Michel Temer
recebeu o oligarca maranhense José Sarney (PMDB-AP), no Palácio do Planalto; a
informação foi postada pela jornalista Andréia Sadi, em seu perfil no Twitter;
acuado com as gravações que comprovam autorização para a compra do silêncio de
Eduardo Cunha por R$ 500 mil semanais, Temer cogitava renunciar à Presidência;
Sarney, no entanto, aconselhou Temer a não renunciar; a rejeição do
peemedebista seja superior a 90%.
Horas antes
de fazer pronunciamento na tarde desta quinta-feira, 18, Michel Temer recebeu o
oligarca maranhense José Sarney, no Palácio do Planalto. A informação foi
postada pela jornalista Andréia Sadi, em seu perfil no Twitter.
Acuado com
as gravações que comprovam autorização para a compra do silêncio de Eduardo
Cunha por R$ 500 mil semanais, Temer cogitava renunciar à Presidência. Mas,
Sarney aconselhou Temer a não renunciar.
Pouco
importa que o Brasil esteja à beira do abismo, a rejeição do peemedebista seja
superior a 90% ou clamor da população pelo afastamento do presidente.
Para Sarney
o que importa é manter seus privilégios de amigo íntimo e um dos patronos da
manobra que levou Michel Temer ao Planalto. Tudo em nome da vã esperança
de que com o PMDB na Presidência a oligarquia tenha sobrevida na política do
Maranhão.
Investigado
pelo Supremo Tribunal Federal (STF), sem apoio popular e com a base esfarelando
no Congresso Nacional, Temer atendeu aos apelos de Sarney. Bradou que não
renunciará e vai enfrentar as investigações da Polícia Federal e da
Procuradoria Geral da República.
De acordo
com os donos da JBS, os empresários Joesley Batista e seu irmão Wesley, Michel
Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um
assunto da J&F (holding que controla a JBS).
Depois, o
parlamentar foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley.
O empresário disse a Temer que estava dando ao ex-deputado federal Eduardo
Cunha (PMDB-RJ) e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem
calados. Diante da informação, Temer incentivou: "Tem que manter isso,
viu?". O teor das delações foi publicado pelo colunista Lauro Jardim, do
Globo.
Após dizer
nesta quarta-feira (17), que "jamais" solicitou pagamentos para obter
o silêncio de Cunha, Temer afirmou, nesta quinta (18) que não vai renunciar.
“Sei o que
fiz e sei da correção dos meus atos, e exijo investigação plena e muito rápida
para os esclarecimentos ao povo brasileiro. Essa situação de dúvida não pode
persistir por muito tempo”, disse Temer, em pronunciamento. "Não
renunciarei. Repito não renunciarei", disse.
Do 247 MA