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sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Mônica Iozzi revela que sofreu assédio de "senador candidato a presidente"

Ex-repórter do programa CQC, Mônica Iozzi revelou em vídeo que já sofre assédio por parte de um senador que já foi candidato a presidente, mas acabou sendo derrotado nas urnas. Iozzi não quis citar o nome do político, mas afirmou que recebeu flores, vinho e jóias. Além disso, o ex-presidenciável tentou desmoralizar sua vida profissional cobrando reação aos "agrados" na frente de outros jornalistas.

A revelação foi feita por Iozzi durante um debate promovido pela revista TPM sobre feminismo. Ela disse que os anos de CQC foram um desafio e momento em que ela se identificou como feminista, principalmente porque foi forçada a se posicionar firmemente em meio a um ambiente tradicionalmente machista, como o Congresso.

Ela disse que um dos episódios mais marcantes foi quando passou a ser assediada pelo senador. "Um candidato à Presidência começou a me mandar flores. Eu nunca respondi. Aliás, eu ia embora dos hotéis e deixava as flores lá. Aí as flores se transforaram em flores com vinho. Depois, em flores com vinho e brincos da Vivara."

"Aquilo foi me incomodando mas eu nunca falei com ele a respeito. Até que um dia encontrei com ele para fazer uma matéria e ele me chamou em off e disse: 'Pô, morena...'", continou.

"Eu disse: 'Oi senador?...", porque na época era senador. Ele disse: 'você não tem recebido meus agrados?' Eu disse: 'as flores, os vinhos, o brinco?' Ele disse: 'é'. Eu falei que não tinha recebido. Ele deu risada e disse: 'mas que grosseria, eu tenho tanto apreço por você...' Ali eu perdi a medida, mas me orgulho tanto dessa história. (...) Eu me lembro que ele disse 'mas você não está gostando dos meus agrados?', e eu respondi para ele: 'não são agrados, né, senador, é assédio.'"

Segundo Iozzi, "a gente estava cheio de jornalista em volta, jornalista da Folha, do Estadão. Ele estava falando tranquilamente. Uma coisa é importante: ele não fez isso para ser agradável e não necessariamente porque queria me comer. Ele fez isso porque, em Brasília, o assédio sexual funciona como assédio moral", dosparou.

"A partir do momento em que você desqualifica uma mulher dando a entender que ela está ali para você, na verdade, está fazendo assédio moral."

Assista a partir dos 11 minutos:
 

GGN