O governador
do Maranhão, Flávio Dino, assinou, nesta quarta-feira (14), ordem de serviço
para a implantação do Banco de Alimentos em São Luís, na Central de Abastecimento
do Maranhão (Ceasa), para arrecadar e distribuir gratuitamente alimentos para
entidades socioassistenciais e pessoas em situação de vulnerabilidade social e
insegurança alimentar, de forma a combater a fome e o desperdício de alimentos.
Segundo o
governo, com investimento de aproximadamente R$ 1 milhão, o banco terá uma
ampla rede de doadores, entre os quais supermercados locais e estabelecimentos
atacadistas de produtos alimentícios, além da Ceasa, que se constituem como
potenciais fornecedores dos produtos que não estão próprios para a
comercialização, mas estão aptos ao consumo.
O chefe do
executivo estadual afirmou que o Brasil vive um momento de muita instabilidade,
mas no Maranhão “nós estamos empenhado em mostrar um caminho, um rumo, que tem
duas vertentes fundamentais: as contas em dia e as políticas sociais”.
Segundo
Flávio Dino, o banco unirá forças com o Projeto Cooperar, da Ceasa, que existe
há 17 anos e beneficia cerca de 300 famílias. “A gente vai aumentar e dar força
para o projeto que existe, para que ele atenda mais e melhor as pessoas. É um
trabalho de solidariedade ampla, não é um projeto do Governo apenas”, disse.
Com o Banco
de Alimentos, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) garantirá a
coleta, seleção, limpeza dos produtos e distribuição gratuita dos alimentos aos
beneficiários do projeto, que serão cadastrados de acordo com os critérios
exigidos para a participação. Entre eles, entidades socioassistenciais,
creches, escolas, asilos, associações de bairros, pessoas inscritas no
CadÚnico, famílias, crianças, adolescentes, adultos, idosos e outros em
situação de insegurança alimentar e vulnerabilidade social. Dessa forma, o
Governo do Estado vai diminuir o desperdício, preservando o meio ambiente e
também garantindo a segurança alimentar e nutricional das pessoas.
O secretário
da Sedes, Neto Evangelista, explicou que no Brasil o desperdício de alimentos é
elevado, e essa ação do Governo do Estado tem a missão de combater isso
proporcionando alimentação às famílias que estão em vulnerabilidade. De acordo
com o titular da pasta, o Maranhão, segundo o último PNUD (Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento), de 2014, é o estado com a maior insegurança
alimentar no país, 60,9% da população, por isso a determinação em construir políticas
públicas para a área.
“Através
desse índice, o governador Flávio Dino decidiu investir fortemente na política
de segurança alimentar, desde o aumento dos equipamentos, como restaurantes
populares, cozinhas comunitárias e agora o pontapé inicial para o Banco de
Alimentos que, além de fazer toda essa rede de arrecadação e doação de
alimentos, constitui uma rede de ensino e capacitação de segurança alimentar
para que a política não fique só no equipamento, mas que possa passar para
dentro das comunidades”, afirmou o secretário.
União de esforços
O presidente
da Ceasa, Milton Gadelha, enfatizou que atualmente a Central de Abastecimento
tenta zerar ao máximo o desperdício, por meio do Projeto Cooperar, que
beneficia as famílias cadastradas duas vezes por semana com 15kg a 20kg de
frutas e verduras distribuídas.
“Logicamente
ainda estraga alguma coisa, a gente acredita que é aproximadamente 500
toneladas ao mês. O Banco de Alimentos vai agregar uma importância muito maior
ao nosso projeto, que ainda é pequeno, vem com toda a força, com várias
parcerias, supermercados, grandes empresas, fornecendo cursos, isso vai
melhorar muito a condição das famílias mais necessitadas de São Luís e do
Maranhão”, comemorou o presidente da Ceasa.
Além de
trabalhar na limpeza dos alimentos como voluntária, Marcelina Barros é
beneficiária do projeto Cooperar e elogiou a iniciativa do Governo do Estado de
construir o Banco de Alimentos. “Eu estou muito feliz com essa parceria do
governador junto com a Ceasa para realizar mais esse projeto. No Cooperar eu
sou beneficiada, mas não sou só eu e minha família, aqui eu faço a minha
sacolinha e levo para minha comunidade e divido com os vizinhos. E isso para
mim é muito gratificante, agradeço a oportunidade de poder participar disso e poder
ajudar também”, contou.
247/Secom