A respeito
do post “Xadrez de como Janot foi conduzido no caso JBS”, recebo
informações de leitores que complementam a questão geopolítica apresentada.
Há duas
áreas estratégicas no Brasil, de interesse direto dos Estados Unidos. Uma, a
área de energia/petróleo; outra, a área de alimentos. Nelas, a Petrobras e a
JBS.
O interesse
estratégico na JBS se deve ao fato de ter se transformado no maior fornecedor
de proteína animal para a Rússia e a China. Na Petrobras, obviamente pelo
acesso ao pré-sal.
Nos dois
casos, o Departamento de Justiça logrou colocar sob fiscalização direta do
escritório Baker & McKenzie, de Chicago, o maior dos Estados Unidos, o
segundo maior do mundo, com 4.600 advogados e 13.000 funcionários mundo e com
estrutura legal de uma sociedade registrada na Suíça (Verein) para pagar menos
impostos. É considerado ligado ao Departamento de Estado e ao Departamento de
Justiça e é visto em todo o mundo como um "braço" do governo
americano, atuando em alinhamento com ele na proteção dos interesses essenciais
dos EUA.
No Brasil, o
nome de fachada da Baker & McKenzie é o escritório de advocacia Trench,
Rossi & Watanabe.
Trata-se de
uma nova versão originaria do primeiro escritório Baker & Mackenzie no
Brasil, fundado como Stroeter, Trench e Veirano em uma pequena casa na Rua Pará
em Higienópolis em 1973. O cabeça era o advogado Carlos Alberto de Souza Rossi,
filho do empresário Eduardo Garcia Rossi, ligado à SOFUNGE fundição do grupo
Simonsen. Depois o Veirano saiu e montou seu próprio escritório e entrou o
desembargador aposentado Kazuo Watanabe, um dos pais dos Juizados de Pequenas
Causas.
O Trench,
Rossi & Watanabe foi indicado pelo Departamento de Justiça como fiscal
dentro da Petrobras, serviço pelo qual já cobrou mais de 100 milhões de reais.
Hoje a Petrobras está sob supervisão direta
do BAKER MCKENZIE, que analisa todos seus contratos, vasculha seus
e-mails, tentando identificar novas áreas de atuação suspeita.
Agora,
assumiu a defesa da JBS, inclusive nas negociações com o Departamento de
Justiça dos Estados Unidos. O Baker McKenzie é o principal escritório da JBS
nos EUA. O caso JBS está sendo monitorado de perto pelo governo dos EUA porque
os EUA poderão ter de graça sob seu controle a maior empresa de proteína animal
do mundo.
Na realidade
a JBS "salvou" a indústria de frigorificação de carne dos EUA, toda
ela quebrada, e salvou com dinheiro publico brasileiro.
O Brasil
praticamente "entregou" a JBS ao controle do EUA. Os Batista não têm
saída a não ser virarem americanos. É mais um bom serviço prestado pelos moralistas do Brasil.
Antes os EUA
usavam pastores evangélicos para penetrar nos países, hoje usam promotores.
Do GGN