Patriarca da
empreiteira que leva o nome da família, Emílio Odebrecht fez um diagnóstico da
corrupção no Brasil durante sua delação prremiada; profundo conhecedor dos meandros
do poder, Odebrecht foi categórico em seu depoimento: o modelo de corrupção
brasileira existe há mais de 30 anos; "O que nós temos no Brasil não é um
negócio de cinco, dez anos. Estamos falando de 30 anos atrás. Então tudo que
está acontecendo era um negócio institucionalizado, era uma coisa normal, em função
de todos esses números de partidos. Eles brigavam era por cargos? Não, era por
orçamentos gordos. Ali os partidos colocavam seus mandatários com a finalidade
de arrecadar recursos para o partido, para os políticos", afirmou.
Emilio
Odebrecht, patriarca do grupo empresarial que leva seu nome, afirmou em delação
premiada que os esquemas de corrupção investigados ocorrem “há 30 anos”, que
era uma “coisa normal” alimentada pela ânsia dos partidos em arrecadar recursos
para bancar os políticos.
– O que nós
temos no Brasil não é um negócio de cinco, dez anos. Estamos falando de 30 anos
atrás. Então tudo que está acontecendo era um negócio institucionalizado, era
uma coisa normal, em função de todos esses números de partidos. Eles brigavam
era por cargos? Não, era por orçamentos gordos. Ali os partidos colocavam seus
mandatários com a finalidade de arrecadar recursos para o partido, para os
políticos. Há 30 anos que se faz isso.
As
informações são de reportagem de Renata Mariz em O Globo.
"Em
outra delação, o ex-presidente da Odebrecht, Pedro Augusto Ribeiro Novis,
revelou as irregularidades praticadas pelo grupo nas décadas de 1980 e 1990
durante a gestão de Brizola, Maluf, Álvaro Dias, Marcelo Miranda, Orestes
Quércia, Luiz Antônio Fleury e Esperidião Amim.
Emilio
Odebrecht, em seu depoimento, afirmou que, mesmo distante do dia a dia da
empresa, não conseguiu transferir para o filho, Marcelo, relacionamentos
importantes com quatro pessoas: Antonio Carlos Magalhães, falecido, o então
presidente da Venezuela Hugo Chávez, o presidente de Angola, José Eduardo
Santos, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O delator disse que
'procurava influenciar' autoridades importantes, em um dos vídeos da delação
prestada a procuradores da República no âmbito da Operação Lava-Jato."
Com
informações do 247