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quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Diga Não ao Tio Sam, por Almir Forte

O novo ano começa com muitos desafios que poderão definir o futuro do Brasil como uma nação independente ou uma neocolonia do século XXI. Pelo andar da carruagem, sim, carruagem mesmo, puxada por animais quadrupedes, o comando do país segue firme no propósito de nos transformar naquilo que a humanidade sempre lutou para que não fossemos: Escravos.
As empresas públicas, as Estatais e Autarquias sempre recorrem até a última instância quando as decisões judiciais lhe são desfavoráveis nas esferas civil, trabalhista ou penal. Isso, porque além de possuir um grande corpo jurídico, há fiscalização permanente dos órgãos de controle interno, auditorias especiais e independentes para impedir a empresa de arcar com qualquer prejuízo que não tenha transitado em julgado.
Agora, a Petrobras, sob a Presidência e direção de um serviçal norte-americano, pretende pagar 10 bilhões de Reais através de um acordo extrajudicial, aos acionistas da bolsa de New York, que alegam possíveis prejuízos em suas aplicações devido aos casos de corrupção que envolveram a empresa. Isso tudo sem qualquer contestação e sem que tal prejuízo seja confirmado pela justiça daquele país, enquanto a AGU - Advocacia-Geral da União – está preocupada em defender no STF a posse da filha do ex-deputado e bandido Roberto Jefferson no cargo de Ministra do Trabalho
E os acionistas brasileiros terão o mesmo tratamento? Quantos bilhões serão pagos aos brasileiros? Certamente o acionista nacional que alegar qualquer prejuízo causado pela corrupção patrocinada pelas grandes empresas aos diretores da Petrobras – que também foi a vítima – terá que provar na justiça brasileira e esperar até que os recursos sejam julgados em todas as instâncias e transitados em julgado, o que certamente levará algumas décadas.
Essa submissão da presidência da Petrobras ao imperialismo foi duramente criticada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) que, em nota intitulada “Ao Deus Mercado, tudo”, rejeitou o acordo por “satisfazer unicamente os interesses do capital privado e da especulação financeira”. E denunciou que a Petrobras, ao mesmo tempo em que se dispõe a pagar “fácil para o mercado americanos valores questionáveis, tenta renegociar a dívida interna tributária com o governo federal”. Isto é, não quer pagar impostos que deve ao governo brasileiro, mas aceita “pagar ao mercado financeiro americano”.
E assim, o ano que mal começou anuncia muitos pesadelos, o Freddy Klueger não pretende ficar apenas no Palácio do Jaburu contabilizando e pagando deputados para votarem contra os brasileiros, distribui milhões aos grandes grupos de mídia para garantir que apresentem suas maldades como se fossem belas iniciativas, mas que certamente conduzirá o país a um futuro desprezível, sem perspectivas e nos transportará ao deserto onde somente uns poucos privilegiados desfrutarão a vida, enquanto a grande maioria tentará sobreviver no mundo do desespero e da miséria.
Ainda é tempo de construir uma nova história para um país que tem muito a contribuir com a humanidade, reconstruindo a unidade da América do Sul no caminho de um desenvolvimento livre, independente e soberano. Não devemos mais nos ajoelharmos diante do capital estrangeiro em detrimento aos interesses nacionais.
Do GGN

quinta-feira, 8 de março de 2012

Especialistas dizem que o desafio das mulheres agora é ampliar as conquistas

A conquista do direito ao voto feminino ocorreu em etapas e períodos distintos no mundo. Da Europa às Américas, passando pela África e Ásia, as mulheres obtiveram o direito de escolher seus candidatos. Mas é necessário ampliar essas conquistas, segundo especialistas ouvidos pela Agência Brasil. Ao visitar o Canadá, que faz parte do G20 (grupo dos países mais ricos do mundo), o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral Walter Costa Porto disse ter se surpreendido com a conquista das eleitoras canadenses.
“Estive no Canadá e me surpreendi com a participação da mulher. Liberdade absurda. A não dependência do marido e de um casamento [por exemplo]. Evidentemente conquistaram seu papel na sociedade”, ressaltou o ex-ministro. No Dia Internacional da Mulher, a Agência Brasil publica uma série de reportagens especiais sobre a trajetória feminina na busca pela visibilidade no campo político.

No Canadá, a mulher obteve o direito de votar em 1918. Onze anos depois, as mulheres lutaram contra uma decisão judicial que as impedia de assumir cargos no Senado. A história mostra que, desde então, as mudanças sociais em relação às mulheres foram se fortalecendo. Na vida familiar, as mudanças levaram à ampliação da inclusão feminina no mercado de trabalho - em 1991, 60% já faziam parte da mão de obra assalariada.

O ex-ministro lembrou também a trajetória das mulheres no Reino Unido, cuja participação feminina na política também foi tardia. Na década de 1910, havia protestos estimulados pelos defensores do direito ao voto, que conseguiram a conquista apenas em 1918 por meio do Representation of the People Act – ato do Parlamento britânico que levou à reforma da legislação eleitoral.

Segundo Costa Porto, as mulheres britânicas começaram a ocupar os espaços dos homens no mercado de trabalho e era impossível ignorar que a participação feminina havia se fortalecido. Ele explica que: “[Após fortes manifestações] os homens chegaram a um ponto que não tinham como negar o voto à mulher”.

Na França, o processo de participação feminina na política foi desencadeado pela Revolução Francesa (1789-1799). Apesar disso, no século 18, as vozes feministas que reivindicavam o direito ao voto e ao espaço no cenário político foram abafadas. Na época, os homens eram intolerantes com suas mulheres e seus filhos. Esse tratamento preocupava as mulheres que lutavam pelo sufrágio.

De acordo com a professora da Universidade de Brasília (UnB) Liliane Machado, especialista em feminismo, o movimento sufragista feminino no Brasil teve influência dos movimentos feministas da Europa e dos Estados Unidos. “Esses movimentos já tem uma longa data e tem uma experiência de vários departamentos que trabalham com isso [luta pelos direitos das mulheres]”.

Para a representante da Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres Brasil e Cone Sul, Rebecca Tavares, a eleição de presidentas no Chile (ex-presidenta Michelle Bachelet) , na Argentina (a atual presidenta Cristina Kirchner) e no Brasil (Dilma Rousseff) não significa que as mulheres têm pleno acesso às esferas de representação política.

“As mulheres como presidentas têm [uma grande] popularidade, mas as mulheres como parlamentares não têm esse sucesso. Na América Latina, 22% dos parlamentares são mulheres. Não diria que o sucesso das mulheres como presidentas é um indicador de que elas o têm pelo acesso à participação política”, disse Rebecca Tavares.

A representante da ONU acrescentou ainda que o desenvolvimento econômico e a participação política não estão ligados. Como exemplo, ela citou uma das nações mais importantes do mundo, os Estados Unidos, que até hoje não elegeram uma presidenta. “A desigualdade de gênero e a discriminação existem em todo o mundo, independentemente de nível de desenvolvimento econômico. Nos Estados Unidos, a participação de mulheres no Parlamento está muito abaixo da média”, disse ela.

De acordo com Costa Porto, em alguns estados norte-americanos, as mulheres já votavam no século 19. Nessa época, elas se envolveram na abolição da escravatura. Susan Brownell Anthony, uma das engajadas nessa luta, também levou a proposta para a aprovação da emenda de concessão o direito ao voto para as mulheres. Nos Estados Unidos, três mulheres chegaram a ocupar o cargo de secretário de Estado, o equivalente a ministro de Relações Exteriores – Madeleine Albright, Condolezza Rice e Hillary Clinton.
 
Com informações da Agência Brasil