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sexta-feira, 26 de maio de 2017

As mentiras envolto a carnificina humana do Pará

Paulo Fonteles Filho*: Mentiras sobre o massacre no Pará começam com um “arsenal” de armas de caça; telejornal “que não tem lado” fez press release nojento.

A postura da Globo, está comprovado, é a de quem não tem lados. Ali Kamel, no artigo em que criticou colunista da Folha de S. Paulo.

As mentiras do general e a curva do “S” de Temer e Jatene.

“Eu entendo que não eram trabalhadores rurais. Eles estavam armados”.

(General Jeannot Jansen, Secretário de Segurança Pública do Pará)

Sim, general, eram trabalhadores rurais os chacinados em Pau D’arco, sul do Pará.

Não eram quadrilheiros, bando de malfeitores ou criminosos de índole vil, como corrupiões zangados.

Era gente, general.

No corolário da tragédia anunciada desta Amazônia tão espoliada e ultrajada cometes, caro Jeannot Jansen, mais um tosco crime contra a consciência social de nosso povo, o da mentira.

E a mentira não tem só pernas curtas, ela, sobretudo, alimenta a impunidade.

A primeira mentira é a do confronto, de que os ocupantes da fazenda Santa Lúcia teriam recebido agentes de segurança do estado à bala.

Um escarcéu vergonhoso tentou ser montado com a apresentação de armas de caça, numa região onde todo camponês tem sua vinte.

O que não for espingarda de caça sugere mais um “plantio” das carabinas, conhecemos bem essa prática.

A segunda mentira, histórica, é de que os trabalhadores são “invasores”.

No alvorecer pérfido das explicações governamentais uma profunda ignorância — será? — sobre as últimas cinco décadas na Amazônia e todo processo que a penetração do capital ensejou na maior — e mais abandonada — região do país.

Aqui, a grilagem corre solta com o apoio da polícia, cartórios, judiciário, governos e políticos picaretas.

O Pará, segundo os registros cartorários, tem quatro vezes o seu tamanho.

A família Babinski, supostamente proprietária da fazenda Santa Lúcia, é denunciada por transformar terra pública — que deveria servir para assentar pequenos agricultores — em pasto privado, com direito a jagunços, decisão judicial, proteção do generalíssimo e meganhas de dedos mais que quentes.

A terceira mentira é a própria descaracterização do perímetro da chacina.

Como, em sã consciência, policiais experientes devassam o local e só apresentam os mortos em Redenção? Essa turma não assiste CSI?

Um engodo macabro vai se enredando e a mentira dança com as botas do satanás.

Nessas horas sinto saudades do Ariano Suassuna.

Todos sabemos — ou deveríamos saber — que o Pará é um reino de grileiros, latifundiários, pistoleiros e gatos do trabalho escravo.

Há décadas que ostentamos os mais infames números e continuamos no topo do ranking da violência no campo.

Muitos acadêmicos e jornalistas já escreveram sobre isso e os movimentos sociais, por décadas, têm denunciado que a disputa de terras — sempre violenta contra os empobrecidos do campo — é a expressão cruenta da fronteira amazônica.

Mas não interessa se trabalhadores viram defuntos, apenas neste mês de maio 17 foram mortos em solo paraense. Não é mesmo?

Hoje, exatamente hoje, um dia após a chacina, 35 trabalhadores rurais foram presos em Canaã do Carajás (PA) sob acusação de esbulho e formação de quadrilha.

Em meio à crise política no país, marcada pelo golpe midiático e desmonte dos direitos sociais e trabalhistas, o episódio em Pau D’arco confere ao ilegítimo Temer e ao tucano Jatene – a cada um – uma curva do “S”.

Tal curva foi onde 19 trabalhadores foram mortos em 1996, em Eldorado dos Carajás, numa ação da PM paraense.

O impostor que ocupa o Palácio do Planalto tem sob seus ombros a responsabilidade de ter extinto à Ouvidoria Agrária Nacional e, com isso, sedimentou o caminho de retorno aos violentos conflitos no campo brasileiro, como são os casos de Colniza (MT) e Pau D’arco (PA).

A Ouvidoria, criada no governo de Fernando Henrique Cardoso, era um espaço de observatório, denúncia e apuração de situações de violência no espaço rural.

Liderada pelo corajoso e incansável Dr. Gersino José da Silva Filho era, sobretudo, um instrumento para a redução e pacificação das contendas fundiárias.

Temer é no mínimo um irresponsável, leviano. Isso sem falar na extinção, também, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, voltado à agricultura familiar e aos pequenos lavradores do país, além da aliança de alcova com o velho latifúndio, hoje travestido de agronegócio.

Mas, pro crime ser perfeito, tem que ter o dedo do Simão.

Há muitos anos que a Comissão Pastoral da Terra (CPT) ousa colocar a questão das terras do Pará em pratos limpos.

Aqui, o governo tucano celebrou acordos para vender terras públicas — à preço de banana — para poderosos grupos econômicos, como é o caso do banqueiro Daniel Dantas.

Essas denúncias são de 2012.

O que verdadeiramente depõe contra o Tucanistão do Norte e seus dirigentes é a umbilical relação com os poderosos do campo, dentre elas a Federação da Agricultura do Estado do Pará (Faepa), conhecida organização dos grandes proprietários rurais no estado.

Tal entidade nos lembra a União Democrática Ruralista (UDR) na década de 1980.

Nós, que sabemos o que é a viuvez e a orfandade não podemos permitir que mais essa chacina — e as mentiras envoltas em discurso oficial — possam seguir impunes, como centenas de casos de trabalhadores rurais mortos no campo paraense nas últimas décadas.

Justiça!

*Paulo Fonteles Filho é presidente do Instituto Paulo Fonteles de Direitos Humanos e militante do Partido Comunista do Brasil.


OBSERVAÇÃO: O telejornal que não tem lado, o Jornal Nacional, fez uma reportagem vergonhosa, nojenta, sobre o caso. A reportagem conseguiu culpar os mortos num “confronto” que não teve um policial sequer arranhado. A “reportagem” ouviu duas autoridades paraenses e nenhum parente das vítimas. O telejornal que não tem lado é exibido numa emissora que, incrivelmente, faz parte da associação do agronegócio! Duvida? Clique aqui. Ou aqui, no site da Abag, a Associação Brasileira do Agronegócio.

Viomundo

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Trabalhadores contra as reformas de Temer protestam nas ruas neste 1º de maio, veja a bela imagem em SP

Foto: Dino Santos/CUT
Passados dois dias da greve geral que contou com a adesão de mais de 35 milhões de trabalhadores, as centrais sindicais, sindicatos e movimentos populares, do campo e da cidade, voltam a se unir para ocupar as ruas nesse 1º de Maio contra as reformas trabalhistas e da Previdência que conduzidas pelo governo de Michel Temer.
  
De acordo com as entidades, em todos os atos que serão realizados ao longo do dia, com a participação de lideranças e artistas, as palavras de ordem são "nenhum direito a menos".

São Paulo
Depois de uma disputa na Justiça, em que derrubou uma liminar concedida ao prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), a CUT, garantiu o direito de fazer o ato político na Avenida Paulista. Com a central estarão ainda a CTB, Intersindical, a Frente Brasil Popular e a Frente Povo sem Medo. Após o ato político de resistência, que começa às 12h, os manifestantes seguirão em passeata até a Praça da República, no centro da cidade, onde haverá programação artística, com shows de Leci Brandão, Ilú Obá de Min, MC Guimê, As Baianas e a Cozinha Mineira, Bixiga 70, Mistura Popular, Marquinhos Jaca e Sinhá Flor.

Além da capital, outras regiões do interior paulista também farão atos do 1º de Maio. Em Campinas, a atividade unificada será na Avenida Francisco Glicério, s/n, em frente à Catedral de Campinas, com início às 10h. Já em Araraquara, a militância irá se encontrar a partir das 14h, na Praça Deputado Scalamandré Sobrinho, s/n, na Vila Ferroviária.

Rio de Janeiro
Após a forte repressão aos atos no dia da greve geral, as centrais sindicais e as frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo e Esquerda Socialista farão ato contra as reformas e também para denunciar a ação policial contra o direito de manifestação.

O evento, que contará com ato ecumênico, está sendo convocado para início às 11 horas, na Praça da Cinelândia, onde os manifestantes que vinham da Assembleia Legislativa foram atacados pela polícia com bombas de gás lacrimogêneo ainda na saída do ato. A PM chegou a atirar contra o deputado estadual Flávio Serafini (PSol) enquanto discursava, transformando a região central do Rio em uma praça de guerra.

Distrito Federal
 A CUT Brasília e as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizam o 1º de Maio da Classe Trabalhadora a partir das 9 horas, na Torre de TV. Segundo a direção da central, além de uma celebração, o evento será "de resistência na defesa dos direitos duramente ameaçados pelas medidas que tramitam no Congresso Nacional e ferem, de morte, a Constituição Federal, a legislação trabalhista e a CLT".

O ato de conscientização, mobilização e repúdio aos ataques aos direitos e à democracia será também de revigorar a unidade e pressão na defesa das nossas conquistas. Além de debates políticos, haverá shows com as bandas Bossa Greve e Samba de Tapera, além de tendas do Coletivo de Mulheres e a das Frentes, além de brincadeiras dirigidas para as crianças.

Rio Grande do Sul
CUT, CTB, UGT, Nova Central, CGTB, Intersindical, CSP-Conlutas, Força Sindical e Pública, partidos progressistas e movimentos sociais vão se reunir a partir das 10 horas, em ato de resistência junto ao Monumento do Expedicionário, no Parque da Redenção, em Porto Alegre. A direção da CUT gaúcha destaca que, se no início do século passado a classe trabalhadora lutava por direitos sociais, trabalhistas e previdenciários, hoje a luta continua pela manutenção dos direitos conquistados.

Como a destruição dos direitos adquiridos afetam também a saúde e o meio ambiente, a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural, com apoio com a Associação Nacional de Catadores de Recicláveis, Rede Nacional de Advogados e Advogados Populares, Clube de Cultura, Radio na Rua e A Cidade que Queremos, entre outros coletivos, também estarão no Parque da Redenção para o ato em defesa do trabalho, da natureza e da saúde.

Pará
O ato político e cultural está previsto para início às 9 horas, na Praça da República, em Belém. CUT, CTB, Intersindical, Nova Central e Força Sindical e diversos movimentos sociais farão do encontro um ato político e cultural contra as reformas do presidente Michel Temer. Conforme a direção da CUT paraense, jovens sairão em passeata a rumo ao local do ato às 8h30.

Goiás
O 1º de Maio será celebrado pela CUT Goiás com a realização de um ato festivo-político e cultural, que contará com a presença de lideranças religiosas e políticas progressistas e muitos artistas com shows ao vivo. O palco será a Praça do Trabalhador, em Goiânia. E o objetivo, segundo a organização, será a união, o fortalecimento e a consciência da classe trabalhadora acerca de seus direitos fundamentais, como acesso à terra, moradia, trabalho, educação, saúde, cultura e aposentadoria.

Com o lema "100 Anos Depois, a Luta Continua - Nem Um Direito a Menos!", o ato começa às 16 horas, com shows de artistas locais. Haverá sorteio de brindes.

Do GGN/RBA

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

UM PEPINO DE 25 KG CRESCE NO QUINTAL DE PEDREIRO NO PA

Osmarim Silva disse que ganhou semente do vizinho, em Breu Branco (PA).
Ele pretende colher a hortaliça neste sábado (2).
Pedreiro Osmarim Almeida carrega pepino gigante de 25 quilos (Foto: Reprodução/TV Liberal)

O pedreiro Osmarim Silva de Almeida, 49 anos, encontrou um pepino de 25 kg no quintal de sua casa em Breu Branco (PA). A hortaliça foi plantada em novembro passado e atingiu 92 cm de comprimento e 65 cm de largura, segundo ele.

"Resolvi não colher ainda. Quero fazer isso neste sábado [2]. O pepino começou a ficar grande logo no primeiro mês. Foi quando eu vi que o pepino estava crescendo além do normal. Resolvi deixar lá para ver até onde o pepino crescia. Agora não dá mais, vou tirar do pé", disse Almeida.

Ele jura que não usou qualquer tipo de adubo especial para ajudar o pepino a crescer além do normal. "Olha, foi um vizinho meu que trouxe essa semente no ano passado. Ele disse que era um pepino maior do que os de costume, mas nem ele fazia ideia que poderia crescer tanto", afirmou o pedreiro.
 Pedreiro  plantou pepino em seu quintal e hortaliça chegou a 25 quilos no Pará (Foto: Reprodução/TV Liberal)

A residência de Almeida, que é casado com Carmelita de Carvalho, 46 anos, virou ponto turístico na cidade. "É o assunto de todos os lugares. Todo mundo está falando no meu pepino, de como ele ficou grande", brincou o pedreiro.

Almeida afirmou que vai "cortar" o pepino no sábado e distribuir a semente para quem quiser plantar também. "Veio uma engenheira agrônoma aqui e falou que o pepino já está maduro e que eu já podia cortá-lo. Vai virar salada. Faço aniversário no dia 8 [de março] e infelizmente não vai dar tempo de esperar para usar no vinagrete para o churrasco."

O pedreiro e sua mulher também plantam cebola, cebolinha, coentro e outros temperos na horta que têm no quintal de casa. "Só o pepino cresceu além da conta", disse Almeida.

Com informações do  G1 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

COMPRA PREMIADA ELETROMIL DÁ GOLPE DE 30 MI NO PA&MA

Eduardo Fernandes Facunde, proprietário da rede Eletromil, tem prisão preventiva decretada pela justiça do Pará, onde aplicou golpes semelhantes em centenas de pessoas, os golpes aplicados só no Pará chegariam ao valor de R$ 30 milhões.

O empresário Eduardo Fernandes Facunde, proprietário da rede de lojas Eletromil, com sede em Bacabal, encontra-se foragido da justiça, depois de ter a prisão preventiva decretada pelo poder judiciário do estado do Pará. Assim como ocorreu no Maranhão, a empresa chegou a lesar inúmeros consumidores paraenses que fecharam contrato da modalidade compra premiada, e foi alvo de ações pelos órgãos de defesa dos direitos do consumidor.

Segundo notícia veiculada pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), as promotoras de justiça Patrícia de Fátima de Carvalho de Araújo Franco e Érika Menezes de Oliveira, do município de Capanema, ajuizaram uma ação civil pública contra a Eletromil e mais quatro pessoas, acusadas de lesarem os consumidores participantes da chamada compra premiada realizada naquele município. A prisão foi decretada pela juíza Giovana de Cássia dos Santos de Oliveira, da 4ª Vara Penal de Castanhal, sendo os demais acusados o proprietário da Eletromil, Eduardo Fernandes Facunde, a esposa e o filho dele, respectivamente Maria Sailene Gomes Facunde e Eduardo Fernandes Facunde Júnior, além da diretora comercial da empresa, Ana Cristina Gomes de Lima, presa no dia 3.

Outras medidas tomadas pelo MPPA para garantir o ressarcimento dos valores pagos e a indenização das vítimas foram os pedidos de busca e apreensão de bens, o bloqueio de contas bancárias, poupanças e investimentos da empresa e dos envolvidos, além da suspensão do funcionamento da Eletromil, dos sorteios e de novos contratos que possam ser celebrados.

As denúncias de irregularidade nas atividades da Eletromil no Pará iniciaram na cidade de Castanhal, a partir de diversas reclamações relacionadas a supostas infrações nos sorteios de motocicletas e outras mercadorias. Os consumidores que se sentiram lesados chegaram a formar uma comissão para apresentar as irregularidades ao MPPA e requerer que medidas fossem tomadas. Os clientes prejudicados também denunciaram que o sorteio por meio eletrônico não era previsto no contrato com a empresa, e estaria beneficiando inadimplentes sem critérios para participarem dos sorteios.

Ainda segundo o MPPA, outro aspecto que motivou a ação civil pública foi o fato de a Eletromil não possuir mercadorias em estoque, levantando na promotoria a suspeita de que a empresa não constituía uma loja, e sim uma "fachada para enganar os clientes".

Na Delegacia do Consumidor (Decon) do Maranhão, a delegada que preside o inquérito, Uthânia Moreira Lima, disse ontem de manhã que, para que sejam concluídas as apurações relativas à unidade da loja situada na Avenida Guajajaras, bairro São Cristóvão, faltam receber os documentos de antecedentes criminais do proprietário, fornecidos pelo Instituto de Identificação. Segundo ela, os acordos realizados entre a empresa investigada e a Gerência Estadual de Proteção dos Direitos do Consumidor (Procon) ou os clientes não alteram os trâmites do inquérito na esfera criminal, cujo prazo de conclusão é previsto para ainda esta semana. Eduardo Fernandes deve ser indiciado por estelionato, além de crimes contra a economia popular e as relações de consumo.

Ação do Ministério Público
Por telefone, a titular da 2ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa dos Direitos do Consumidor de São Luís, Lítia Cavalcante, informou que o Ministério Público do Estado do Maranhão (MPMA) tinha determinado a instauração de um inquérito em setembro de 2011, para investigar as operações de compra premiada pela Eletromil. "Com criminoso não se faz acordo, criminoso se prende", disse a promotora, considerando que, se as apurações tivessem ocorrido conforme a orientação do MPE, provavelmente o empresário Eduardo Facunde não teria escapado da condenação judicial. Segundo ela, os golpes aplicados no Pará chegariam ao valor de R$ 30 milhões, lesando cerca de 4 mil clientes da Eletromil.

Em fevereiro do ano passado, a justiça atendeu um pedido do MPMA, e determinou o fim da comercialização da compra premiada das empresas Eletrosul e Eletrosorte, no município de Balsas. A decisão acolheu integralmente o pedido de medida liminar da ação civil pública proposta pelo promotor de Justiça Lindemberg do Nascimento Malagueta Vieira, contra as empresas LHN Borralho, E. Vieira Consórcios, R. de Nazaré da Silva e M. Cordeiro Campos, e contra os empresários Luís Henrique Noleto Borralho, Ivaldo Dias Pereira, Evandro Vieira e Rejan de Nazaré da Silva. Em outubro, foi a vez de uma liminar requerida em ação civil pública protocolada pela 1ª Promotoria de Justiça de Estreito, pedindo a suspensão da empresa Eletro Sorte, que praticava a chamada "compra premiada" naquele município. A liminar foi concedida parcialmente pela justiça.

Lojas do São Francisco e São Cristóvão não fazem parte da mesma rede

Na manhã de ontem, a equipe de O Imparcial visitou a loja Eletromil, situada no bairro São Francisco, e foi informada de que não existe qualquer relação daquele estabelecimento com as empresas de Eduardo Fernandes Facunde, como noticiado anteriormente. A informação foi confirmada por telefone, pelo gerente do Procon, Felipe Camarão.

De acordo com a funcionária da recepção da loja no São Francisco, que pediu para não ter o nome identificado, o fechamento das portas, após a fiscalização do ponto comercial da Avenida Guajajaras, ocorreu por medida de segurança da integridade das instalações da empresa e dos funcionários. Ela lembrou que diversos clientes, revoltados com a divulgação dos golpes da outra empresa pelos veículos de comunicação, confundiram os estabelecimentos, e quiseram agredir as pessoas que trabalham no São Francisco, além de tentarem destruir os eletrodomésticos que se encontravam em exposição no local.

A funcionária disse que os responsáveis pela empresa do São Francisco pretendem dar início a um processo judicial, por conta do uso indevido do nome Eletromil pelas empresas de Eduardo Fernandes Facunde. Na Avenida Guajajaras, a filial da empresa estava de portas fechadas, no início da tarde de ontem.

 O QUE FAZER
A delegada da Decon, Uthânia Moreira Lima, orientou os clientes com parcelas pendentes das compras premiadas, caso decidam interromper o contrato com a Eletromil, a procurarem os juizados dos bairros, com os demonstrativos dos pagamentos efetuados até agora, além de documentos de identificação (RG, CPF e comprovante de residência). Segundo a delegada, o acordo entre a empresa e o Procon deve priorizar os clientes com pagamentos quitados e os que foram contemplados nos sorteios. No caso dos compradores com parcelas a pagar que não foram sorteados, não há configuração de crime que motive uma ação policial, pois, nesse caso, o delito contra o consumidor se concretiza com a eventual quebra do contrato pela empresa, quando a mercadoria não é devidamente entregue ao cliente.

Com informações do Imparcial