O senador
afastado Aécio Neves (PSDB-MG), responsável pelo golpe que arruinou a economia
e a imagem do Brasil, acaba de ser denunciado pelo procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, por corrupção e obstrução judicial.
De acordo
com as delações da JBS, Aécio recebeu propinas de R$ 2 milhões, em troca de
benefícios no governo de Michel Temer.
A irmã de
Aécio, Andrea Neves, o primo Frederico Pacheco e o advogado Mendherson Souza
Lima também foram denunciados, mas apenas por corrupção passiva. Os três foram
presos na Operação Patmos, deflagrada em 18 de maio.
A denúncia
fortalece pedido de prisão que poderá ser julgado já na próxima semana.
Leia mais na
reportagem da Agência Brasil:
Janot
denuncia Aécio Neves ao STF por corrupção e obstrução da Justiça
André
Richter - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou hoje (2)
denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o senador afastado Aécio
Neves (PSDB) pelos crimes de corrupção e obstrução da Justiça. Na denúncia, a
PGR acusa Aécio Neves de solicitar R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista,
um dos delatores da JBS.
A irmã do
parlamentar, Andrea Neves, o primo de Aécio, Frederico Pacheco, e Mendherson
Souza Lima, ex-assessor do senador Zezé Perrela (PMDB-MG), também foram
denunciados. Todos foram citados na delação premiada da JBS. De acordo com o
procurador, o recebimento do valor teria sido intermediado por Frederico e
Mendherson, que teria entregue parte dos recursos em uma empresa ligada ao
filho de Perrella. A denúncia está baseada em gravações feitas pela Polícia
Federal, durante uma ação controlada.
A denúncia
será analisada pelo ministro Marco Aurélio e julgada pela Primeira Turma do
Supremo, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Luiz Fux. A data ainda não foi definida.
Sobre a
acusação de obstrução da Justiça, Janot sustenta na denúncia que o senador
afastado tentou embaraçar as investigações da Operação Lava Jato, na qual
também é investigado, ao "empreender esforços" para interferir na
distribuição dos inquéritos dentro da Polícia Federal. Ao fim, o procurador
solicitou ao STF que Aécio e sua irmã sejam condenados ao pagamento de R$ 6
milhões por danos decorrentes dos casos citados de corrupção.
A defesa do
senador afastado têm alegado que o pedido de dinheiro a Joesley Batista, feito
em conversa gravada pelo delator, foi um empréstimo. Em vídeo divulgado
recentemente, Aécio disse que o valor se referia à venda de um apartamento da
família dele a Joesley. Segundo Aécio, a partir de então, Joesley armou uma
situação na qual o empréstimo de R$ 2 milhões pareceria um ato ilegal. O
senador nega que tenha havido qualquer contrapartida pelo empréstimo,
descaracterizando atos de corrupção.
247