Florestan Fernandes explica por que
você deve duvidar da mídia
O jornalista
Florestan Fernandes Júnior lembra que, quando a economia ia bem, colunistas da
mídia familiar diziam o contrário: apostavam no apagão, na inflação e no
desemprego; hoje, quando tudo vai mal, tentam encontrar razões para dizer o
contrário; confira sua análise.
As voltas que a mídia dá
Por
Florestan Fernandes Júnior, em Facebbook, veja aqui.
Revendo
minhas postagens de 2013 aqui no facebook, topo com uma que é esclarecedora
sobre a manipulação da notícia. Na época, o desejo dos donos dos meios de
comunicação era explicitado pelos âncoras das emissoras de rádio e televisão
nas críticas a nossa economia.
Vejam só, no
início daquele ano, as manchetes das escaladas dos telejornais (Band, TV Globo, SBT, Record e outros) diziam que o
país estava à beira de um apagão elétrico. O tempo passou, e nada!
Na sequência
apostaram todas as fichas no aumento do desemprego, e a taxa fechou o primeiro
trimestre do mesmo ano em 5,7%, o menor nível histórico para março, segundo o
IBGE. Partiram então para a queda na produção automobilística.
No mês
seguinte a produção de automóveis bateu novo recorde histórico. Logo em
seguida, por conta da quebra da safra de tomate, batata, cebola e outros
legumes, a bola da vez era a inflação que iria voltar. Como o esperado a
produção se normalizou e os preços dos legumes caíram.
No Brasil do
governo Temer, sem praticamente nada de bom para mostrar, o jornal Valor Econômico deu na última quinta-feira, em sua
primeira página, que a Bolsa de Valores iria subir por conta da retomada
empresarial. No mesmo dia a Bolsa de São Paulo caiu 2 pontos e o dólar subiu.
No início do
ano as reportagens previam um aquecimento nas vendas por conta da liberação das
contas inativas do FGTS. Bola fora, só em abril a produção de automóveis teve uma queda de 18,8% e a de material de construção uma retração de 5%.
O setor industrial, de maneira geral,
despencou 6,7% no primeiro trimestre de 2017.
E, para o
desespero do trabalhador, o desemprego
atinge hoje 14 milhões de brasileiros. Os únicos que se deram bem foram os
bancos. O lucro do Itaú, por exemplo,
cresceu 20% no primeiro trimestre, chegando à soma de 6,1 bilhões de reais.
Agora, parte da nossa mídia garante que
com as reformas trabalhista e previdenciária tudo irá melhorar. Você acredita?
Com
informações do 247