segunda-feira, 18 de maio de 2020

A MORTE COMO ESTRATÉGIA DA POLÍTICA DE JAIR BOLSONARO PARA O BRASIL, POR FERNANDO BRITO

Não surpreende ler na Folha que Jair Bolsonaro pode demorar para escolher novo ministro da Saúde.
A aposta do presidente é muito diferente de agir para minimizar os danos humanos da pandemia. Ao contrário, ele espera que o desastre humanitário não apenas desmoralize os governos que adotam medidas restritivas, como desencadeie um processo de sofrimento e convulsão social que ampare a tomada de medidas de força.
Sobre as ações de saúde, basta-lhe continuar a agitação da pantomima da cloroquina, como a dizer que são os médicos e os governadores que não querem dar ao povo a cura que o presidente promete, embora já não haja ninguém sério que creia que seja.
Aliás, é difícil para qualquer pessoa mentalmente equilibrada entender o pensamento do ex-capitão, mas todos os fatos concretos mostram que é assim a sua conduta.
Quanto mais o país afundar, mas sentirá como positivo o pequeno alívio da “retomada”, ainda que ela seja pequena, quase inexpressiva, como o alívio de quem tira apenas uma volta do torniquete que o garroteia.
Além do mais, ele conta com a tibieza das reações do Legislativo e do Judiciário – mais o primeiro que o segundo – para que possa seguir, com uma legião de zumbis humanos e robôs virtuais, a se imporem sobre um povo entocado, impedido de ir além das inócuas panelas na janela.
A “arminha” do ex-capitão é aquilo a que ficaram reduzidas as Forças Armadas, comandadas de fato por uma turma de generais provectos e desavergonhados, que trocam sua honra pela proximidade do poder e pela garantia de que o país não se erguerá.
Do Tijolaço

domingo, 17 de maio de 2020

sábado, 16 de maio de 2020

BURITI CONTINUA DE LUTO, MORRE O CIDADÃO ABRAÃO RIBEIRO DA SILVA AOS 96 ANOS RECÉM-COMPLETADOS

Abraão Ribeiro, homem de fibra, religioso, honesto e trabalhador
O seu Abraão como era conhecido por todos, puxado na idade, e com a saúde debilitada, contraiu a covid – 19, fora internado no principal centro de saúde de Buriti, uma clínica de atenção básica, localizada no sopé de um morro, quase dentro do Riacho Tubi, onde faleceu por volta das 5 horas da manhã de hoje, sábado 16 de maio.
Como seguem as recomendações das autoridades sanitárias de saúde, não houve velório, ultra-restrito aos poucos familiares, foi sepultado aproximadamente entre às 10 e 11 horas de hoje, no cemitério municipal São José, que por sinal é vizinho à sua casa, onde viveu grande parte de sua vida regrada, na Rua inácia Vaz.
Abraão Ribeiro, nasceu em 15 de maio 1924, no município de Buriti, no lugar São Francisco, alfabetizado aos sete anos de idade pela professora Tonica Guimarães, com quem aprendeu a ler, escrever e a contar, foi agricultor, comerciante por longos anos, político, religioso e também era poeta. Casado com Angélica Januário de Aguiar, com quem teve 15 (quinze) filhos, alguns em memória, 29 (vinte e nove) netos, 24 (vinte e quatro) bisnetos e 2 (dois) tetranetos.

Abraão Ribeiro da Silva, era filho de Gedeão Ribeiro da Silva e Zulmira Marques da Costa, ficou órfão de pai aos nove (09) anos, começou a trabalhar muito jovem no ramo do comércio varejista e da lavoura. Após o casamento, passou dividir as tarefas de comerciante, quitandeiro com sua esposa Angélica que vendia no balcão. Ele responsável pelas compras, ou seja, do abastecimento do comércio que eram feitas em Teresina, Parnaíba, Chapadinha, bem como em Buriti.

Seu comércio girava em torno da compra da produção de gêneros produzidos nas roças, pelos moradores da redondeza nas terras arrendadas por ele. Seu Abraão comercializou e em quase todo território buritiense, onde da mesma forma estabelecia residência, foram inúmeras localidades como, João Lobo, Boa Hora, Sítio Velho, Vargem, Pedras, Barra Nova, Pé da Ladeira e muitos outros povoados. Armazenava os gêneros comprados, incluindo o babaçu em Buriti. Abraão era um homem culto, educado, bom pai de família, bom filho, muito religioso e sábio, quando era bem jovem queria ser padre, mais as dificuldades da época o fizeram desistir.

Por toda sua vida, nos lugares que morou, nas terras em que arrendava e montava seu comércio, trabalhava gratuitamente com muito amor para as comunidades, pregando o evangelho, alfabetizando os adultos, cuidava da saúde dos moradores e vizinhos, aplicava injeções e realizava campanha de vacinação, um verdadeiro voluntário. Na década de 70 (setenta), se estabeleceu em Buriti, mais precisamente em 1974, onde morou até seus últimos dias de vida, trabalhou até quando pode na construção das comunidades, tendo criado e presidido a Comunidade Santa Helena, momento em que fora construída a Capela de Santa Helena, na Rua de mesmo Nome.

Abraão implantou e presidiu as Comunidades Eclesiais de Base na sede municipal e em vários povoados, participou da criação das Frentes dos Trabalhadores Contra as Secas, fomentou ativamente o movimento Sindical dos Trabalhadores Rurais de Buriti, igualmente fundou a Colônia de Caça e Pesca, participou da criação do Conselho Tutelar e da Pastoral da Criança de Buriti, colaborou com a implantação do Estatuto da Criança e do Adolescente na cidade. De modo que criou e presidiu o PDT em Buriti por vários anos, por meio do qual foi candidato a vereador e vice-prefeito, de forma que participou aguerridamente dos movimentos sociais de seu tempo, com efeito pelos direitos dos trabalhadores e dos menos favorecidos da sorte, um homem incansável.

        Seu a Abraão gostava muito de ler, de escrever poemas e alem disso recitá-los. Nos anos 80 (oitenta) começou a escrever poemas, em 1996 lançou o folheto com versos em homenagem a sua terra denominado "Minha Terra", a sua amada Buriti de Inácia Vaz. Aposentado como comerciante, sua visão já não era aquela de outros tempos, assim como, a audição, mas continuava bem-humorado e sábio, ora por outra, quando a saúde lhe permitia, ele brindava os visitantes recitando trechos de algumas de suas poesias. Como poeta participou com destaque no ano de 2010 e 2016 dos Festivais Buritienses de Poesias promovidos pela AMIB. Um fragmento das suas obras foram publicadas nos livros "Vozes Poéticas dos Morros Garapenses", 2º edição de 2019, e  "Aventuras Literárias", lançado pela AMIB, no ano de 2017.
Seu Abraão e D. Angélica na solenidade de entrega de medalhas na AMIB.

Por fim, em 23 de julho de 2017, Abraão Ribeiro da Silva e sua esposa foram homenageados pela Associação dos Amigos de Buriti - AMIB, com as medalhas de honras, pelo exemplo de casal e cidadãos, que muitos e relevantes serviços prestaram à comunidade buritiense. Abraão Ribeiro cumpriu com mérito a sua missão na terra dos homens vivos, passaporte para ser bem recebido na terra dos homens mortos.  

Fonte: Buriti: nosso berço nossa história de Joaquim Pedro Linhares de Aguiar.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

PARÁ E MARANHÃO TÊM MAIOR TAXA DE INFORMALIDADE, SEGUNDO PESQUISA DO IBGE

PNAD Contínua mostra que a média nacional perdeu força no primeiro trimestre, de 41% para 39,9%; taxa ficou estável em 18 estados.
Foto: José Cruz/Agência Brasil
A taxa de informalidade no mercado de trabalho brasileiro passou de 41% para 39,9% durante o primeiro trimestre, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) mostra que, entre as unidades da federação, as maiores taxas foram registradas no Pará (61,4%) e Maranhão (61,2%), e as menores variações foram vistas em Santa Catarina (26,6%) e Distrito Federal (29,8%).
Embora a taxa de informalidade tenha se mantido estável em 18 estados, ela ficou acima da taxa média nacional (39,9%) nesses locais, variando de 41,2%, em Goiás, até 61,4% no Pará.
Em 11 desses 18 estados, a informalidade ultrapassou 50% e apenas Distrito Federal (29,6%) e Santa Catarina (27,3%) tiveram taxas de informalidade abaixo de 30%.
“A informalidade teve queda porque houve uma redução das duas populações que a compõem – empregados sem carteira do setor privado e trabalhadores por conta própria – devido às dispensas dos contratados no quarto trimestre. Isso significa que os trabalhadores sem carteira e os que trabalham por conta própria não estão sendo absorvidos pelo mercado formal”, diz a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.
Para o cálculo da taxa de informalidade da população ocupada, a pesquisa considera como informais os empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada, empregados domésticos sem carteira de trabalho assinada, empregadores sem registro no CNPJ, trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ e trabalhadores familiares auxiliares.
Do GGN

BOLSONARO E A LIBERAÇÃO DE SEU PROTOCOLO PARCEIRO DA MORTE, POR FERNANDO BRITO


Não tem a menor importância quem vá ser nomeado para o lugar de Nelson Teich no Ministério da Saúde.
O Ministro da Saúde – ou, dizendo melhor, da Doença e da Morte – é o afamado Dr. Jair Bolsonaro, formado Psicopatia Clínica.
Qualquer sujeito que ocupe o cargo, seja general que vigiava Teich seja algum profissional médico aventureiro, será um carimbador dos diagnósticos e receitas brotados da cabeça do ex-capitão.
Terá de seguir o Protocolo da Morte, seja enfiando cloroquina goela abaixo de pacientes desesperados, capazes de autorizar que lhes administrem até cápsulas de querosene na esperança de não morrerem aos montes.
É Jair Bolsonaro que o define, de acordo com seu senso de oportunidade, ao enxergar na crise de dor e fome que a pandemia pode causar a chance de, em nome de combater a agitação – que seus próprios apoiadores encarregam-se de promover, em grupos tão pequenos quanto ruidosos, como as três ou quatro dúzias de fanáticos nazistas que foram saudá-lo, hoje, no Planalto.
Já tínhamos um Ministério da Saúde combalido pela primeira mudança de ministro, um mês atrás, confuso e paralisado pela falta de energia e dinamismo de Teich e pela ocupação dos cargos intermediários por gente do meio militar. Agora, o que restava de seu corpo técnico está diante da escolha entre sair dos cargos ou esperar ser defenestrado por recusarem-se a obedecer ordens estúpidas.
Fala-se que na segunda-feira Bolsonaro mandará carimbarem sua receita macabra, todos à rua, com cloroquina à vontade.
Nosso país passará por um processo de destruição inédito, que farão os 15 mil novos infectados registrados hoje parecerem um bobagem e as mais de 14.800 mortes se assemelharem a uma bênção.
Com ou sem bloqueios, vocês verão as ruas se encherem de gente se expondo, confundida pela loucura que emana de Brasília, diante da qual as forças políticas e as instituições titubeiam, transigem e, ao final, se rendem.
É preciso dizer a verdade, o fascismo não está às portas. Ele já entrou, empalmou o poder e se dedicará, com ardor mórbido, a matar e destruir.
Do Tijolaço

quarta-feira, 13 de maio de 2020

JAIR BOLSONARO COMETEU CRIME DE FALSIDADE IDEOLÓGICA. POR AFRÂNIO SILVA JARDIM

O PRESIDENTE TERIA PRATICADO UM CRIME DE FALSIDADE IDEOLÓGICA (falsidade documental, artigo 299 do Cod.Penal)
CONFORME TEXTO QUE PUBLIQUEI NA MINHA COLUNA DO SITE EMPÓRIO DO DIREITO, ENTENDO QUE O PRESIDENTE PRATICOU CRIME DE FALSIDADE IDEOLÓGICA AO FAZER CONSTAR EM DOCUMENTO UM NOME NÃO VERDADEIRO.
Isto explica o motivo pelo qual ele se negava a exibir os resultados dos exames.
Agora, cabe ao Ministro Ricardo Lewandowski aplicar a regra do artigo 40 do Cod.Proc.Penal que dispõe:
“Art. 40. Quando, em autos ou papéis de que conhecerem, os juízes ou tribunais verificarem a existência de crime de ação pública, remeterão ao Ministério Público as cópias e os documentos necessários ao oferecimento da denúncia”.
A toda evidência, isto não impede o Ministério Público de agir independentemente de qualquer provocação – princípio da obrigatoriedade da ação penal pública – nem impede a aplicação da regra do art.27 do mesmo diploma legal, transcrito no texto abaixo (notícia de crime de qualquer do povo).
Vejam o texto abaixo e a matéria jornalistica cujo link forneço ao final.
“MAIS UM CRIME DE UM PRESIDENTE TOSCO, DESPREPARADO E AUTORITÁRIO.
O ATUAL PRESIDENTE DA REPÚBLICA CONFESSA A PRÁTICA DE UM CRIME DE AÇÃO PENAL PÚBLICA.
Agora, não tem como deixar de ser processado. O Ministério Público não tem como se omitir diante de fato tão grave
Na verdade, o presidente da república CONFESSA claramente que praticou um CRIME DE FALSIDADE DOCUMENTAL, previsto no artigo 299 do Código Penal, com o “nomen iuris” de FALSIDADE IDEOLÓGICA.
Ele confessa que declarou um nome falso nos documentos em que teria solicitado a realização de teste para constatação ou não de contaminação por Covid-19.
Isto está noticiado amplamente pelos melhores “sites” e vários meios das redes sociais (internet). Vejam a matéria constante do link mencionado ao final deste texto.
Vejam como tal comportamento encontra tipicidade na citada norma penal incriminadora:
CP – Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940:
“Artigo 299 – Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:”
“Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis, se o documento é particular. (Vide Lei nº 7.209, de 1984).
“Parágrafo único – Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte”.
Evidentemente o nome correto da pessoa testada é “fato juridicamente relevante”, mormente tratando de um presidente de república. Tanto é relevante que há decisão judicial determinando que ele apresente tais documentos em juízo.
Desta forma, mais um delito é praticado (confessado) pelo autoritário e desequilibrado presidente da república, cabendo ao Procurador Geral da República oferecer, contra ele, acusação formal (denúncia) ao Supremo Tribunal Federal.
Em princípio, no inquérito policial, autorizado pelo S.T.F., bastaria requisitar o documento com o nome falso, requisitar o áudio da rádio gaúcha, ouvir os médicos e os funcionários do governo federal que participaram da burocracia necessária à remessa do material para o exame. De início, poderia ser ouvido o presidente, já como indiciado.
Por outro lado, qualquer pessoa do povo pode provocar o PGR – embora não necessário – fornecendo “notícia de crime”, nos termos do artigo 27 do Código de Processo Penal, que dispõe:
“Artigo. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público, nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção”.
Julgo que esta minha “notitia criminis”, que ora torno pública, será suficiente, até porque é dever do Ministério Público agir independentemente de provocação.
Confiram a publicação no referido site: 
Afranio Silva Jardim, mestre e livre-docente em Direito Processual Penal pela Uerj.

terça-feira, 12 de maio de 2020

NÃO TENHAMOS ILUSÕES, AS FORÇAS ARMADAS APOIARÃO, UM AUTOGOLPE DE BOLSONARO, DIZ ZÉ DIRCEU

 Frente à crescente reprovação de seu governo pela maioria do país e ao aumento do apoio popular a seu impeachment, Jair Bolsonaro não deixa dúvidas de que pretende dar um autogolpe de Estado. O militarismo está de volta e a politização das Forças Armadas será inevitável, se não reagirmos e não dermos um basta a toda e qualquer ação militar fora dos marcos da Constituição.

Não há mais dúvidas. De novo nosso Brasil e sua democracia enfrentam o risco e a ameaça do militarismo. Não se trata apenas de presença de 3 mil militares, inclusive da ativa, no governo federal, mas da tutela aberta militar sobre o país, da volta do militarismo, da politização das Forças Armadas.
Não será a primeira vez. Toda nossa história republicana está marcada pela atuação dos militares como uma força política — no caso armada —, disputando o poder e os rumos do país. Foi assim na instauração da República em 1889; nos anos 1920 e 1930 com o tenentismo; em 1937 quando o Estado Maior do Exército apoia o autogolpe de Getúlio do Estado Novo. Durante toda década de 1950, facções das Forças Armadas aliadas à direita tentaram dar golpes de Estado: em 1950 para impedir a posse de Getúlio; em 1955, para impedir a posse de JK; em 1961 para impedir a posse de Jango como presidente. Se os três primeiros fracassaram, o quarto golpe, em 1964, foi vitorioso, com a destituição pela força das armas de um governo constitucional e democrático que contava com o apoio da maioria do povo.
É preciso registrar que os dois golpes em que os militares assumiram o poder, de 1937 a 1945, na ditadura do Estado Novo, com Vargas, e de 1964 a 1985, com militares diretamente no comando do país, foram marcados pela impunidade. São fatos históricos. Os militares brasileiros que torturaram e assassinaram durante a ditadura militar jamais reconheceram seus crimes, dos quais, aliás, foram anistiados, caso único na América Latina.
Não há uma ala militar ou um núcleo militar no governo Bolsonaro. Seja pela razão que for, o governo é militar, a presidência e o Palácio do Planalto, oito dos 22 ministérios e cada vez mais militares assumem as secretarias de outros ministérios como no da Saúde, sem falar das estatais e autarquias. A cada dia fica evidente que as operações políticas e planos do governo, como o Pro-Brasil, são realizadas pelos militares. Suas digitais estão em movimentos como a cooptação do Centrão para a base do governo na Câmara dos Deputados com distribuição de cargos, ou a guerra política contra a oposição, o STF e a imprensa. Estão presentes na orientação das políticas indígena, ambiental e educacional, e na gravíssima rendição total aos Estados Unidos na política externa, com a alienação de nossa soberania.
Os militares aderiram e apoiam toda gestão de Paulo Guedes na economia do país, inclusive o desmonte dos bancos públicos e as privatizações, a entrega das reservas e da riqueza e renda do Pré-sal, o desmonte da saúde e da educação pública, das universidades e centros de pesquisa. Mas, cinicamente, salvaram dos cortes e das reformas as estruturas militares, o orçamento das Forças Armadas, que não foi contingenciado, e sua Previdência. Enquanto o povo amarga uma reforma da Previdência que aumenta anos de trabalho, reduz benefícios e penaliza os pobres, os militares mantiveram seus privilégios: paridade, integralidade, sem limite de idade para aposentar, gratificações, verbas, ajudas, aumento real de vencimentos de 45%. Uma casta.
TUTELA MILITAR
Esta tutela se expressa desde o governo Temer. Quando do julgamento do HC de Lula na Suprema Corte, o então comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, publicou um twitter expressando que as Forças Armadas não o aceitariam e, o mais grave, publicou a foto da reunião do Estado Maior do Exército para demonstrar o apoio que tinha para praticar aquele crime constitucional. O mesmo Villas Boas que, agora na reserva, saiu em defesa da secretária da Cultura, Regina Duarte, que em entrevista recente defendeu a ditadura.
No dia 31 de março deste ano, os três comandantes militares assinaram uma nota de elogio e apoio ao golpe militar de 1964, sem que os poderes e as instituições se manifestassem ou coibissem essa escalada das Forças Armadas rumo ao poder. Mesmo na oposição e na mídia, poucas vozes se levantaram para protestar.
Frente à crescente reprovação de seu governo pela maioria do país e ao aumento do apoio popular a seu impeachment, Jair Bolsonaro não deixa dúvidas de que pretende dar um autogolpe de Estado. De novo vemos a ilusão política que não haverá golpe de Estado. Não é bom acreditar em ilusões, quando já temos um governo militar e aqui, na vizinha Bolívia, foi dado um violento e covarde golpe de Estado com a Polícia Militar. Para o Exército sobrou a tarefa de exigir a renúncia do presidente Evo Morales.
É certo que razões políticas não bastam e não devem ser a justificativa para o impedimento constitucional de um presidente. É golpe parlamentar, como foi contra a presidente Dilma Rousseff, com a anuência e conivência da Suprema Corte. Mas todos os dias o presidente viola a Constituição e manifesta publicamente sua disposição rumo ao autoritarismo. Está evidente que ele capturou os órgãos de fiscalização, investigação, seja o COAF, a Receita Federal, o Ministério Público e agora a polícia judiciária da União, a Polícia Federal, para evitar exatamente a apuração e as investigações e processos contra sua família, filhos, partido, campanha e atuação na presidência, evitando assim um julgamento judicial ou pelo parlamento.
Se não encontra reação, sua estratégia, no curto prazo, continua sendo a de provocar e avançar sobre os outros poderes. A médio é formar uma maioria na Câmara, eleger em fevereiro do ano que vem um presidente alinhado com o governo e ao mesmo tempo esperar as aposentadorias na Suprema Corte para tentar anular sua ação constitucional. Objetivos que podem não ser alcançados e seu governo se arrastar até 2022, o que não seria um problema não fosse a gravíssima crise que o mundo e o Brasil vivem. A ação de Bolsonaro contra o isolamento social e a verdadeira sabotagem que ele e seu governo fazem em plena pandemia que já matou mais de 11 mil brasileiros já são razões mais do que suficientes para seu afastamento da presidência.
HORA DE REAGIR
A oposição liberal de direita, os partidos PSDB-DEM-MDB e a grande mídia – ainda que aos poucos seus editoriais revelem o temor de um golpe – com exceções, não apoiam o impeachment do presidente. Evitam também a questão militar, preferindo apostar que as Forças Armadas como instituição não apoiariam um autogolpe. Esquecem as lições da história e o fato concreto de que Bolsonaro agita os quartéis, apela aos oficiais com comando e tem nas PMs e empresas de segurança uma reserva armada à sua disposição, fora suas milícias que hoje ocupam a Praça do Três Poderes exigindo o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo.
O militarismo está de volta e a politização das Forças Armadas será inevitável, quase automática, se não reagirmos e não colocarmos um basta a toda e qualquer ação militar fora dos marcos da Constituição. E a toda e qualquer ação do presidente quando viola a Constituição usando as Forças Armadas ou as invocando.
Espero que não acreditemos em notas oficiais dos militares que repudiam o golpe ou reafirmam sua vocação democrática – incompatível com o apoio e a louvação ao golpe militar de 1964. A tradicional aversão militar ao conflito inerente à democracia, seu elitismo de achar que o povo não sabe votar, sua convicção recebida nas escolas militares de que eles são os únicos patriotas, seu histórico de formação positivista como o déspota esclarecido que Geisel bem representou, seu corporativismo exibido sem pudor na votação da reforma da Previdência, são ingredientes que apenas devem aumentar nossa convicção de que os militares têm que estar fora da política. Não podem ser agentes políticos pela simples razão que a nação os armou para a defender e não para a tutelar ou para nos submeter à tirania e à ditadura.
Do Nocaute

segunda-feira, 11 de maio de 2020

NÃO SE FAZ ‘LOCKDOWN’ COM RODÍZIO DE VEÍCULOS

Os bloqueios de tráfego e os rodízios de veículos, segundo suas placas, não são a resposta necessária para o chamado lockdown, o trancamento da circulação de pessoas nos grandes centros assolados pela pandemia do novo coronavírus.
O potencial de contaminação representado por um aumento de 15% no movimento do transporte coletivo – ônibus, metrô e trens – é muito maior do que o dos automóveis – em geral, com uma única pessoa – circulando.
A questão central é a cessação das atividades que levam as pessoas à rua.
Mas isso é o contrário do que fazem: travam o trânsito e liberam as atividades que levam as pessoas a circular.
Jair Bolsonaro assinou hoje decreto fixando que salões de cabeleireiros são “atividade essencial”, com seu óbvio ambiente contaminante.
Será que a economia brasileira depende de escovas progressivas, reflexos, luzes e tinturas?
Ah, sim, academias também são: salvaremos com supinos, puxando ferro ou fazendo modelagem de glúteos.
A gente vai tocando as coisas assim, fingindo que toma providências, enquanto os mortos se acumulam.
É incrível o cinismo nacional.
Parece não haver mais vida inteligente no Brasil.
Só há “lockdown” quando se interrompe a atividade econômica. o resto é fantasia.
O prejuízo que isso trouxer pode ser revertido com auxílio e assistência aos mais pobres, mas as mortes que a falta destas ações nos trouxerem jamais se recuperarão.
Do Tijolaço

domingo, 10 de maio de 2020

O BRASIL NÃO “VAI VIRAR A VENEZUELA”, POR ROBERTO BITENCOURT

Bolsonaro usa recorrente demonização da Venezuela para criticar as medidas adotadas pelo governo maranhense no combate ao coronavírus.
Considerando a polêmica travada por Jair Bolsonaro, nesse domingo, com o governador do Maranhão, Flávio Dino, vale a pena explorar aspectos do assunto que motiva uma pseudopreocupação manifestada pelo repugnante e desprezível presidente da República.
A sua recorrente demonização da Venezuela agora foi dirigida para criticar as responsáveis medidas adotadas pelo governo maranhense. Importa, pois, salientar: o Brasil não “vai virar uma Venezuela”, como a histeria reacionária e bolsonarista rumina e se opõe. Seguramente, não sob os auspícios do governo entreguista de Bolsonaro.
Com uma população de cerca de 30 milhões de pessoas, o país vizinho registra pouco mais de 400 casos com covid-19 e 10 mortos. Em termos razoavelmente comparativos, o estado de São Paulo possui 46 milhões de habitantes. Os casos registrados de coronavírus ultrapassam os 44 mil infectados, com quase 4 mil mortos.
Números comparativos bastante alvissareiros e positivos para a Venezuela. Eles são motivados por uma testagem massiva, bem como a uma oferta de amplo atendimento médico e às garantias dadas pelo Estado venezuelano para o pagamento dos salários e rendimentos dos trabalhadores. Isso tudo em meio a sérias sanções e boicotes internacionais promovidos pelos EUA, que criam muitas dificuldades e privações no país coirmão.
No Brasil, que “não vai virar a Venezuela”, os trabalhadores perdem direitos, salários, empregos e o governo genocida impõe exigências draconianas para importantes frações da população receberem míseros 600 reais. Filas e mais filas na Caixa Econômica Federal. Uma deliberada política de genocídio.
A fome bate na porta e o governo Bolsonaro empurra a nossa gente para o desespero, a doença e a morte. Quanto ao atendimento médico, o descaso prevalece em nosso país e os recursos não são destinados onde deveriam chegar. Os médicos, enfermeiros e demais trabalhadores da saúde estão mergulhados em péssimas e perigosas condições de trabalho.
Perdura o criminoso congelamento constitucional dos investimentos públicos nas áreas sociais, sem nada no horizonte que indique a derrogação da nefasta lei. Mais de 150 mil casos e de 10 mil mortes no Brasil. Ocorrências decorrentes de uma deliberada decisão política. Sem dúvida, o Brasil “não vai virar uma Venezuela”.
Ademais, não temos militares patriotas, nem camadas trabalhadoras e populares organizadas, menos ainda lideranças políticas de proa, detentoras de notória capacidade de defesa da soberania nacional e dos direitos coletivos.
Não possuímos uma mídia diversificada, para incentivar e dar corpo ao pluralismo da opinião. Para que se permita a irradiação de ideias, assuntos e categorias de percepção da realidade que sejam plurais, em que todas as vozes sejam ouvidas, todos os olhares vistos.  Muito menos temos efetivos instrumentos de participação popular nos processos decisórios do país, como o recall, que impõe controle sobre os atos dos governantes.
O Brasil, por ora, tem, isso sim e em grande medida, militares que são serviçais dos interesses americanos e massas amorfas e desorganizadas, a cada dia mais desapossadas de direitos. Um país sem soberania. Eis o que temos.
Uma pálida imagem de democracia representativa é o que o nosso país possui. Temos o crime organizado no governo e em outras instituições, com o propósito de defender os interesses dos EUA, de assegurar a hiperexploração dos trabalhadores e de transferir riquezas nacionais para fora.
Parabéns, presidente. Nós “não vamos virar a Venezuela”. Na contramão, cada vez mais nos parecemos com a Colômbia. Lugar que mais exporta cocaína no mundo. O pior país em relação à proteção dos direitos humanos.
Na Colômbia, nação também coirmã, proliferam os grupos armados paramilitares e os esquadrões da morte. Todos com força de incidência na vida política, aterrorizando ativistas políticos e movimentos sociais. Um obscuro satélite sul-americano tutelado pelos EUA.
Estamos muito semelhantes desse modelo de sociedade e regime político. Você tem responsabilidade direta nessa desgraça, presidente. Somos um lastimável pária no mundo, em que a morte é exaltada e converte-se em eixo das instituições e da sociabilidade cotidiana.
Roberto Bitencourt da Silva – historiador e cientista político.
Do GGN

sábado, 9 de maio de 2020

VIDAS SALVAS PELO ISOLAMENTO SOCIAL, ISTO É FATO NÃO SE DISCUTE

Portanto é falso e temerário dizer que não é necessário manter ou aumentar o isolamento social.
A pandemia da Covid-19 é acompanhada de muitos boatos e poucos dados, formando posições contraditórias ao bom enfrentamento da crise. Uma das posições mais alarmantes é de que o isolamento social seria inútil, porque o número de novos casos continua aumentando. Outra versão dessa posição é de que o isolamento social é de apenas 30 e tantos por cento (cidade do interior do estado de São Paulo) e o número de casos novos diários está estável ou tendendo a diminuir.
Ambas percepções estão erradas. O isolamento social não elimina de pronto novos casos, mas diminui a taxa de crescimento do número de novos casos. Sem isolamento teríamos muito mais casos. Portanto, é falso afirmar que o isolamento social é inútil porque aparecem novos casos.
Por outro lado, em determinadas situações, mesmo um isolamento pequeno já pode ter efeitos perceptíveis. É o que mostram todas as simulações epidemiológicas. Portanto é falso e temerário dizer que não é necessário manter ou aumentar o isolamento social.
A plataforma “Vidas salvas pelo isolamento social”, organizada pelo Prof. Paulo J. S. da Silva e pela pesquisadora Sagastizábal do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica da Unicamp, evidenciam com simulações matemáticas, a partir dos dados disponíveis, a importância do isolamento social e o perigo de seu relaxamento.
A página atualizada diariamente, mostra a evolução da Covid-19 no Brasil como um todo, por regiões e alguns estados mais afetados.
Do GGN

quinta-feira, 7 de maio de 2020

AÉCIO É INDICIADO POR CORRUPÇÃO NA CONSTRUÇÃO DA SEDE DO GOVERNO MINEIRO

Polícia federal também aponta o desvio de R$ 232 milhões de recursos públicos por meio de contratos de prestação de serviços falsos.
Foto: AFP/ANDRESSA ANHOLETE
O deputado federal Aécio Neves (PSDB) foi indiciado pela Polícia Federal nesta quinta-feira, 7 de maio, pelos crimes de corrupção passiva e ativa, peculato e falsidade ideológica, na construção da Cidade Administrativa, sede do governo de Minas Gerais. 
A investigação teve como base a delação premiada de diretores e executivos da Odebrecht ao Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a PF, a fraude aconteceu por meio de cláusulas restritivas à competitividade, que entregou à construtora a licitação das obras, entre 2007 e 2010, quando Aécio estava à frente do governo do Estado de Minas. 
Também foram apontados o desvio de R$ 232 milhões de recursos públicos por meio de contratos de prestação de serviços falsos. Com isso, segundo a investigação, o prejuízo aos cofres públicos mineiro chega a R$ 747 milhões. 
Além de Aécio, outras 11 pessoas foram acusadas pelos mesmos crimes. Cabe agora ao Ministério Público do Estado de Minas Gerais decidir sobre a denúncia oferecida pela PF. 
Do GGN

quarta-feira, 6 de maio de 2020

ESTOU CONVENCIDO DE QUE O EX-JUIZ SÉRGIO MORO VENDEU O BRASIL PARA O FBI/EUA, DIZ LULA

Em debate nesta quarta-feira, o ex-presidente Lula também disse que não sabe quem mente mais, se Moro ou Bolsonaro. "A montanha pariu um camundongo. Ele gerou expectativa na população sobre o Bolsonaro e não falou nada. Sabia que estaria prevaricando. Um dia a casa vai cair", afirmou.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusou o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro de ter atuado contra os interesses do Brasil junto aos Estados Unidos. 
"Eu estou convencido que o Moro vendeu o Brasil para o FBI, para a CIA, para ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Ele e o Ministério Público da Lava Jato", afirmou Lula durante debate com as jornalistas Helena Chagas e Tereza Cruvinel e com o ex-ministro da Casa Civil Alozio Mercadante.  "A história vai provar. Estou convencido de que eles mentiram tanto que não tem como voltar", acrescentou.
Reportagem da Agência Pública, publicada nessa terça-feira, 5, mostra que ao assumir o Ministério da Justiça, o ex-juiz da Lava Jato e o ex-diretor da PF Maurício Valeixo assinaram acordos com o FBI, ampliando a influência americana em diferentes áreas de combate ao crime, incluindo a presença dos agentes estrangeiros em um centro de inteligência na fronteira, investigações sobre corrupção e acesso a dados biométricos brasileiros.
"Não sei quem mente mais o Bolsonaro ou o Moro. O Moro não tem caráter. Até hoje não provou as acusações que me fez. A montanha pariu um camundongo. Ele gerou expectativa na população sobre o Bolsonaro e não falou nada. Sabia que estaria prevaricando. Um dia a casa vai cair", disse Lula.
O ex-presidente disse também que Moro nunca teve empenho em combater a corrupção no governo Jair Bolsonaro e citou o caso do ex-assessor do clã Fabrício Queiroz. "A PF do Moro também nunca quis investigar o dinheiro do Queiroz para a mulher do Bolsonaro", disse Lula. 
Lula também defendeu "radicalizar um pouco mais" para fazer a democracia funcionar. "Acho que minha autocrítica é que fui republicano demais", disse ele. "'Ah, mas o Lula tá mais radical...' Eu não tô. Eu tô é mais consciente. E não vou deixar mais ninguém pisar em cima da gente", acrescentou. 
Do 247

terça-feira, 5 de maio de 2020

CIENTISTAS IDENTIFICAM ANTICORPO QUE NEUTRALIZA O CORONAVÍRUS

SARS-CoV-2, o novo coronavírus, responsável por causar a Covid-19. — Foto: Scientific Animations/Wikimedia Commons/Divulgação.
Cientistas da Universidade de Utrecht, do Erasmus Medical Center e do Harbor BioMed publicaram nesta segunda-feira (4) a descoberta de um anticorpo capaz de neutralizar o Sars CoV-2, coronavírus responsável pela Covid-19.
Os anticorpos são proteínas produzidas pelo próprio corpo humano capazes de reconhecer e neutralizar micro-organismos, como vírus e bactérias. Eles são produzidos pelos linfócitos B, células do sistema imunológico. São eles que lutam contra invasores como o novo coronavírus.
A equipe de pesquisadores estrangeiros já estudava anticorpos direcionados ao Sars CoV, vírus da mesma família que causou uma epidemia na China em 2002. E, assim, o grupo pensou em testar o painel de opções descoberto também para o novo coronavírus, o Sars CoV-2, responsável pela atual pandemia em 2020.
“É um trabalho muito preliminar. Mas é o primeiro publicado, eu sei que tem outros que estão até mais adiantados. Eles [pesquisadores] já trabalhavam com anticorpos, e tinham esse que era metade humano e metade rato. Eles imunizaram os ratos, e tinham esse painel de anticorpos. Adaptaram em uma versão para os humanos”, disse a pesquisadora Ana Maria Moro, do Instituto Butantan, que também pesquisa a produção de anticorpos monoclonais neutralizantes no Brasil.
Do DCM

sábado, 2 de maio de 2020

GILMAR MENDES DIZ QUE MORO VAZOU DELAÇÃO DE PALOCCI PARA FAVORECER BOLSONARO E PREJUDICAR HADDAD

Ministro do STF diz que Sergio Moro vazou propositalmente a delação do ex-ministro do PT Antonio Palocci no segundo turno das eleições de 2018 com o propósito de favorecer Jair Bolsonaro.
Sérgio Moro e Gilmar Mendes (Foto: ABr | STF)
O ministro do Superior Tribunal Federal, Gilmar Medes, concedeu entrevista ao portal Época e acusa Sergio Moro de vazar propositalmente a delação do ex-ministro do PT Antonio Palocci no segundo turno de 2018 com o propósito de favorecer Jair Bolsonaro e prejudicar Fernando Haddad. 
“Ele (Moro) estava muito próximo desse movimento político, tanto que no segundo turno ele faz aquele vazamento da delação do Palocci. A quem interessava isso? Ao adversário do PT. Depois, ele aceita o convite, que é muito criticado, para ser ministro deste governo Bolsonaro, cujo adversário ele tinha prendido. Ficou uma situação muito delicada, se discute a correição ética desse gesto”.
Perguntado se houve uma intenção política premeditada por parte de Moro ao publicar a delação, respondeu Mendes: “A mim me bastam os fatos. O vazamento desta delação naquele momento tinha o intuito que se pode atribuir”.
Do 247

sexta-feira, 1 de maio de 2020

A CULPA QUE OS GENERAIS CARREGARÃO PARO O RESTO DA HISTÓRIA, POR FERNANDO BRITO

Na TV Afiada, esta semana, trato das culpas que carregarão os militares metidos neste governo pelo mal que estão causando pela sua cumplicidade com a criminosa postura de Jair Bolsonaro diante do que já está se tornando a hecatombe do corona vírus.
Sim, porque sem esta associação que Bolsonaro se sentiria autorizado a sair pelas ruas, incitando o povo a sair à rua, os comerciantes a exigirem a abertura das lojas, os loucos a pretenderem que a loucura impere. Tudo no momento que, de mil em mil ao dia, os brasileiros vão caindo doentes e já atingem os 6 mil as vítimas fatais desta tragédia.
Sim, tragédia, guerra cruel onde a coragem é comandar o entrincheiramento, a defesa, onde a valentia é a responsabilidade, onde a ousadia é lançar fora tudo o que possa por em risco a vida dos indefesos. Que somos todos, nós, diante do inimigo avassalador, ao qual esta gente se aliou, mandando os brasileiros morrerem na rua.
Quem deserta deste dever, é fraco. Quem dá suporte à loucura, é mais que isso, é cúmplice de uma insanidade que se espalha em tosse, em sangue , em morte.
E DISSO SAIRÁ INDELEVELMENTE MANCHADO.
Há uma camada de generais, alojados em cargos, famintos de pequenos poderes e de grandes ambições, que é uma desonra aos brasileiros que deram suas vidas na Itália contra o nazismo. Esta entrega a vida de seu próprio povo, indefesa, aos delírios de poder de um psicopata, do qual creem estar se servindo, mas que de quem se tornaram, afinal, as babás de suas traquinagens mortais.
Confira o vídeo: 
Do Tijolaço