Enquanto Lula está preso na Lava Jato e tem seu instituto e
empresa de palestra na mira da Justiça, Fernando Henrique Cardoso, que foi
flagrado em e-mail pedindo "o de sempre" (dinheiro) para a Odebrecht,
sequer foi incomodado pelos procuradores de Curitiba ou juiz Sergio Moro - que
estão em posse desses e-mails só agora revelados na imprensa.
Em artigo no Balaio do Kotscho, o jornalista Ricardo Kotscho
ironiza: quer dizer que FHC era "freguês da Odebrecht e só Moro não
sabia?"
"Marcelo Odebrecht ficou mais de dois anos preso em
Curitiba sob os cuidados de Sergio Moro, que o condenou, mas nunca foi chamado
pelo juiz para esclarecer o conteúdo dos emails encontrados nos discos rígidos
do computador do empresário."
O episódio, na visão do jornalista, só reforça a "minha
impressão, cada vez mais generalizada, de que na nossa Justiça impera a teoria
de dois pesos e duas medidas, a depender de quem são os políticos
envolvidos."
"Uns vão para a cadeia; outros não são nem importunados,
mesmo que haja provas cabais para a instalação de processos."
Kotscho destacou que "é a primeira vez, que o nome de
FHC aparece, com provas, como arrecadador de recursos para campanhas tucanas,
mas o assunto não mereceu manchetes no noiticiário. O que
aconteceu?"
FHC respondeu à grande mídia que pode ter pedido recursos
para campanhas de tucanos, mas tudo dentro da legalidade e não pode ser
questionado por ter favorecido empreiteiras, pois ele não era mais presidente
quando fez as cobranças. A desculpa não convenceu Kotscho.
"Existe em campanhas algo chamado 'expectativa de poder'
que move os doadores de recursos e FHC certamente conhece este fenômeno. (...)
FHC também conhece, certamente, aquela expressão de que não há 'almoço
grátis'."
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Do GGN