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quinta-feira, 29 de março de 2018

Nós temos de responsabilizar o senhor Bolsonaro por isso: bandido, criminoso, sem vergonha!, diz Gilherme Boulos

O pré-candidato do Psol ao Planalto, Guilherme Boulos, sugeriu a criação de uma frente democrática para combater o fascismo no Brasil.
Foi durante o último ato da Caravana de Lula pelo Sul, em Curitiba. Boulos nomeou o pré-candidato Jair Bolsonaro como um dos articuladores da onda de ódio que marca a atual conjuntura política.
No mesmo dia, depois de desembarcar em Curitiba e ser carregado pelos corredores do aeroporto, Bolsonaro viu seus planos de “encarar Lula” naufragarem: a concentração convocada para a praça 19 de novembro, perto de onde o ex-presidente fez seu último ato da caravana, foi cancelada.
Como mostrou o blogueiro Fernando Brito, no Tijolaço, sobre um carro de som, ainda no aeroporto, Bolsonaro simulou o fuzilamento de Lula (ver foto abaixo).
Como escreveu Sergio Lirio na CartaCapital, foi a batalha de Itararé de Bolsonaro:
Bolsonaro viajou a Curitiba disposto a confrontar Lula em uma espécie de duelo ao pôr-do-sol, um “mano a mano” típico de faroeste. Com sua agenda beligerante capturada por Michel Temer desde a intervenção federal no Rio de Janeiro e com o aumento de competidores na corrida presidencial, o ex-militar procura desesperadamente uma brecha nos holofotes, antes que a turba encontre ou seja induzida a seguir outro missionário.
Confira a íntegra do discurso de Guilherme Boulos:
Nós viemos aqui, presidente Lula, trazer a nossa mais sincera solidariedade a você, à militância do PT, à militância que acompanhou essa caravana, contra as agressões covardes e criminosas que os fascistas fizeram.
Agressões que levaram a quatro tiros.
Essa gente já passou de qualquer limite. Fazem apologia à violência e ao ódio.
Essa gente está plantado as perigosas sementes do fascismo no nosso país.
Vejam, quem é responsável por isso?
Eles tem cara e eles tem nome.
Nós não sabemos qual foi o fulano que apertou o gatilho.Mas nós sabemos quem de fato apertou esse gatilho. E quem apertou é quem está semeando esse ódio todo dia.
E nós temos que responsabilizar o senhor Jair Bolsonaro por isso: bandido, criminoso, sem vergonha!
Ele tem que ser responsabilizado por isso, que tem semeado essa onda fascista no país.
Mas isso não é um caso isolado: hoje fazem duas semanas do assassinato covarde e cruel da Marielle Franco no Rio de Janeiro.
Mulher negra, lutadora e que foi assassinada por um crime político.
Este mesmo clima de ódio, de fascismo, essa escalada de violência foi a que atirou em Marielle, foi a que deu os tiros ontem na caravana.
Isso é muito preocupante, isso deve nos chamar à unidade.
Todos sabem — a Manuela falou aqui — que na esquerda nós temos diferenças de posição e de ponto-de-vista.
Importante que seja assim, porque a nossa tradição não é a da intolerância, a do pensamento único — isso é do outro lado.
Agora, essas diferenças não podem e não vão nos impedir de sentar à mesa para defender a democracia em nosso país, e para enfrentar o fascismo.
Por isso Lula, Manuela, eu acho que já passou da hora da gente sentar para formar uma frente democrática para enfrentar o fascismo, esse processo, entre os partidos de esquerda, entre as candidaturas de esquerda, porque o que está ocorrendo nesse país é muito grave.
Com o fascismo não se brinca, com o fascismo não se conversa, fascismo se combate e nós só vamos conseguir combater com unidade.
Do Viomundo

sábado, 8 de julho de 2017

Tijolaço: O poder de um bandido acobertado pela Justiça

Não há quem duvide que Eduardo Cunha, como ele mesmo já disse, é o responsável direto – embora agisse em conluio com Michel Temer – pela derrubada do governo eleito de Dilma Rousseff.

Dado o grau do noticiário, já não dá para duvidar que sua delação será o tiro de misericórdia – ou à estaca no coração, como preferirem – de Michel Temer.

Como, agora, já se anuncia que Cunha tem munição para atingir também Rodrigo Maia, não apenas através de Moreira Franco, estamos na iminência de termos, pela terceira vez, um presidente da República nas mãos de um bandido.

Cunha, que era um deputado de segunda linha na década passada, foi um personagem que, embora menor, um dia será objeto de estudo dos historiadores.

Vai ser o símbolo da era em que o conservadorismo brasileiro aliou-se, cada vez com mais entrega, a alguém que, como um gângster, poderia ser útil para fustigar e, afinal, derrubar, governos progressistas.

Se Cunha. porém, não é o pior que existe nesta nova fase da política brasileira.

Sua trágica importância é ter sido o estopim para algo ainda pior do que a súcia de malfeitores que sua ação levou ao poder, e da qual ele parece ter a contabilidade pregressa.

Cunha, pela sua abjeção, funciona como um legitimador de um processo que, com ele e outras pequenas e grandes ratazanas, vai mergulhando o Brasil um eleitor vale um milhão de vezes menos que um delator.

E, quem sabe, para quem começou derrubando uma presidenta de 54 milhões de votos, acabe sendo um simbólico final de carreira derrubar um presidente de 54 mil votos, todos os que teve Rodrigo Maia para se habilitar a ser o “presidente do mercado”.

Tijolaço