O advogado Rodrigo Tacla Durán, em nota pública, voltou a
abordar temas que são mal interpretados pela grande mídia e inobservados pela
Força-Tarefa da Operação Lava Jato. Fala da situação fiscal de sua empresa,
considerada como 'empresa regular' pela Receita, após vasculharem todas as
transações ali ocorridas, devidamente declaradas e com impostos recolhidos. Uma
investigação que durou anos, com inúmeras prorrogações e a pedido da Força-Tarefa
da Lava Jato.
Vivendo em Madri, e sendo espanhol, Tacla relembra a todos
que tem endereço fixo e conhecido pelas autoridades, tanto espanholas quanto
brasileiras, inclusive o juiz de piso Sergio Moro. O advogado foi investigado
pela Receita Federal da Espanha, que concluiu não haver irregularidade ou
delito o envolvendo, o que levou à negativa de extradição por parte do governo
italiano.
O advogado colabora com a Justiça, tanto da Espanha quanto de
outros países, e não sofreu condenação criminal. Lembra o advogado que o
procurador Douglas Fischer, da Secretaria de Cooperação Internacional do
Ministério Público Federal, recomendou o envio à Espanha de quaisquer provas
contra ele em poder de Moro e dos procuradores de Curitibam conforme determina a
legislação em acordos e tratados internacionais. Moro e a Lava Jato não
informaram a Justiça da Espanha em nada, o que está em desacordo com a
lei.
Por fim, Tacla Durán lembra, a quem de direito, que
parlamentares apresentaram denúncia junto à Procuradoria Geral da República,
requerendo investigações sobre irregularidades ocorridas durante as negociações
de seu acordo de colaboração com a Força Tarefa do Paraná, em março de 2016.
Esse fato impede que, tanto os procuradores do Paraná quanto o juiz de piso Sergio
Moro, conduzam processos e investigações contra ele, 'uma vez que todos têm
interesse direto no desfecho de quaisquer causas envolvendo' seu nome.
Leia a nota a seguir.
Nota de
esclarecimento
1. No dia dia 25 de abril de 2017, após
dez pedidos de prorrogação de uma investigação iniciada em 14 de julho de 2015,
a Receita Federal encerrou o procedimento de fiscalização contra meu escritório
de advocacia sem lavrar auto de infração. Ou seja: toda minha movimentação
financeira foi corretamente declarada e os respectivos impostos recolhidos.
2. Conforme certidão emitida pela Receita
Federal no dia 20 de fevereiro de 2018, anteontem, o escritório Tacla Duran
Sociedade de Advogados tem situação fiscal regular.
3. Todos os trabalhos prestados para o
Grupo Triunfo foram indevidamente apreendidos em novembro de 2016, durante
busca e apreensão ilegal autorizada pelo juiz Sérgio Moro, desrespeitando o
sigilo profissional e outras prerrogativas, conforme despacho da presidência da
OAB-SP.
4. Sou espanhol, vivo em Madri com minha
família, meu endereço é conhecido pelas autoridades espanholas e brasileiras. O
juiz Sergio Moro tem meu endereço. A Justiça espanhola negou minha extradição
e, no dia 19 de dezembro de 2017, a Receita Federal da Espanha encerrou
fiscalização contra mim concluindo que eu não cometi qualquer irregularidade ou
delito.
5. Nunca sofri qualquer condenação
criminal e tenho colaborado com a Justiça Espanhola e de diversos países.
Embora o procurador Douglas Fischer, da Secretaria de Cooperação Internacional
do Ministério Público Federal, tenha recomendado o envio para a Espanha de
supostas provas contra mim em poder do juiz Sérgio Moro e dos procuradores de
Curitiba, conforme determinam acordos e tratados internacionais, até hoje isso
não foi feito ao arrepio da lei.
6. Há uma denúncia apresentada por
parlamentares junto à Procuradoria Geral da República, requerendo investigação
sobre irregularidades ocorridas durante negociações do meu acordo de
colaboração com a Força Tarefa do Paraná em março de 2016, o que torna
impedidos tanto os procuradores da Lava Jato, quanto o juiz Sergio
Moro, de conduzirem processos e investigações contra mim, uma vez que
todos têm interesse direto no desfecho de quaisquer causas envolvendo meu
nome.
Madri, 22 de fevereiro de 2018.
Rodrigo Tacla Duran
GGN