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sábado, 3 de junho de 2017

Fachin é constrangido pela tropa de choque de Temer

Em claro clima de retaliação contra o relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin, deputados apresentaram nesta quinta-feira 1º um pedido para que a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara inquira formalmente o ministro, a fim de saber qual exatamente era sua relação com o ex-diretor da JBS Ricardo Saud; 32 deputados assinam o pedido; reportagem do portal Poder360 afirma que Saud ajudou Edson Fachin em candidatura ao STF.

A tropa de Michel Temer parte para cima do relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, e pede à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara que inquira formalmente o ministro, a fim de saber qual era sua relação com o ex-diretor da JBS Ricardo Saud.

O pedido foi apresentado nesta quinta-feira 1º, com a assinatura de 32 deputados. Reportagem do portal Poder360 afirma que Saud, delator na investigação, ajudou Edson Fachin em sua candidatura ao STF. A delação de Saud foi homologada por Fachin.

"Ao ser indicado para o STF (Supremo Tribunal Federal), em 2015, Edson Fachin percorreu os gabinetes dos 81 senadores. Amigos ajudaram a marcar audiências e a dar suporte à candidatura. O contato com alguns senadores foi facilitado também por Ricardo Saud, do grupo J&F, a empresa dona da JBS-Friboi", diz a matéria.

O documento da tropa pede, com sarcasmo: "Aguardamos as respostas de V. Excelência para que os fatos aqui elencados sejam devidamente esclarecidos e o sempre inatacável comportamento de magistrado, que o caracteriza, continue acima de quaisquer insinuações ou comentários desabonadores".

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domingo, 5 de fevereiro de 2012

CHOQUE DA PF CHEGA NA BAHIA PARA RETIRAR GREVISTAS, VEJA

O grupo de Operações Táticas da Polícia Federal iniciou no início da noite deste domingo (5) a ocupação da Assembleia Legislativa da Bahia, onde os policiais grevistas estão concentrados desde o último dia 31, quando o movimento foi deflagrado. Cerca de 40 policiais da tropa especial iniciam as negociações para a desocupação pacífica do prédio.
A energia elétrica foi suspensa no local, e, além da saída dos grevistas, os policiais federais buscam cumprir os 11 mandados de prisão expedidos pela Justiça. O comando da operação solicitou aos PMs que não recebam os agentes com violência. Os PMs em greve estão na companhia de mulheres, crianças, amigos e familiares e somam cerca de 350 pessoas, segundo os organizadores do movimento.

Nesta tarde, o presidente da Casa Legislativa, deputado Marcelo Nilo (PDT), pediu ao general Gonçalves Dias, comandante das forças de segurança na Bahia, que o local seja desocupado ainda neste domingo. A Justiça já decretou a ilegalidade do movimento há três dias e expediu 12 mandados de prisão, um deles foi cumprido nesta madrugada.

O deputado disse que "os trabalhos legislativos precisam voltar à normalidade e que a Assembleia não pode ser usada como abrigo para foragidos da Justiça." Nilo falou ainda que o pedido partiu dele mesmo, e não do governador. Após ser comunicado, o general G. Dias convocou uma reunião com outros integrantes que reforçam a segurança na Bahia para avaliar o pedid.

Também neste domingo, mais 135 militares do Batalhão de Infantaria Paraquedista que saíram do Rio de Janeiro e 15 militares de Brasília chegaram em Salvador para reforçar a segurança na Bahia. Circulam ainda na cidade, segundo a Secretaria de Comunicação do governo do Estado, quatro veículos blindados Urutu, de Recife. Está previsto para hoje ainda o transporte de mais 150 homens do Exército Brasileiro da capital pernambucana para Salvador.

100% de adesão em 32 cidades
No sábado (5), a Associação dos Policiais e Bombeiros da Bahia (Aspra) informou que a adesão ao movimento é de 100% do efetivo em 32 dos 417 municípios baianos, incluindo algumas das principais cidades do Estado, entre elas Ilhéus, Itabuna, Jequié, Vitória da Conquista e Senhor do Bonfim.

Policiais Integrantes do 20º Batalhão da Polícia Militar, do município de Paulo Afonso (a 484 km de Salvador), decidiram cruzar os braços sob a alegação de que o governo não vem cumprindo com algumas pendências. Na noite da sexta-feira, policiais da cidade de Barreiras (a 848 km da capital baiana) também aderiram ao movimento.

Crimes federais
Ainda ontem (sábado), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que, por solicitação do governo do Estado, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) já reservou vagas em presídios federais para encaminhar, se necessário, policiais que tenham cometido algum tipo de crime durante o movimento grevista.

Cardozo se reuniu com o governador da Bahia, Jaques Wagner, e disse que todas as ocorrências criminosas serão tratadas como crimes federais. "Todos os crimes cometidos nesse período são qualificados como crimes federais e serão tratados como tais. Seremos muito firmes no cumprimento do nosso dever", disse Cardozo em entrevista na Base Aérea de Salvador.

O ministro viajou à Bahia acompanhado do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general José Carlos de Nardi, e da secretária nacional da Segurança Pública (Senasp), Regina Miki. Cardozo considerou “inaceitável” a forma como os policiais estão conduzindo a greve. "O Estado de Direito não permite o abuso do próprio direito. Isso [a greve], da forma como está sendo tratado, é inaceitável."

Heliana Frazão
Do UOL Notícias, em Salvador