Mostrando postagens com marcador Polícia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Polícia. Mostrar todas as postagens

sábado, 20 de junho de 2020

WEINTRAUB, O SENHOR DOS ANÉIS QUE PERDEU OS DEDOS, POR LUIS NASSIF

E o pobre Weintraub despediu-se da vida pública tentando desesperadamente abraçar Bolsonaro que manteve-se frio, calado e inerte que nem uma bóia furada, com receio de afundar com o náufrago.

A imagem mais significativa nesses tempos de balbúrdia foi a foto do Ministro da Educação Abraham Weintraub agarrado a Jair Bolsonaro, como quem segura uma bóia em alto mar. E Bolsonaro inexpressivo e calado como uma bóia.
Os olhos súplices de Weintraub pareciam dizer: não me abandone, não me abandone. O pedido não era em relação a Bolsonaro, mas à fé cega de que poderia cometer todas as impropriedades impunemente e que agora se esboroa, a ponto de ter que fugir do país com receio de ser preso.
É o mesmo sentimento avassalador que coloca em pânico  Youtubers bolsonaristas, arruaceiros, brigões de rua, especializados em se reunir em bando e agredir os mais fracos, mas temerosos da ação da polícia.
De repente, foram alçados a uma posição em que o chefe do chefe da polícia se tornou o chefe do bando, liberando geral para promover badernas impensáveis sem serem incomodados. E eles, os valentões de rua, passaram a replicar o estilo baderneiro na política nacional, sem receio de serem incomodados pela polícia.
Xingando, arregimentaram seguidores; xingando, alguns se tornaram parlamentares. Eleitos, continuaram moleques de rua, sempre confiando no guarda-chuva protetor do chefe do chefe da policia.
Weintraub fez caminho inverso. Trabalhou por décadas no Banco Votorantim. Lá, tentava se destacar dos colegas exibindo uma mini-erudição que, em todo caso, era superior a dos colegas, que só se importavam com números. O banco quebrou, sim, por erros enormes cometidos no financiamento de veículos. Foi salvo por uma sociedade providencial com quem? Com um banco público, o Banco do Brasil. Com a crise do banco, a auto-estima de Weintraub foi para o ralo. E, para levantá-la, recorreu ao mago dos egos, Olavo de Carvalho, cuja pregação tem o condão miraculoso de convencer qualquer imbecil que sua imbecilidade, no fundo, é uma genialidade incompreendida.
Entrando no Ministério da Educação, Weintraub seguiu uma estratégia comum aos que sofrem de baixa auto-estima. Aplicou o estilo  que Joaquim Barbosa – muito mais erudito e sério que ele, saliente-se –  praticava no meio jurídico: quando estiver com os amigos de praia, mostre sua erudição; quando estiver com os eruditos, exponha seu estilo de garoto de praia. Um juiz formal, ou um especialista em qualquer tema sério, dificilmente terá equilíbrio para discutir no campo destinado aos garotos de praia.
Foi assim que Weintraub decidiu aplicar a retórica de rua no MEC. Lá, poderia enfim ter sua revanche da vida. Não precisaria mais puxar o saco de chefes, se submeter às regras de convivência com colegas, perder o sono com sua falta de competência, com sua incapacidade de entregar resultados. Bastaria cultivar uma pessoa – Jair Bolsonaro – e atender ao seu baixíssimo grau de exigência:  entregar bazófias, ataques ao marxismo cultural, extravagâncias e ataques à mídia, e nada mais lhe seria cobrado.
A reunião ministerial do dia 22 de abril foi a grande celebração nacional do puxa-saquismo. Houve uma disputa surda entre os inacreditáveis Onyx Lorenzoni, Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal, e Weintraub, para ver quem melhor agradaria o chefe, quem levaria o troféu puxa saco de ouro.
Guimarães usou um discurso imbatível.
Primeiro, atacou com a ira dos justos os PMs cariocas que estavam prendendo pessoas que desrespeitavam o isolamento, um dos temas preferenciais de seu chefe. Depois, trouxe um fato patético, o amigo cuja filha foi transportada no camburão, o lado familia contra o Estado, outro tema preferencial do chefe. Finalmente, chegou ao cerne do discurso que sensibiliza as bestas-feras do supremacismo branco: mexeu com minha família, leva tiro. Alguém mexeu com sua família? Ninguém. Mas poderiam ter mexido. E se poderiam ter mexido, eu poderia pegar uma de minhas 19 armas e poderia sair à rua atirando, sem me importar com minha vida. A chamada bazófia sem risco, típica do Barão de Munchausen.
Pode declaração maior de amor a Bolsonaro? Família, anti-isolamento, armamento contra as instituições.
Inferiorizado pelo versão tupiniquim de “os brutos também amam”, Weintraub precisava de uma saída de maior rompante. E aí o diabo lhe soprou no ouvido e ele saiu com a frase célebre dizendo ser necessário prender “aqueles vagabundos” do Supremo. Falou, blasfemou e olhou indagativo para Bolsonaro, perguntando com os olhos: “me saí melhor que o Pedro?”.
Aí, descobre que o chefe do chefe da Polícia estava blefando, que não tinha o poder que alardeava, por isso não poderia oferecer a proteção que prometia.
E o pobre Weintraub despediu-se da vida pública tentando desesperadamente abraçar Bolsonaro que manteve-se frio, calado e inerte que nem uma bóia furada, com receio de afundar com o náufrago, e imaginando que os próximos presos poderão ser seus filhos.
Do GNN

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Ao afastar delegado, o governador Geraldo Alckmin pode definir episódio relevante, por Luís Nassif do Jornal GGN

O afastamento do delegado Carlos Renato, de Paulínia, e abertura de procedimento investigativo para analisar as circunstâncias da invasão de residência de Marcos Claudio, filho de Lula, representa um ponto de inflexão na curva do autoritarismo pátrio.
Louve-se o governador Geraldo Alckmin pelo procedimento.
O grande problema do quadro atual foi o liberou geral, estimulando os atos arbitrários generalizados, com delegados, procuradores, juízes de direito exercitando um poder abusivo na caça aos “inimigos”.  
É uma praga da mesma natureza daquela preconizada por Pedro Aleixo, quando da assinatura do AI5. Qualquer porteiro de cadeia transformou-se em autoridade suprema contra o “inimigo”. Quanto mais apagado o delegado e o procurador, maior a ânsia por demonstrar poder.
Com a atual onde persecutória, os filhos do Ministro Luís Roberto Barroso espalharam-se por todos os cantos do país. Esse quadro foi agravado pelo posicionamento vergonhoso das associações de juízes e procuradores endossando os abusos de delegados da Polícia Federal e procuradores de Santa Catarina, que levaram ao suicídio do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina. São instituições que não conseguem avançar além do corporativismo mais canhestro.
Como José Robalinho, presidente da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) e Roberto Carvalho Veloso, presidente da Ajufe (Associação dos Juízes Federais) puderam endossar uma operação como aquela, que conduz como criminosos sete professores universitários, que jamais foram intimados a depor, que procede à revista humilhante, investigando até o ânus das pessoas detidas. É nítido o desejo de humilhar, o prazer sádico que acomete mentes doentias. É uma desmoralização para a ANPR e a AJUFE dirigentes que endossam essa tara, assim como a banalização da condução coercitiva.
Em Sâo Paulo, até agora, a caça a Lula fez com que uma procuradora interrompesse as obras do Museu do Trabalhador, incriminasse técnicos inocentes e deixasse o museu abandonado, demonstrando o prejuízo que o burocratismo do Ministério Público provoca no país.
Outro delegado invadiu uma escola do Movimento dos Sem Terra agredindo mulheres, idosos e crianças. Em ambos os casos, sem que nada acontecesse, sem que ninguém os responsabilizasse.
Com a decisão de Alckmin, cria-se uma tentativa de disciplinamento, ainda que pequeno, a essa exteriorização do autoritarismo mais doentio.
A partir de agora, parte dos pequenos tiranos pensará duas vezes antes de perpetrar o próximo abuso. E o alerta virá pela parte mais vulnerável, o cérebro inferior. Tudo dependerá do desfecho do episódio, se com punição exemplar, fazendo valer a autoridade de Alckmin, se tergiversando e alimentando a serpente da indisciplina.

Do GGN

domingo, 9 de julho de 2017

Luís Nassif: A procuradora Raquel Dodge futura PGR e os aloprados da Polícia Federal

Um dos grandes dilemas dos modernos sistemas de controle do crime organizado, é a estrutura de comando, as maneiras de coordenar uma corrente que tem como elos principais o Judiciário, o Ministério Público Federal e a Polícia e na qual as relações hierárquicas não são suficientemente claras.

São conhecidos os arrufos periódicos entre MPF e PF acerca das atribuições de cada um. O MP questiona o monopólio da investigação pela PF que, por sua vez, rebela-se contra o controle externo da PF, a ser exercido pelo MP. É um conflito que se estende também aos MPs estaduais.

Trata-se de convivência complicada, cheia de resistências de lado a lado.

A opinião pública sempre deu status maior ao procurador que ao delegado – embora ambos tenham sido aprovados em concursos igualmente exigentes. O delegado sempre é confundido com o policial de porta de cadeia, mesmo a PF sendo dotada de áreas técnicas e de um enorme corpo de funcionários com curso superior.

Na Lava Jato, no entanto, métodos científicos foram deixados de lado, as investigações minuciosas – que consagraram a PF na última década – abandonadas em favor dos absurdos mais renitentes. Ou então do exibicionismo desenfreado, de policiais vestidos para a guerra, com uniforme de Swats, armados até o pescoço, cumprindo missões arriscadíssimas de... invadir residências de pessoas desarmadas.

Nos últimos anos, a imprensa colocou um poder sem paralelo nas mãos de delegados e procuradores em missões com desdobramentos político-partidários.

Peguem jovens delegados malhados, sentindo-se os próprios Rambos, com salários iniciais altíssimos, com o status de autoridade e coloquem sobre eles os holofotes da mídia. Dá nisso.

Deslumbrados e despreparados, julgaram que A Força jamais os abandonaria. Não se deram conta de que, depois de entregue o trabalho que a mídia almejava, seriam descartados como carne fraca ao mar. E, pior, não se deram contas de que representavam a própria corporação que os acolheu.

O crime do colarinho branco não implica em riscos físicos para os investigadores, da mesma maneira que as investigações sobre o tráfico. Exigem menos músculos, e mais inteligência. Os delegados da Lava Jato decidiram usar apenas os músculos em uma operação que exigia cérebro.

Agora, se aproxima a hora da verdade.

O repórter Marcelo Auler (https://goo.gl/Aj73oE) vem denunciando sistematicamente os abusos cometidos por esses garotões deslumbrados. Primeiro, os grampos ilegais colocados em celas de investigados. Depois, uma investigação fajuta, visando esconder a autoria dos grampos. Finalmente, em conluio com os procuradores da Lava Jato, a perseguição implacável aos colegas que resolveram levar as investigações a sério.

Se o legalismo da procuradora Raquel Dodge for mantido intacto, não haverá como não cuidar de dois desafios complicados:

1.     Apurar os crimes cometidos por esses irresponsáveis e processá-los de acordo com a lei.

2.     Impedir que o desvendamento dos crimes comprometa investigações da Lava Jato.

Sua pena maior, no entanto, será quando a corporação da Polícia Federal se der conta dos males que esse exibicionismo desenfreado causou à corporação, aos policiais eficientes que vestem a camisa, correm riscos de vida e não são propensos ao exibicionismo.

A atuação aloprada da Polícia Federal do Paraná, na Operação Lava Jato, abriu espaço para que o MPF reforce seu papel de controle externo da PF. E esse prejuízo será debitado na conta dos aloprados do Paraná.

GGN

sábado, 27 de maio de 2017

O Judiciário brasileiro e seus laços de família na lava jato

Os laços da grande família jurídica do Brasil voltam à tona com a Lava Jato, por Rodolfo Borges do EL País.
Em foto de dezembro de 2009, o ministro Gilmar Mendes recebia os colegas que compunham a Corte do STF e ministros aposentados para almoço de confraternização.

Do El Pais

Uma pendenga entre o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o ministro do SupremoTribunal Federal, Gilmar Mendes, está na mesa da presidenta da Corte, Carmen Lúcia. No último dia 8, Janot entrou com um pedido para que Mendes seja impedido de julgar o caso no STF envolvendo o empresário Eike Batista no âmbitoda Lava Jato. O procurador enxergou motivo para afastamento no caso do habeas corpus concedido por Gilmar para libertar o bilionário já que a mulher do juiz, Guiomar Mendes, trabalha no escritório que defende o empresário suspeito depagar propina ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.

Nesta quinta, Mendes apresentou sua defesa a Carmen Lúcia, devolvendo artilharia a seu ‘acusador’. “A ação do Dr. Janot é um tiro que sai pela culatra. Animado em atacar, não olhou para a própria retaguarda”, escreveu. O ministro se referia ao fato de a filha de Janot advogar para a empreiteira OAS, uma das protagonistas da Lava Jato, comandada no STF pelo pai. “Se o argumento do crédito fosse levado à última instância, talvez a atuação do procurador-geral da República pudesse ser desafiada, visto que sua filha pode ser credora por honorários advocatícios de pessoas jurídicas envolvidas na Lava Jato”, escreveu Mendes.

Se os laços familiares dos dois magistrados parecem comprometê-los, talvez todo o sistema jurídico nacional teria de ser visto com lupa. Na verdade, todas as famílias de juristas brasileiros se parecem e, por vezes, se entrelaçam. Mas cada uma delas enfrenta uma suspeita diferente de conflito de interesse. Neste novelo jurídico, sobra até para os procuradores de Curitiba. Os irmãos Diogo e Rodrigo Castor de Mattos também atuam em lados opostos da Lava Jato. O primeiro está sob o comando de Deltan Dallagnol, enquanto o segundo se juntou à defesa do marqueteiro João Santana. O Ministério Público Federal em Curitiba diz que o irmão procurador não atua nos casos de Santana e que, além do mais, o escritório do irmão advogado começou a atuar no caso após o fechamento do acordo de delação do marqueteiro.

Os juristas brasileiros parecem de fato tomar cuidado com seus laços de sangue — recentemente o ministro Luiz Fux ficou de fora da disputa entre Sport e Flamengo pelo título do Campeonato Brasileiro de 1987, porque seu filho é advogado do rubro-negro carioca —, mas as precauções não são o bastante para afastar as suspeitas de quem enxerga promiscuidade entre juízes e defensores, ainda mais quando as relações se repetem com tanta frequência.

No STF, sete dos 11 ministros têm parentes como donos, administradores ou funcionários de grandes escritórios de advocacia, aponta levantamento do site Poder360. Um oitavo, novamente o ministro Fux, tinha uma filha advogada que trabalhava em grande escritório até o ano passado, quando ela deixou o posto para virar desembargadora no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro — sob questionamento formal de que não tinha qualificações para tanto e suspeitas de influência de seu pai na nomeação. Assim, esse tipo de suspeita está disseminada por praticamente todos os níveis do Judiciário nacional.

O cientista político Frederico de Almeida, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), diz que essa dinâmica tende a se repetir em todos os países, porque as faculdades de elite, que formam os maiores juristas, ajudam a criar e até reforçam redes que já existem em nível familiar. Mas esse fenômeno é mais intenso no Brasil. "No caso brasileiro, o mais peculiar talvez seja que, por sermos um país muito desigual, com uma elite muito restrita e que se reproduz há muito tempo e com pouca abertura para novos membros, essas redes sejam mais intensas e fechadas aqui, ainda mais nos níveis superiores", diz Almeida.

Em sua tese de doutorado, intitulada A nobreza togada, Almeida levantou registros que essa prática se repete desde os tempos de monarquia no Brasil, pela simples leitura das biografias dos magistrados. O currículo do ministro do STF Francisco de Paula Ferreira de Resende (1832-1893), por exemplo, destaca, com orgulho, o destino de seus rebentos na mesma seara. “Dois de seus filhos alcançaram altos cargos na administração e magistratura do Brasil: Francisco Barbosa de Resende, advogado e presidente do Conselho Nacional do Trabalho, e Flamínio Barbosa de Resende, desembargador do Tribunal de Apelação do Distrito Federal”.

Nada mais natural em uma área na qual as relações contam pontos no currículo. No século passado, valia também enaltecer a ‘network’ com referências às amizades de longa data, como no caso do ministro do STF João Martins de Carvalho Mourão (1872-1951): "Foi redator, com Edmundo Lins (mais tarde presidente do Supremo Tribunal Federal), Afonso de Carvalho (desembargador aposentado do Tribunal de Apelação de São Paulo, do qual foi presidente), Rodrigo Brêtas (peregrina inteligência, prematuramente falecido), Teodoro Machado (depois conceituado advogado nos auditórios do Distrito Federal) e Francisco Brant (depois diretor da Faculdade de Direito de Belo Horizonte), da Folha Acadêmica, jornal literário que fez na época da faculdade”.

Fabiano Engelmann, professor de Ciência Política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), diz que o parentesco sempre foi um fator facilitador. “A ocupação de um cargo de assessor de desembargador, geralmente de algum parente, sempre foi uma espécie de antessala para muitos oriundos de famílias jurídicas que, posteriormente, seriam aprovados em concursos para a magistratura”, diz ele. “Quando não há possibilidade legal do nepotismo diretamente, ele ocorre de forma cruzada. Ou seja, um integrante da Justiça federal contrata o parente de um colega da Justiça estadual, e assim sucessivamente", diz. Engelmann lembra que há dezenas de outras formas em que as relações de parentesco atuam no meio judicial, como na ascensão mais rápida nas carreiras públicas de membros que são de 'famílias jurídicas'. “Obtém, assim, mais facilidade para ocupar cargos de direção ou ser convocados para funções mais prestigiadas em tribunais superiores”, completa.

Se as relações servem como referência e endosso — o que, é preciso ponderar, ocorre em quase todas as profissões —, como assegurar que os laços entre acusadores, defensores e juízes não interfiram em seus trabalhos? O problema pode ser atacado por pelo menos dois lados, dizem os especialistas. Já existem regras que impedem um mesmo escritório de advocacia de assessorar duas partes de um mesmo conflito.

Nos Estados Unidos, contudo, a rigidez das bancas jurídicas é bem maior do que no Brasil. Os norte-americanos criaram mecanismos internos de confidencialidade e de responsabilização civil para evitar suspeitas. A ideia é permitir que dentro de um grande escritório — composto às vezes por 300 advogados — os juristas possam trabalhar em casos sem que um de seus colegas, parente de um juiz ou procurador, por exemplo, sirva de motivo de questionamento para um processo em que nem sequer atua, como tem ocorrido no Brasil.

Outro caminho é aumentar a fiscalização. “O problema principal parece ser a inexistência de órgãos de controle efetivos, como existem para o Executivo”, diz Fabiano Engelmann. Segundo ele, tanto o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) quanto o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), além das corregedorias dos tribunais estaduais, têm uma atuação muito tímida. “Seja por não disporem de recursos suficientes de investigação, seja por arbitrarem punições muito brandas. Parecem órgãos meramente formais, hoje capturados pelo corporativismo dessas instituições e suas associações.”

Para Engelmann, há carência também de transparência sobre os casos investigados e as punições impostas. Faltam, enfim, dados organizados e aprofundados que possam ser acessados pelo cidadão brasileiro. “Isso tudo pode contribuir para atenuar a ação do tráfico de influências familial e garantir a independência do Judiciário”, sugere. Sem isso, o orgulho do pai juiz que vê sua filha virar desembargadora ou sócia de um grande escritório de advocacia pode acabar corroído por suspeitas de que, ainda que não tenha ocorrido conflito de interesse, eles dificilmente conseguirão se defende.

GGN

terça-feira, 9 de maio de 2017

Garantido acampamento pró-Lula em Curitiba

Juiz manda polícia reintegrar posse do acampamento Pró-lula em Curitiba

Decisão judicial emitida nesta noite pelo juiz Friedman Anderson Wendpap, da 1ª Vara Federal de Curitiba, pode provocar um massacre nesta quarta-feira, 10, data do depoimento do ex-presidente Lula; o magistrado determinou a reintegração de posse da área onde está situado o acampamento de militantes do MST e de movimentos sociais que estão na capital paranaense em apoio ao ex-presidente; ação foi movida pela proprietária da área, All América Latina Logística Malha Sul; magistrado, entretanto, deu prazo até quinta-feira, 11, para que os manifestantes deixem o local.

Decisão judicial emitida nesta noite pelo juiz Friedman Anderson Wendpap, da 1ª Vara Federal de Curitiba, pode provocar um massacre nesta quarta-feira, 10, data do depoimento do ex-presidente Lula.

O magistrado determinou a reintegração de posse da área onde está situado o acampamento de militantes do MST e de movimentos sociais que estão na capital paranaense em apoio ao ex-presidente.

Ação foi movida pela proprietária da área, All América Latina Logística Malha Sul. O juiz, entretanto, deu prazo até quinta-feira, 11, para que os manifestantes deixem o local.

247

sexta-feira, 30 de março de 2012

Polícia prende suspeito de ter mandado matar casal em Barueri São Paulo

A Polícia Civil prendeu na tarde desta sexta-feira o homem suspeito de ter encomendado a morte de seu sócio e sua mulher, ocorrida na noite de quinta-feira (29) em um condomínio em Barueri (Grande São Paulo).
Casa incendiada
O casal foi esfaqueado e depois teve a casa incendiada por cinco pessoas. Elas foram presas horas depois de o local ter sido invadido. A casa teria sido incendiada para despistar o crime encomendado, segundo a polícia.

Investigações apontam que os presos sob suspeita pelo duplo assassinato usaram parte do combustível do gerador da própria casa para incendiar o lugar.

Para incentivar os cinco suspeitos pelo crime a invadir a casa, o suspeito de ser o mandante do crime, segundo apura a polícia, disse a eles que o casal escondia cerca de R$ 80 mil em sua residência.

Ele suspeitava que a vítima o teria enganado em transações na empresa, uma confecção de roupas. Já a vítima suspeitava que o sócio teria causado prejuízos a ele, segundo a polícia.

Da Folha

Troca de tiros com assaltantes e a Polícia um bandido morre no confronto, veja

Agência bancária da cidade de Carolina

A polícia da região Tocantina entrou em confronto com os bandidos que assaltaram a agência bancária da cidade de Carolina. Durante a troca de tiros, um integrante da quadrilha morreu e outro foi preso. O corpo do bandido foi levado para a cidade.
Assaltante morto
Reforço
A polícia do Maranhão disponibilizou várias equipes para fazer a busca e a segurança da região. Policiais das cidades vizinhas, agentes da Seic e do GTA foram deslocados para o local com o intuito de prender os criminosos.

De acordo com informações do capitão Onildo Sampaio, do GTA, "a equipe está se deslocando para Carolina, onde vai realizar as buscas dos assaltantes pelo ar, pois eles podem está encondidos em mata fechada".

Fuga
Após libertarem os reféns, os sete bandidos tocaram fogo na S-10, e roubaram outra caminhonete. No tempo em que perderam incendiando o carro, a polícia conseguiu chegar perto deles, quando iriam fugir no outro veículo. Momento onde o confronto entre a polícia e os bandidos foi travado.

Com informações do Imparcial

terça-feira, 20 de março de 2012

São Paulo: Polícia prende suspeita de integrar 'gangue das loiras', confira

A quadrilha, formada por pelo menos cinco loiras e uma morena, é suspeita de realizar assaltos a casas e sequestros relâmpago.

A Polícia Civil de São Paulo busca pelo menos mais cinco mulheres suspeitas de formar uma quadrilha especializada em assaltar casas e condomínios e realizar sequestros relâmpago desde 2008, na cidade de São Paulo, Grande São Paulo e no Rio de Janeiro.

O cerco ao grupo começou após policiais civis da 3ª Delegacia anti-sequestro do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), com auxílio de policiais do Paraná, prenderem na sexta-feira (09), a loira C. G. V., de 25 anos, suspeita de integrar a quadrilha.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, a jovem foi presa em seu apartamento, em Curitiba. A suspeita permitiu a entrada dos policiais do DHPP. Em São Paulo, a presa teria confirmado  seu envolvimento em crimes e foi reconhecida por três vítimas.

De acordo com investigação de polícia, a quadrilha - composta por um homem e seis mulheres, uma delas ainda não identificada - começou com furto a condomínios e desde 2008 atua com sequestro relâmpago, tem como vítimas mulheres e idosas que eram surpreendidas perto de shoppings e estacionamentos. As mulheres da quadrilha, cinco loiras e apenas uma morena, estavam sempre bem vestidas e aparentavam ser de classe média alta.

Com informações do IG

quinta-feira, 15 de março de 2012

Hackers deram prejuízio de mais de R$ 1 mi, só computadores são apreendidos

Policiais civis de Imperatriz cumpriram mandado de busca e apreensão em um prédio localizado na Rua Simplicio Moreira, no Centro da cidade. A busca, decretada pela juíza Suely Feitosa, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Imperatriz, foi realizada em quitinetes localizadas no prédio, a fim de recolher produtos de origem ilícita, e em uma loja.

Nesses locais, os policiais apreenderam 12 computadores, sendo quatro nas quitinetes e oito na loja. Alguns pen drives também foram apreendidos.

As investigações da Polícia Civil nesta caso iniciaram em julho de 2011, quando foram feitas denúncias por um banco prejudicado, que detectou em inquérito aberto em São Paulo, a ação de hackers em Imperatriz, São Paulo e Goiânia, com prejuízo de mais de R$ 1 milhão ao banco.

Com informações de O Progresso

segunda-feira, 12 de março de 2012

Operação "Anubis" da Polícia Civil prende 11 traficantes em Timon, veja

Com o intuito de combater o tráfico de drogas na Região dos Cocais, a Secretaria de Segurança Pública (SSP), por meio da Polícia Civil do Maranhão deflagrou a Megaoperação Anubis, na manhã deste sábado (10), que culminou com a prisão de 11 pessoas no município de Timon.
Os trabalhos foram coordenados pela Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI), e contaram com a participação de 15 equipes policiais, sendo quatro da SPCI, duas do Grupo Tático Aéreo (GTA) do Maranhão, três de Caxias e seis de Timon, além de peritos criminais, totalizando mais de 60 policiais e 11 delegados empregados na ação.

De acordo com o delegado Jair Lima, superintendente da SPCI, a Operação Anubis é resultado de cerca de três meses de investigações da Polícia Civil de Timon e da Inteligência da SSP, que contaram com o apoio do Ministério Público Estadual, em cumprimento a mandados de prisão preventiva desses elementos que estavam atuando em Timon e em Teresina, na capital piauiense.

"Além do tráfico, os envolvidos praticavam uma série de outros crimes associados, como assaltos e homicídios em decorrência da disputa pela comercialização de entorpecentes na região", destacou o Superintendente, afirmando que as investigações devem prosseguir, tendo em vista que o bando tinha ramificações também nas cidades de Coelho Neto e Caxias.

Durante a ação, foram presos Leandro Carvalho dos Santos, vulgo Leo; Taniel do Nascimento Vasconcelos, conhecido como Bombado; Maria de Fátima Alves Cardoso; Gislene Mendes Santana; Antonio Kelson Moreira e Silva; Domingos Almeida Cunha, o Dominguinhos; Alisson Antonio Leite dos Santos, vulgo Alisson magrão; Vicente de Paula Soares de Moraes Junior; Alexandre Carvalho Alves; Flávio Rodrigo Milhomem de Sousa e um indivíduo identificado como Bernardo, o índio. Com eles, os policiais apreenderam ainda dois veículos e duas motocicletas.

As prisões preventivas, mandados de buscas e apreensão foram decretas pelo juiz Francisco Ferreira Lima, titular da 2ª Vara Criminal de Timon, com base em inúmeros indícios contra a quadrilha referente a pratica ilícita de associação e trafico de drogas, inclusive comércio internacional, no município de Timon. Quatro promotores de Justiça acompanharam todos os trabalhos desenvolvidos pela Policia Civil.

O delegado Michel Sampaio, titular do 1º Distrito Policial de Timon ressaltou que a partir do monitoramento da movimentação dos traficantes foi possível à polícia identificar cada um dos membros da organização criminosa, bem como o patrimônio adquirido pelos criminosos nos últimos dois anos.

O bando foi autuado pela prática de tráfico, associação para o tráfico, formação de quadrilha e lavagem de capital, e em seguida encaminhados para o Centro de Ressocialização Jorge Vieira em Timon.

Com informações do Imparcial

quinta-feira, 1 de março de 2012

"GURU", O FRAUDADOR DAS NOTAS DO UNICEUMA É PRESO

A polícia da capital maranhense, através de agentes da Superintendência de Investigações Criminais (Seic), prendeu duas pessoas envolvidas no esquema de venda de notas no UniCeuma, em São Luís.

O nome dos acusados seriam Leandro Gabriel e Heitor Araújo Gomes. O primeiro seria a pessoa identificada como "Guru", responsável por toda a logística do esquema de fraudes das notas.

O delegado Breno Galdino, em conversa com O Imparcial por telefone, confirmou a prisão do Guru na tarde desta quinta-feira (1º). "Estou na Seic apreendendo materiais e ouvindo as pessoas detidas que estão envolvidas no esquema de notas", disse.

Com informações do Imparcial

sábado, 25 de fevereiro de 2012

A POLÍCIA PRENDE ACUSADO DE ESTUPRO EM SÃO MATEUS, VEJA

Policiais Civis de São Mateus do Maranhão prenderam em flagrante delito, na última quinta-feira (23), José Nilton da Silva, de 18 anos, natural de Lago-Açu. A polícia chegou até ele, após informações repassadas pelo Conselho Tutelar daquela cidade, através de denúncias anônimas, em que ficou constatado que Nilton estava tendo um relacionamento com a menor, M.C. S de 11 anos.

Segundo o delegado de São Mateus do MA, José Henrique de Sousa, Nilton em depoimento relatou que, o relacionamento com a menor teve inicio em março do ano passado. Ainda no mesmo mês, ela fugiu para a residência do pai de Nilton.

José Nilton foi detido pela equipe policial, na sua residência localizada na Rua São Raimundo, Bairro Bela Vista.

Ele foi autuado em flagrante no artigo 217-A, pelo crime de estupro de vulnerável, e poderá cumprir pena de 8 a 15 anos de detenção. Nilton permanecerá custodiado na delegacia daquela cidade. Por ordem do Ministério Público, a menor que está grávida de 8 meses, foi entregue para sua mãe.

Com Informações de O Imparcial  

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A GREVE DA PM DA BA ESTÁ SE ENCAMINHANDO PARA O FINAL

Wagner afirma disposição em pagar gratificação exigida por PMs grevistas.
Descartando anistia a 'atos criminosos', diz que medo é tática em 'cartilha'.

O governador da Bahia, Jaques Wagner, afirmou na manhã desta terça-feira (7), não ter como incluir "imediatamente" no Orçamento o aumento solicitado pelos policiais militares em greve, mas disse que há avanços nas negociações e sinalizou com a possibilidade de reajustes parcelados até 2015. Ele destacou como positiva a duração da reunião realizada entre 16h30 de segunda-feira (6) e 2h30 desta terça. Nesta manhã, uma nova rodada de negociações deve ser realizada.

Wagner afirmou estar disposto a conceder o pagamento da Gratificação de Atividade Policial (GAP) de nível 4, a principal exigência do movimento, mas diz não ter recursos para que o pagamento seja feito imediatamente. Atualmente, os policiais recebem a gratificação de nível 3, que é incorporado ao soldo para formar o salário final. Atualmente, um soldado da Bahia recebe entre R$ 1.900 e R$ 2.300.

A proposta citada pelo governador é de que o valor da gratificação de nível 4 seja incorporado ao salário de forma diluída ao longo dos três próximos anos. É a primeira vez que Wagner fala na possibilidade de pagar o GAP 4. A proposta inicial do governo, que foi recusada pelos grevistas, era de aumento de 6,5%.

“Nós, ao longo de cinco anos, concedemos 30% de aumento real. E eu tenho limite na folha. As negociações são em torno desse valor, da chamada GAP 4, e eventualmente até da GAP 5, mas evidentemente isso terá que ser partilhado ao longo de 2013, 2014 e até 2015. Se for para pagar alguma coisa imediatamente agora, não há menor espaço, porque eu não tenho espaço fiscal para fazê-lo", afirmou o governador.

Com informações do G1, em São Paulo