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sexta-feira, 28 de abril de 2017

Os movimentos sociais sustentam que é a maior greve da história do Brasil #BrasilEmGreve

Antes mesmo de a #BrasilEmGreve atingir os trends topics mundiais do assunto mais comentado no mundo nas redes sociais e de o país aderir em massa à paralisação, contando com todos os segmentos e sindicatos de trabalhadores, os movimentos sociais já calculavam o 28 de abril como uma das maiores greves da história do Brasil.

Organizado por sindicatos e pela Central de Movimentos Populares (CMP) e da Frente Brasil Popular, as ações foram aderidas por grande parte da população para mostrar a insatisfação com a Reforma Trabalhista e da Previdência do governo de Michel Temer.

De acordo com o coordenador da CMP, Raimundo Bonfim, em entrevista à Rede Brasil Atual ainda nesta quinta-feira (27), quando as mobilizações estavam ainda sendo discutidas pelas centrais, a dimensão do ato de hoje ocorre graças à coesão e unidade de amplos setores sociais e populares.
  
"Além do engajamento do movimento sindical, que tem a tarefa de parar a produção e circulação das riquezas e pessoas, é uma greve que vai ter muitas ações desenvolvidas por movimentos sociais e populares. Existe uma forte unidade dos movimentos popular e sindical, das centrais sindicais, das frentes Brasil Popular e Povo sem Medo", afirmou.

Segundo o dirigente, o cenário é suficiente para "afirmar que será a maior greve da história do Brasil". Bonfim também negou que as paralisações sejam apenas reações de sindicatos e de federações trabalhistas.

"Tem muita gente que acha que a greve é uma tarefa só do movimento sindical, e a novidade dessa greve é que os movimentos populares e sociais estão fortemente engajados na sua construção", disse. Uma vez que toda a sociedade está sendo alvo dos ataques a direitos trabalhistas, com as reformas e o projeto de terceirização, juntamente com a grande reprovação ao governo Temer, fica claro que o engajamento para os atos de hoje vem de todos.

"A greve está sendo discutida mesmo pelas pessoas que têm alguma contrariedade. Existe de fato um sentimento da população de que haverá essa greve geral no Brasil", contou. "Vamos manifestar de forma tranquila e pacífica, de acordo com o direito de manifestação garantido pela Constituição", concluiu.

Após os preparativos, o fechamento de fábricas, escolas, universidades, transportes, aeroportos, comércio, rodovias, e a ampla adesão deu a resposta clara da população nas ruas contra as medidas econômicas tentadas pelo governo peemedebista.

Logo pela manhã, além das principais fábricas e petrolíferas acordarem sem trabalhos. Em São Paulo, além dos ônibus e metrôs paralisados, movimentos sociais barraram as principais vias de acesso ao aeroporto Internacional de Guarulhos, e outras rodovias importantes, como a Regis Bittencourt. No Rio de Janeiro, foram bloqueadas a ponte Rio-Niterói e a Transoeste.

Em Recife, o bloqueio ocorreu na Avenida Norte e Cruz Cabuçá. Em Natal, os movimentos e grupos de trabalhadores fecharam a BR 101. Metalúrgicos, montadoras e indústrias químicas de todo o Brasil, principalmente na grande São Paulo, tiveram a produção suspensa.

Somente no ABC Paulista e em Ribeirão Pires, os trabalhadores fecharam as fábricas da Ford, Volkswagen, Mahle, Arteb, ZF, Alpina, SMS, Arteb, Magna Cosma Internacional, Basf, Lukscolor, Sanko, EMS, Novak, Sherwin Willians, TRW e Marcolar. 

Servidores públicos também não temeram as paralisações. Funcionários da Saúde, Previdência e Assistência Social aderiram aos movimentos junto à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS/CUT). 

Trabalhadores do transporte de São Paulo e de Belo Horizonte tampouco se deixaram assustar pelas ameaças de multas dos governos municipais e estaduais com a paralisação das operações. Garantiram a greve geral por 24 horas. 

Os aeroviários da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil da CUT (Fentac) iniciaram as mobilizações da categoria, desde o aeroporto internacional de Guarulhos, mas também Salgado Filho, em Porto Alegre, e o Gilberto Freyre, no Recife. Professores de escolas públicas e particulares, além de universidades, também públicas e privadas, aderiram à paralisação geral. 

Durante o lançamento do manifesto Projeto Brasil Nação, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) resumiu o sentimento da população manifestado por todo o país neste 28 de abril: "O Brasil não aguenta até 2018".

Do GGN