Para
fechar seu acordo de delação premiada e passar para a prisão domiciliar, o
ex-ministro Antonio Palocci terá de focar seus depoimentos em banqueiros e empresários, além do
ex-presidente Lula.
Preso
desde setembro de 2016, o petista tem se dedicado, no último mês, à elaboração
de sua proposta de acordo com a Procuradoria-Geral da República e a força
tarefa da Lava Jato em Curitiba.
Para
ter sua delação aceita pelos investigadores, Palocci decidiu revelar os
detalhes de operações supostamente irregulares cometidas pelo ex-presidente e
um dos donos do BTG Pactual, André Esteves, e o ex-dono do Pão de Açúcar Abílio
Diniz.
As
informações são de reportagem de Bela Megale e Marina Dias na Folha de S.Paulo.
"Até
o momento, Palocci se reuniu apenas uma vez com os procuradores. Na conversa,
mostrou-se reticente a entregar políticos com foro privilegiado. No entanto, a
atitude foi revista depois que investigadores disseram que, sem isso, não
haveria acordo.
Depois
que foi preso, Palocci colocou um prazo de seis meses para sua defesa antes de
começar a negociar uma delação. Como até abril não houve nenhuma decisão de
tribunais superiores a favor de sua soltura, deu início às tratativas,
comandadas hoje pelos advogados Adriano Bretas e Treacy Reinaldt.
A
defesa de Lula afirmou que a Lava Jato "não conseguiu apresentar qualquer
prova sobre suas acusações contra o ex-presidente'."
Em
nota, o BTG Pactual negou envolvimento na compra do banco Panamericano. "O
BTG Pactual esclarece que não foi parte ou teve qualquer envolvimento na compra
de participação do Banco Panamericano pela CAIXAPAR em 2009. A transação do BTG
Pactual foi feita em 2011 com o então controlador, Grupo Sílvio Santos, cuja
venda foi definida no contexto das dificuldades enfrentadas pelo Banco
Panamericano à época", disse o banco por meio de sua assessoria de
imprensa.
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