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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Motorista sobrevive após 5 dias só com laranjas


Depois de quatro dias sem notícias sobre o paradeiro do caminhoneiro gaúcho Renato Varela de Oliveira, que sobreviveu a um acidente na PR-151, o dono do veículo, Tiago Metz, saiu à procura do motorista que viajava de São Paulo ao Rio Grande do Sul. A busca começou na manhã de quarta-feira (6) e só se encerrou às 17h de quinta (7), cinco dias depois do último contato, quando Renato foi encontrado coberto pela carga de laranjas que deveria ter sido entregue na segunda-feira (4), em  Harmonia, no Vale do Caí.
Acompanhado do pai do caminhoneiro, Arzelino Varela, e de um amigo, Metz contou ao G1 os momentos de apreensão vividos pelos três durante a busca. "Não tivemos nenhum retorno das autoridades e achamos por bem ir atrás dele. A família estava preocupada, nós estávamos muito preocupados. Quando chegamos ao pedágio de Itararé constatamos que ele havia passado por lá. Seguimos a viagem e descobrimos que ele não tinha passado pelo pedágio de Jaguariaíva. A partir daí, tudo ficou mais fácil", relata

"Vasculhamos a região olhando para a beira da estada, no mato. Pensamos que ele pudesse ter sido assaltado. Foi quando avistamos o caminhão, tombado em um barranco, mas bem longe da rodovia. Era dificil de perceber. Nos aproximamos do veículo rapidamente e ele com começou a bater na cabine do caminhão. Foi um alívio encontrá-lo vivo", desabafa Metz.

O trabalho de remoção com os Bombeiros demorou cerca de quatro horas. Somente às 21h desta quinta (7), o caminhoneiro foi libertado das ferragens e levado para o hospital de Jaguariaíva, onde permanece em observação.

Segundo o relato de Tiago Mentz, o caminhoneiro sobreviveu os cinco dias comendo as laranjas que estavam sendo transportadas e que invadiram a cabine com a queda. "Ele estava fraco, sobreviveu comendo as laranjas. Mas agora ele está bem, conversando com todo mundo. A gente espera que ele tenha alta até amanhã", afirmou o dono do caminhão.
Ainda internado no Hospital Carolina Lupion, o caminhoneiro contou ao G1 como as laranjas que caíram dentro da cabine do caminhão garantiram sua sobrevivência. "Foi horrível. Eu passei pelo menos dois dias embaixo de chuva. Graças a Deus as laranjas caíram na cabine do caminhão e como eu estava somente com as pernas presas, consegui alcançá-las e sobreviver com elas. Acho que chupei pelo menos uma dúzia", explica Oliveira.

Fonte: G1