Lúcio Funaro
corretor financeiro é apontado como operador do deputado cassado Eduardo Cunha
e do PMDB da Câmara, chefiado por Michel Temer, Funaro prestou depoimento à
Polícia Federal em que acusa Temer de ter lhe orientado a realizar pagamentos
de propina envolvendo recursos do Fi-FGTS. Essas operações, segundo Funaro,
geraram "comissões expressivas, no montante aproximado de R$ 20
milhões".
Funaro disse
à PF que pagou uma "comissão" ao ministro da Secretaria-Geral da
Presidência e um dos principais aliados do presidente Michel Temer, Moreira
Franco. "O declarante [Funaro] pagou comissão desta operação a Eduardo
Cunha e a Moreira Franco; os pagamentos foram feitos em espécie, não se
recordando dos valores neste momento, mas que posteriormente irá
apresentá-los", disse Funaro, segundo o termo de depoimento, divulgado
pela Folha.
O doleiro
revelou também que pagou, em espécie, R$ 20 milhões para o ex-ministro Geddel
Vieira Lima, em "comissões" por liberações de crédito a empresas do
grupo J&F. Geddel era então "vice-presidente de pessoa jurídica da
Caixa Econômica" e o grupo J&F, holding que controla a JBS, segundo
Funaro, "tinha interesse em obter linhas de créditos junto a esta
instituição".
Leia texto
do jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, sobre o assunto:
Aconteceu o
pior pesadelo de Michel Temer e sua turma.
Lúcio
Funaro, o operador de Eduardo Cunha resolveu mesmo falar.
E disse
à Polícia Federal , segundo a Folha, que Temer fez “orientação/pedido”
para que fossem feitas duas “operações” de liberação de crédito junto ao Fundo
de Investimentos do FGTS para duas empresas privadas: BrVias e a
LLX.
Essas
operações, segundo Funaro, geraram “comissões expressivas, no montante
aproximado de R$ 20 milhões”.
O dinheiro,
segundo Funaro, foi destinado “principalmente” à “campanha para Presidência da
República no ano de 2014” e à campanha do ex-deputado federal Gabriel Chalita à
Prefeitura de São Paulo em 2012.
Funaro
relatou também que ouviu do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que havia
“conhecimento do presidente Michel Temer a respeito da propina sobre o contrato
das plataformas entre a Petrobras Internacional e o grupo Odebrecht”.
Ele afirmou ainda que pagou uma “comissão” ao ministro da Secretaria-Geral
da Presidência e um dos principais aliados do presidente Michel Temer, Moreira
Franco.
“O
declarante [Funaro] pagou comissão desta operação a Eduardo Cunha e a Moreira
Franco; os pagamentos foram feitos em espécie, não se recordando dos valores
neste momento, mas que posteriormente irá apresentá-los”, disse Funaro, segundo
o termo de depoimento.
No mesmo
depoimento, Funaro afirmou também ter pago, em espécie, um total de R$ 20
milhões ao ex-ministro Geddel Vieira Lima por “operações” na Caixa Econômica
Federal. Esse dinheiro, segundo o corretor, eram “comissões” por liberações de
crédito a empresas do grupo J&F.
Funaro disse
que foi ele quem apresentou Geddel ao empresário Joesley Batista, da JBS. O
peemedebista era então “vice-presidente de pessoa jurídica da Caixa Econômica”
e o grupo J&F, holding que controla a JBS, segundo Funaro, “tinha interesse
em obter linhas de créditos junto a esta instituição”.
“A primeira
operação efetuada para a J&F foi a liberação de operação de crédito para a
conta empresarial; Após essa [Funaro] fez mais empréstimos e outras operações
de crédito para a própria J&F e outras empresas do grupo, como Vigor,
Eldorado, Flora e Seara”.
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