,8% para 5,6% e Eduardo Campos, de 1,6% para 2,2%. José Serra tinha 1% e passou para 0,6%. Geraldo Alckmin foi de 0,5% para 0,2% e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, de 0,5 para 0,1%.

Entre os entrevistados, 21,5% disseram que querem que o PT se mantenha na Presidência da República - em setembro eram 21,9%. O PSDB, em segundo, foi citado por 4,5% dos ouvidos, mesmo percentual do levantamento anterior.

Do G1

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

No MA a violência teve um aumento significativo de 344,6% em óbitos


 
  
Foi divulgado nesta terça-feira (05) dados do Mapa da Violência 2013. O município de Governador Nunes Freire entra na lista das cem cidades com mais de 20 mil habitantes com maior número de homicídios e de óbitos por estados e taxas médias entre os anos de 2008 e 2010.

A cidade contava com 25.401 habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano de 2010, e ocupa a posição 89 no ranking das cidades. Outras cidades também entram na lista das 150 cidades com mais homicídios: Santa Luzia do Paruá (128º), Arame (130º), Itinga do Maranhão (132º), Imperatriz (140º), Presidente Dutra (143º). São Luís aparece na 255ª posição.

No Maranhão, foram 204 óbitos em 2000, contra 907 registrados no ano 2010. No Nordeste, a maior parte das Unidades Federativas apresenta elevados índices de crescimento, com destaque para o Maranhão, cujo número de vítimas cresceu 344,6% na década. Já entre mortes de óbitos por armas fogo nas capitais são 86 casos em 2000, contra 316 em 2010, o que pressupõe aumento de 267,4%.

O crescimento global de 11,2% no número de óbitos por arma de fogo na década 2000/2010 é resultante de um conjunto de situações extremamente diferenciadas. No Nordeste o crescimento foi elevado: 92,2%, quase duplicando o número no período.

As capitais brasileiras possuem, de acordo com o censo de 2010, um total de 45,5 milhões de habitantes, o que representa 23,8% da população total do país. Mas o número de vítimas por armas de fogo nessas capitais, também em 2010, foi de 13.529, representando 34,8% do total nacional de óbitos pela referida causa.

Pelo ordenamento das Unidades Federativas segundo taxas de óbito por arma de fogo, em cidades com 100 mil habitantes, o Maranhão aparece em 2000 na posição 20. Já em 2010 desceu para o 27º lugar no ranking dos estados, o que equivale a aumento de 282,2% no número de homicídios. São Luís é a 13ª capital quanto ao número de óbitos.

Em 2010, segundo número, taxas de óbito e distribuição porcentagem das vítimas por armas de fogo o Maranhão aparece com 50 óbitos em acidentes, 812 homicídios, 33 suicídios e 12 casos indeterminados.

Várias capitais do país praticamente triplicam suas taxas entre os anos 2000 e 2010, como Belém, Fortaleza, Maceió e São Luís (que aparece na posição 13 entre as capitais com mais óbitos).

No ano de 2010 morreram, vítimas de disparo de arma de fogo, 10.428 brancos e 26.049 negros. Utilizando os dados do Censo de 2010, as taxas resultantes foram 11,5 óbitos para cada 100 mil brancos e 26,8 óbitos para cada 100 mil negros. Dessa forma, a vitimização negra foi de 133%, isto é, morrem proporcionalmente vítimas de arma de fogo 133% mais negros que brancos.

Do Blog do Cutrim

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Desesperada Roseana concentra verba estadual em candidato do clã, confira

Luís Fernando - candidato dos Sarney

Os brasileiros assistem calados à ciranda que emoldura a discussão sobre a reforma política, algo tão necessário para a garantia da democracia e o desenvolvimento do País, que não mais suporta a politicagem barata e criminosa que se alastra de norte a sul.

Muito além de acabar com o instituto da reeleição, proposta que tem provocado polêmicas na órbita da matéria, é preciso extirpar os feudos políticos que há décadas funcionam de forma deliberada e covarde em muitos rincões brasileiros.

Um desses exemplos bizarros da política nacional está no Maranhão, o mais miserável estado da federação, que há pelo menos cinco décadas é refém dos desmandos totalitaristas do senador José Sarney e seu clã.

Para garantir a perpetuação do domínio político no estado, o grupo de José Sarney lançou o atual secretário de Infraestrutura, Luís Fernando Silva, como candidato ao Palácio dos Leões em 2014, uma vez que a governadora Roseana está em seu segundo mandato consecutivo.

O desespero do grupo comandado por Sarney é tamanho, que sem qualquer cerimônia o governo de Roseana Sarney concentrou verbas do orçamento estadual na pasta comandada por Luís Fernando Silva. A Secretaria de Infraestrutura, que em 2013 contou com orçamento de R$ 259,2 milhões, em 2014, ano de eleições, terá R$ 692,7 milhões para gastar. O absurdo oficial, com a chancela da governadora, pode ser conferido no orçamento de 2014, onde houve cortes em pastas importantes como Segurança Pública e Educação.

Para que o leitor compreenda a extensão do escárnio patrocinado pelo clã Sarney, que instalou no Maranhão um apartheid verde-louro, os programas de erradicação do analfabetismo e de combate ao analfabetismo absoluto sofreram, juntos, corte de R$ 8 milhões. Já a Secretaria da Saúde, comandada pelo cunhado da governadora, Ricardo Murad, foi contemplada com aumento orçamentário de R$ 228,2 milhões. Lembrando que Murad é um dos cabos eleitorais do candidato da “famiglia” Sarney.

Apesar de toda essa escandalosa manobra orçamentária para favorecer Luís Fernando Silva, o grupo liderado por José Sarney não está plenamente confiante na candidatura do secretário da governadora Roseana. Tanto é assim, que a “famiglia” tem insuflado outras candidaturas ao governo maranhense. A ideia dos Sarney com essa estratégia desesperada é tentar tirar votos de Flávio Dino, candidato do PCdoB e atual presidente da Embratur, que no próximo ano pode decidir a disputa ainda no primeiro turno.

Do Blog do Cutrim

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Outubro o mês mais violento dos últimos 4 anos, com 108 homicídios em S. Luis

Um total de 108 homicídios foi registrado em outubro, na Grande Ilha (São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa). O mês foi o mais violento na Ilha nos últimos quatro anos, com uma média de 3,6 assassinatos por dia.

Pela primeira vez, desde janeiro de 2009, quando o Jornal Pequeno começou a levantar e divulgar as estatísticas mensais de assassinatos na Grande Ilha, o número de mortes violentas alcança três dígitos.

Em relação ao mês passado (setembro), quando foram registrados 90 assassinatos, houve um crescimento de 20% (18 casos a mais). Comparado ao mesmo período (outubro) do passado, que teve 72 homicídios, o aumento foi de 50% (36 registros a mais).

Faltando ainda dois meses para terminar o ano, os homicídios em São Luís e região já totalizam 782 – 66 a mais do que em todo o ano passado, que registrou 716 assassinatos.

São Luís segue sendo a cidade mais violenta da Ilha, com o registro de 80 crimes de morte em outubro. Em seguida, vêm São José de Ribamar (15 assassinatos), Paço do Lumiar (11 crimes) e Raposa (2 casos).

Dos 108 homicídios ocorridos em outubro, 85 (78,7%) foram cometidos com armas de fogo. Em 14,8% dos casos (16 crimes), foram usadas armas brancas (facas, facões, “chuços” etc.). Cinco assassinatos foram praticados por outros meios, e em dois casos a polícia não conseguiu identificar as armas utilizadas.

O mês também foi recorde no registro de assassinatos no sistema penitenciário, que viveu um mês tumultuado, com 17 mortes – quinze delas como resultado de três motins no sistema, dois no dia 1º e um no dia 9. Um preso foi decapitado.

Dez assassinatos de presos ocorreram na Casa de Detenção (Cadet), no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Outros quatro detentos foram mortos no Centro de Detenção Provisória (CDP), o “Cadeião”, e mais três na Central de Custódia de Presos de Justiça (CCP). Ambas as unidades igualmente estão localizadas em Pedrinhas.

Os conflitos entre presos integrantes de duas facções criminosas (Primeiro Comando do Maranhão e Bonde dos 40) extrapolaram os muros dos presídios, com depredações e incêndios de ônibus em São Luís, provocados por membros das gangues que estão nas ruas.

Três mulheres – Rosimaura Silva, 40 anos; Maria Pinheiro de Menezes, 92; e Josina Almeida Santos, 70 – estão entre as vítimas de homicídios de outubro.

Vítimas jovens, entre 14 e 24 anos, perfizeram em outubro um total de 39 (36,2% dos 108 assassinatos).
Os dados são do portal da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA).

HOMICÍDIOS DE 2013
Janeiro: 75
Fevereiro: 51
Março: 67
Abril: 98
Maio: 71
Junho: 74
Julho: 74
Agosto: 74
Setembro: 90
Outubro: 108
Total parcial: 782

Fontes: IML de São Luís e SSP-MA

domingo, 3 de novembro de 2013

Eduardo Campos em visita ao Piauí troca impressões e duvida de Aécio

Governador de Pernanbuco Eduardo Campos

Um senhor simples, celular em punho, pediu para tirar uma foto com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), assim que o viu na manhã escaldante de 22 de outubro, quando ele partia atrasado para uma entrevista a jornalistas do Piauí.

Com metade do corpo dentro da van que o levaria a seus compromissos, Campos voltou-se para o homem e consentiu, sorrindo: "Só se isso não for lhe prejudicar".

Foi a primeira de muitas fotos naquele dia, todas tiradas após a mesmíssima frase. AFolha acompanhou o governador, provável candidato do PSB à Presidência, durante uma visita de um dia a Teresina (PI), onde foi receber um título de cidadão honorário e fazer contatos com aliados.

Entre um deslocamento e outro, pausa para cochichos, entrevistas arranjadas de última hora e um único assunto a rondar as conversas: as eleições presidenciais de 2014.

"A van é o espaço da fofoca interna, o confessionário. Onde se tira sarro, fala-se de política e, às vezes, até almoça com o carro em pleno movimento", definiu o deputado Márcio França (PSB-SP), um dos passageiros da van.

No banco da frente, atrás do motorista, Campos dividiu o assento com uma dupla ecumênica: à sua esquerda, o governador do Piauí, Wilson Martins, que é do PSB; do lado direito, o prefeito de Teresina, o tucano Firmino Filho.

Quando soube por um assessor que a Câmara dos Deputados acabara de aprovar limites aos gastos dos candidatos na próxima campanha, soltou: "Para lisos feito nós, se puder não ter televisão, melhor. Só debate está bom".

Além de dinheiro para alavancar sua candidatura ao lado da nova aliada Marina Silva, Campos também precisará de um recurso escasso em sua prateleira, com o qual a ex-senadora não pôde contribuir: tempo de televisão.

DÚVIDA
Enquanto se deslocava entre uma entrevista e outra, Eduardo Campos, sentado na primeira fileira da van, virou-se e perguntou baixinho, para não ser flagrado por ninguém, ao neoaliado Heráclito Fortes: "Você acha que Aécio vai até o fim?"

ACOSTAMENTO
Campos falou da reação do PT sobre à aliança com Marina. "Foi assim: estávamos na estrada, quase no acostamento. Eles queriam que corrêssemos na faixa da direita. A gente fez que foi, mas, de repente, ligamos a sinaleira para a esquerda."

MAPA TORTO
O deputado Márcio França dava entrevista na van sobre alianças do PSB nos Estados quando Campos disse: "Márcios Franças, está tudo de perna pro ar, não dê o serviço errado". O nome veio no plural porque, segundo Campos, o deputado vale por 2.

DIPLOMA
Campos lembrou de um amigo que mandou a filha estudar na Inglaterra. Quando ela voltou, trouxe um namorado do Paquistão. O governador repetiu a frase do amigo: "Esta aqui é minha filha, e este aqui (apontando para o namorado) é o diploma".

CEMITÉRIO
Contou ainda que ouviu de um vereador em PE: "Governador, aqui a obra mais importante é o muro do cemitério". Ele rebateu: "Pense numa obra complicada. Quem está fora não quer entrar e quem está dentro não pode sair nunca mais".

CARNEIRINHO
Heráclito Fortes, político que transitou por partidos de matiz mais conservadora e se filiou recentemente ao PSB, apresentava-se o tempo todo com um bem-humorado "saudações socialistas". Até que um gaiato da comitiva pernambucana, ao ver o ex-senador pelo Democratas (ex-PFL) suado com o calor escaldante de Teresina, soltou: "Pensava que era fácil ser socialista?". O ex-senador rebateu: "Meu filho, estou tão animado que pareço um carneirinho depois da tosa".

Da Folha