A menos de uma semana
no posto de candidato oficial do PT à Presidência, Fernando Haddad já aparece
em segundo lugar na pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda (17), com 7 pontos
de vantagem sobre Ciro Gomes, e atrás de Bolsonaro, que está 11 pontos na
frente do petista. É a primeira vez que Haddad numa pesquisa CNT/MDA, portanto,
não há detalhes sobre o desempenho do ex-prefeito de São Paulo neste estudo.
Na pesquisa estimulada,
Haddad emplacou 17,6% das intenções de voto, contra 28,2% de Bolsonaro. A
pesquisa, como 2,2 pontos percentuais de margem de erro, foi feita entre 12 e
15 de setembro. Haddad foi lançado candidato pelo PT, em substituição a Lula,
no dia 11.
Se o segundo turno
fosse hoje, Bolsonaro estaria à frente de Haddad, com 39% contra 35,7% do
petista. Tecnicamente, o resultado é um empate no limite da margem de erro,
pois Bolsonaro poderia estar na casa dos 36% ou 37%, e Haddad, no patamar dos
37%.
Se a eleição fosse
hoje, Ciro Gomes ficaria atrás de Haddad, no terceiro lugar, com 10,8%. Geraldo
Alckmin teria 6,1% e Marina, 4,1%. Brancos, nulos e indecisos somam 25,7%.
Haddad e Bolsonaro têm
um patamar de mais de 70% de eleitores que dizem que o voto é definitivo: são
78,2% no caso do ex-capitão e 75,4%, com Haddad.
Já entre Ciro, Marina e
Alckmin, mais de 50% do eleitorado de cada um diz que ainda pode mudar de voto.
SEGUNDO TURNO
Se a eleição de segundo
turno fosse hoje, Ciro e Bolsonaro teriam empatados na margem de erro, com
vantagem numérica para o ex-governador do Ceará, com 37,8%. Bolsonaro teria
36,1%.
Com Alckmin, Bolsonaro
ganharia com mais de 10 pontos de vantagem: por 38,2% a 27,7%. O desempenho de
Alckmin é pior, portanto, do que o de Haddad, embora o tucano queira apelar
para o voto útil.
Marina e Bolsonaro
também tem placar parecido, com 39,4% para o deputado e 28,2% para a
ex-senadora.
Entre Ciro Gomes e
Haddad, o primeiro venceria por 38,1% contra 26,1% do petista.
Entre Ciro e Alckmin, a
vitória seria do ex-governador do Ceará por 39% a 20%.
Entre Ciro e Marina, a
vantagem de Ciro é ainda maior: 43,8% a 17%.
Haddad venceria de Marina,
por 35% a 23%.
Marina e Alckmin
terminaria em 28% para o tucano e 25% para a mentora da Rede. É um empate no
limite da margem, porque o tucano poderia ter 26% e Marina, 27%.
POTENCIAL DE VOTO X
REJEIÇÃO
Cerca de 45% dos
entrevistados que disseram que poderiam votar em Ciro, contra 38% que não
votariam de jeito nenhum.
Com Haddad, 27%
poderiam votar, contra 47% que não votariam de jeito nenhum. O petista ainda
tem uma parcela de 13,1% que diz que só votaria nele, e 8% que não sabem quem
ele é.
Alckmin tem rejeição
maior que a de Haddad: 53% não votariam nele de jeito nenhum, contra 34% que
poderiam votar e 2,4% que só votariam nele. O tucano só tem 4% de
desconhecimento.
Bolsonaro lidera a
lista do é o único em quem votaria" com 23%. Outros 19% poderiam votar
nele, contra 51% que não votaria de jeito nenhum.
Marina é a preferida de
apenas 2%. Outros 33% poderiam votar nela e 57% a descartam em qualquer
hipótese.
Dessa forma, o
potencial de voto negativo de Bolsonaro é maior do que o de Haddad: 51% a 47%.
Eles perdem para Alckmin e Marina, com 53% e 57%, respectivamente. Ciro tem 38%
de potencial negativo e lidera no potencial positivo, com 51%.
ESPONTÂNEA
Na pesquisa espontânea,
Bolsonaro cresceu de 15% para 23% das intenções de voto.
Haddad saiu de 0,1%
para 9,1%.
Lula caiu da liderança
com 20,7% para 7,5%.
Ciro foi de 1,5% para
6,3%.
Alckmin e Marina
registraram os menores crescimentos entre os principais candidatos. O tucano
foi de 1,7% para 2,8% e Marina, e 1,1% para 1,7%.
GGN